Capítulo 124

1059 Words

Marreta narrando A fumaça do meu cigarro subia lenta no ar. O som abafado do funk que tocava do lado de fora não era suficiente para aliviar a tensão que eu tava sentindo. Eu estava sentado em um sofá, as minhas mãos cerradas em punhos, os meus olhos injetados de raiva. Há semanas eu aguardava, esperando o sinal de Tubarão para agir, para atacar. Mas paciência nunca foi uma de minhas virtudes. Tubarão, por outro lado, permanecia impassível, analisando o mapa da Rocinha sobre a mesa. Ele era estratégico, calculista. Só atacaria quando tivesse certeza da vitória. Mas eu não queria mais esperar. — E aí, Tubarão? —Minha voz saiu carregada de impaciência. — Até quando a gente vai ficar nessa palhaçada? Tubarão ergueu os olhos, como se estivesse medindo as palavras antes de responder. — O

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