Prólogo

1476 Words
HANNAH Primavera... A minha estação favorita do ano, poderia aproveitar sua graciosidade ao lado dos meus melhores amigos, que eventualmente se encontravam a poucos passos de mim, pulando sobre a lama criada pela fraca chuva matinal, era sexta feira, o dia amanheceu com uma garoa fria, o suficiente para criar pequenas poças de água pelo jardim, a melhor estação do ano e o perfeito dia da semana, melhor combinação, impossível, eu e meus amigos, prontamente estaríamos na companhia de minha mãe em breve, pelo final de semana como de costume; ela trabalhava em uma clinica de estética no centro; meu pai estava trabalhando na maior empresa de finanças da cidade, chegaria somente à noite. Corri de encontro ao portão com meu sorriso mais brilhante, aspirando o ar fresco da brisa quentinha que tangia o meu rosto, enquanto aguardo ansiosamente a chegada da minha mãe; Em poucos minutos ela apareceu abrindo o portão pequeno de madeira, aconchegando meu corpo pequeno, sem demora em seu braços macios, adoro ser uma criança amada, minha mãe e meu pai sempre eram carinhosos, se esforçavam para mostrar o seu afeto por mim e meus irmãos, Julian e Nathaniel; Julian era três anos mais velha que eu, uma garota com dons para musica excelente, adorava tocar piano, minha irmã fazia parte do coral da sua escola, uma garota promisora, gentil e carinhosa; Meu irmão Nathaniel era o oposto da nossa irmã, sendo o mais velho, sempre nos pertubava, quebrava os meus brinquedos e destruia os desenhos de Julian, ele era uma peste, porém sabiamos que agia dessa forma porque papai sempre o repreendia pelas notas ruins na escola e isso o deixava furioso e ainda mais travesso; mas o amávamos mesmo assim. Meus amigos sempre eram bem recebidos quando visitavam a casa dos Stewart, no caso a minha família; meus irmãos e meus pais o tratavam como se fossem parte da família; — Hannah, não ande descalça, pode pegar doenças querida. — disse mamãe me repreendendo, apertando suavemente minha bochecha esquerda, sem deixar de sorrir. — Desculpe mamãe, acabei me empolgando com a brincadeira com Ethan e Jason. Antes que pudesse dar mais explicações a minha mãe, sentir um leve puxão na manga da minha blusa lilás, sorrir imediatamente ao ver o sorriso travesso de Ethan, que prontamente se desfez, mostrando um falso arrependimento; o conhecia muito bem para saber que faria chantagem emocional com mamãe, o que sempre dava certo; ela era doce demais para se zangar conosco; — Dona Dianna, me desculpa fui eu que convenci a Nana a tirar os sapatos para brincamos na lama. — disse Ethan fazendo beicinho para minha mãe, assumindo a culpa, o que rendeu boas risadas vindo do fundo do jardim, nosso amigo, Jason, saiu de trás da enorme marcieira, zombando de Ethan; como sempre fazia; Ethan corou imediatamente, não sabia ao certo se estava com raiva ou envergonhado, provavelmente as duas coisas; Jason se juntou a nós e sorriu docemente para minha mãe; — Dona Dianna, realmente a culpa é dele, não tenho nada haver com isso. — disse se fazendo de vitima; Mamãe começou a gargalhar, passando a mão em nossas cabeças delicadamente um após o outro; — Está tudo bem, vocês são crianças, apenas advertir Hannah para tomar cuidado, sei que vocês sempre cuidarão bem da minha filha, hoje trouxe biscoitos para vocês, agora preciso tomar um banho, irei fazer um chá e leite quente para vocês mais tarde, fica muito bom com os biscoitos que trouxe para vocês. — minha mãe deu uma piscadela para nós, os garotos simplesmente achavam minha mãe incrível, realmente eles tinham razão; de fato Dianna Stewart era uma grande mulher. Nós três a observamos se afastar devagar, sumindo pela porta principal da nossa casa, Ethan sorriu para mim; — Sua mãe é tão legal, queria que minha mãe fosse como ela. — disse com um sorriso amarelo, provavelmente pensando em Teresa Collins, sua mãe, sempre que Jason e eu iamos visitar a casa dos Collins, a mãe de Ethan nunca sorria, mas era educada o suficiente para nos recepcionar; uma mulher misteriosa com um humor taciturno, portanto o pai de Ethan, o senhor William Collins era sempre gentil e oferecia alguns doces, ele me tratava como se fosse sua filha; Ethan puxou totalmente ao pai, porém os Collins eram sempre muito reservados e os conhecia muito pouco; as vezes tinha a sensação de que a senhora Teresa não gostava muito de mim; porém