Curinga narrando
A minha sala era um verdadeiro quartel-general. As paredes estavam cobertas por mapas, fotografias e anotações rabiscadas com caneta vermelha. No centro da mesa de madeira maciça, um mapa detalhado do Complexo de Israel estava estendido, com alguns pontos marcados em destaque. Eu mantinha os olhos fixos no papel, os meus dedos deslizando lentamente por uma viela estreita, calculando rotas, pontos de entrada e fuga. Então, eu encontro.
— Aí tá ele… — murmuro, um sorriso satisfeito surgindo no canto dos meus lábios. O galpão que eu queria.
Antes que eu pudesse se aprofundar mais, a porta se abriu e Binho entrou.
— Chamou, patrão? – Pergunta.
Eu não tiro os olhos do mapa, apenas faço um gesto leve com a mão para que Binho esperasse um instante. Traço uma linha imaginár
