Natalia narrando A mansão estava silenciosa, Dona Fatima, Cecilia, e Cristina já estavam, em seus quartos. Eu andava de um lado para o outro em meu quarto, o celular apertado em minhas mãos. Ligo de novo. De novo. E de novo. Nada. Nenhuma resposta. Nenhum sinal de Vespa. Nem do meu tio. Nem de ninguém. Eu roía o canto da unha, um hábito que eu havia abandonado há anos, mas que agora voltava com força. O meu coração batia tão forte que parecia querer sair pela garganta. Eu tentava se convencer de que estava tudo sob controle, que eles sabiam o que estavam fazendo. Meus pensamentos corriam sem freio. Eu sei que a Rocinha não era brincadeira e tava preparada. Mais e se algo desse errado… Fecho os olhos, respiro fundo. Não podia pensar assim. Mas como não pensar? Como manter a calma quan

