Capítulo 05

907 Words
Anne Maya  Luiz é uma pessoa a qual não conheço, não faço ideia do que se passa na cabeça dele, qual a forma que pensa. Não sei se ele tem algo contra mim, ou se fiz algo de errado para que ele agisse assim. Subo para o meu quarto, Bia ficaria comigo até se mudar - já que minha casa não tinha um quarto só para ela -. Chego em meu quarto e ela estava acordada, estava olhando meu caderno de rap's. -- Desculpa, não pude me conter -- ela disse sem graça. -- o caderno estava em cima do criado-mudo e como sou muito curiosa fui ver -- complementa. -- tudo bem... mas, não faça mais isso! -- tento ser séria, mas n consigo quando ela faz uma cara engraçada. -- tá eu não consigo -- digo rindo. -- você que realmente fez esses raps?? -- ela pergunta e afirmo. -- cara, eu não entendi alguns mas, os em português estão incríveis, você tem talento! -- ela diz e sorrio. -- obrigada -- digo sem graça, começo a arrumar a cama pra ela dormi, eu iria dormir no colchão que tinha no chão. -- canta um?? -- ela pede, olho para a mesma assustada.  -- ah, melhor não -- digo negando. ela insistiu mais uma vez -- não, deixe isso de lado -- digo negando mais uma vez, olho para o lado com os olhos marejando, me dói lembrar do acidente. -- EI o que aconteceu?? -- ela pergunta -- me desculpa, eu nã... -- interrompo ela. -- eu tinha 6 anos quando minha tia sofreu um acidente e quase perdeu a voz... flashback on minha tia Eliza cantava super bem no pequeno palco de uma lanchonete, sua voz era suave e super combinava com a melodia, mas, ah alguns dias atrás ela havia ido ao médico e o mesmo disse que ela não podia forçar a voz porque, suas cordas vocais estavam m*l mas, ela insistia e eu escutei tudo isso dos meus pais, eles estava na sala e achavam que eu estava dormindo - adultos - e, a mesma insistia em cantar.  chegou no refrão e a mesma foi puxar a voz e automaticamente a voz falhou e um barulho alto ecoou das caixas de som, eu olhei para a mesma que estava sentada no chão com as mãos nos ouvidos, fui correndo até ela e a mesma me olhou. eu não queria ficar daquele jeito nunca, o seu olhar era de medo e, eu não queria ficar com medo, eu não queria perder minha voz nunca. Abracei minha tia e comecei a chorar, nunca mais ouviria a voz dela. Flashback off -- é uma coisa boba mas, mexe comigo -- digo chorosa. -- não é uma coisa boba! -- ela diz. -- eu também tenho um medo enorme de perder minha família, o Luiz...  -- você é adotada né?? -- pergunto e ela afirma, a mesma não parecia se importar com aquele assunto, nem mesmo abaixava a cabeça, sorria e falava tranquilamente. -- Mas enfim, você tem que perder seu medo. Tenta, mas aos poucos -- ela fala passando a mão em meu braço tentando me acalmar.  -- tá, eu vou tentar, vou tentar cantar, mas hoje não -- digo sorrindo -- vamos dormir?? -- digo e ela confirma. Abraço Bia -- Obrigada -- Que nada, você é minha amiga, não é?! Amigos se ajudam -- ela fala sorrindo e sai do abraço. -- Sim -- digo -- vamos dormir logo -- digo rindo e fomo dormir. Espero que minha amizade com Bia fique mais forte, espero que eu, Brina, Jôa e ela possamos ser grandes amigas. E bom, ao Luiz?! quero certa distância dele.  ....  Terça-Feira; 06:00 hrs O despertador do meu celular que se encontrava no criado-mudo apitava loucamente, me levanto devagar e desligo o mesmo. Olho em direção a cama e vejo Bia sentada na mesma com cara de zumbi. -- Bom dia -- digo rindo e me levanto. -- bom dia -- diz choramingando e se joga na cama de novo. -- vamos querida Bia, hora de estudar. --digo e me rasto até o banheiro. Faço minhas higienes, tomo um banho e ajeito meu cabelo por ali mesmo, saio do banheiro de roupão e, vejo Bia entrar no mesmo com roupas na mão. Me troco rápido e fico pronta. Logo depois que Bia fica pronta, descemos e tomamos café, logo depois fomos pra escola a pé. Evitei falar com Luiz, vai que ele cismava de novo e falava mais e mais. Hoje eles começariam a trabalhar na gravadora, testariam as melodias com a voz dele, como eu sei?? eu observo tudo! Quando chegamos na escola, Luiz despede de Bia e vai pro lado oposto do nosso. Andamos um pouco e encontramos Brina e Jôa discutindo, nenhuma novidade. Cumprimentei elas e descobri que as mesmas brigavam porque Brina não queria beber a água. Sabrina tinha um problema nos rins, a mesma não gostava de água, dificilmente bebia, e quando bebia misturava om alguma coisa que poderia dar gosto. -- Sabrina, você tem que beber a água, agora! -- Jôa fala e, as mesmas voltam a brigar. Jôa já estava vermelha, os olhos de Sabrina brilhavam com as lagrimas que se acumulavam ali. Não sei o que aconteceu antes, mas a coisa foi muito feia. -- Gente, a Anne canta... -- Bia solta a bomba tentando fazer elas pararem de brigar
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