Marreta narrando Eu estava cego de ódio. Eu andava de um lado para o outro no escritório destruído, o meu peito subindo e descendo com a minha respiração pesada. As minhas mãos tremiam, não de medo, mas de pura raiva. — v***a desgraçada! – Eu rosno, chutando os destroços da minha mesa quebrada. Como Fátima teve a coragem de se envolver com aquele verme do Curinga? Eu cuspo no chão. Ela já tinha arrancado de mim meus filhos, meu respeito, que eles deveriam ter por mim. Agora, além de tudo, me fazia de corno? — Ela tem muito a me pagar… – Eu murmuro, os meus olhos brilhando de raiva. O desejo de derramar o sangue dela crescia dentro de mim como fogo. Eu quero que ela sofra. Que sinta medo, que se arrependesse de cada decisão errada que tomou. E, no final, ela voltaria para o lugar que