nada foi diretamente dito. — Você poderia ter me ajudado com a Dona Dianna seu traíra! — ralhou Ethan para Jason que sorriu, passando a mão nos cabelos envergonhado. — Foi m*l Ethan, vamos continuar brincando ou vai ficar bravinho? — perguntou Jason indo para perto da marcieira, escalando alguns galhos para pegar uma das polposas maçãs; — Está bem seu i****a, vem Nana. — disse Ethan dando língua para Jason que respondeu com o mesmo sinal, enlaçando sua mão a minha em um gesto rapido, arrastando-me para baixo da macieira, Ethan tem a mão tão quente, sentia-me segura em sua companhia. Ethan e Jason são meus melhores amigos; assim que gostaria que fosse para sempre. Conheci Ethan quando fui a uma excursão de ciências no centro e Jason conheci graças a relações sociais de meu pai, Walter, nossas familias são amigas desde que meu pai se tornou acionista na Allstate Corp e acabou fazendo amizade com Charles Crawford, o executivo principal da companhia e também pai de Jason; a senhora Evelyn Crawford, ao contrario de Teresa Collins, era sempre amigável e receptiva quando Ethan e eu iamos brincar com Jason em sua casa; Jason tem uma irmãzinha que nasceu mês passado, Briana Crawford, a senhora Crawford sempre deixavamos brincar um pouco com ela no berço, porém nada que a colocasse em risco, Briana é um bebe delicado e muito fofo; Contrário de Jason, Ethan era filho único dos Collins. — Pensa rápido Nana! Assim que escutei Jason gritar de cima da macieira, me tirando dos meus devaneios, sentir a maçã bater em minha testa que Jason jogou para mim; — Ai seu i****a! — passei a palma da mão sobre a superfície dolorida, Ethan veio ao meu encontro, retirando minha mão, colocando a sua gentilmente, fazendo uma breve carícia no local afetado; tranquilizando-me; — Está doendo muito Nana? — perguntou docemente com tom de preocupação; Ethan sempre era gentil comigo e se preocupava sempre quando me machucava; ao contrario de Jason que era sempre bruto e travesso; Ethan era gentil... — Só um pouco...obrigada Ethan, Jason seu i****a poderia esperar um pouco! — retruquei dando o dedo do meio para Jason que fizera o mesmo; — Sua bobona! — respondeu dando língua, parecendo uma criança birrenta, o que foi no mínimo engracado, Ethan e eu começamos a ri de Jason, logo sugira dois contornos rosados em suas bochechas brancas, mostrando seu constrangimento; — Vocês dois são dois bobos sem graça! Sem merecem! — retrucou zangado de cima da macieira, Ethan e eu nos olhamos nos olhos e pensamos quase em uníssono; — Tá pensando no mesmo que eu? — perguntou Ethan se agachando até a poça de lama mais próxima de nós, balancei a cabeça em sinal positivo, o acompanhando, ambos enchemos as mãos de lama e a jogamos em direção de Jason, sujando sua camisa branca dele e parte de seu cabelo louros escuros; Jason ficou vermelho; desceu quase que imediatamente para revidar, ele sorriu com travessura, arremessando lama em nós; Quando notamos, já estavamos todos cobertos pela gosma marrom, travando uma guerra divertida; Rimos e corremos por todo jardim totalmente sujos, brincamos de esconde, deitamos na grama seca e admiramos o céu nublado exaustos, enquanto comiamos maçãs, tão doce, quase enjoativa, nunca me sentir tão contente, provavelmente levaria uma bronca da mamãe por esta coberta de lama; mas isso pouco importava; Brincamos até a exaustão, apos o cansaço chegar, convecidos entramos em minha casa, subitamente fomos recebidos pelo olhar reprovativo da mamãe, ela me repreendeu e ordenou que eu fosse tomar um banho para a hora do chá; Os garotos também foram repreendidos por ela, era no mínimo engraçado ver ambos com rosto tristes enquanto mamãe lhes dava broncas; Ethan ficou de cabeça baixo, mostrando timidez e vergonha, enquanto Jason dava a cada minuto um sorriso travesso discreto, ele era terrível; O via como nosso irmão mais velho, o mais chato e levado do trio, mas de bom coração, porém com Ethan era diferente, tinhamos uma conexão especial que não sabia explicar, o que eu sentia por Ethan? Não sabia dizer o que ao certo, mas ele era umas das pessoas mais importantes da minha vida; sentia segurança ao seu lado, ele sempre se preocupava comigo de modo gentil e doce; Agradecia todos os dias por ter uma familia maravilhosa e amigos incríveis; Gostaria que fosse assim para sempre.
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