Luiz Cabello
Depois que Bia me apresentou pra suas amigas, fui sentar na mesa com meus colegas de classe, eu já havia me enturmado com algumas pessoas da sala, três até agora. Eles me ajudaram a comunicar com os professores, na minha pronuncia engasgada. Pude rir com eles.
Gabriel, Cristian e Petter.
Sempre fui muito fácil para fazer amizades, diferente de Bia. Sempre consegui me enturmar com facilidade, já que não via dificuldade em falar sobre qualquer assunto e desenvolver uma boa conversa com desconhecidos.
– Lá vem o cabelo lambido -- diz Cristian, meu colega de classe que comia seu lanche. Cris tem descendência asiática, seus cabelos são escuros, sua pele é pálida como porcelana, e seu rosto tem traços asiáticos. Suas bochechas tinham tons fracos de vermelho, o deixava fofo e denunciava sua timidez com facilidade.
-- Fala cara pálida. -- digo me sentando do lado de Gabriel. Gabriel tem a pele n***a, cabelos pequenos e cacheados, olhos castanhos chocolate, lábios grossos e um sorriso grande, aquele tipo de sorriso que contagia todo a sua volta.
– Parece que nós nos conhecemos a anos com toda essa i********e -- Gabriel se pronuncia. Me sentia bem com pessoas como eles. É, não seria tão dificil viver aqui assim.
-- é... mais ou menos -- digo rindo e pego um pouco do salgado do Gabriel.
-- sai daí seu tapado. -- ele diz indignado.
-- Exploda -- falo. Minha boca estava cheia pelo salgado que havia pegado.
-- Duas crianças! -- Petter se pronuncia. Ele estava tomando uma pepsi e comia uma fatia de pizza.
-- hora de dividir o lanche, Cris! -- digo e ele arregala os olhos
-- saaaaaai Luiz! -- ele pega a fatia de pizza e a pepsi e segura os dois.
......
Depois do intervalo, fui para as últimas aulas. Assim que acabou as aulas, Bia e eu, corremos para o Hotel para arrumarmos nossas coisas, hoje iriamos nos mudar. Depois de tudo arrumando, tomo um banho e vou me arrumar. Ainda bem que não haviamos tirado muitas coisas das malas.Não haviamos sido avisados com informações mais explicativas sobre a saída do hotel.
Enquanto Bia estava no banho, coloquei minha roupa - uma jeans preta, uma blusa branca e um tênis branco. -, arrumo meu cabelo e sento na cama, espero Bia ficar pronta.
Bia sai do banheiro com uma calça branca, uma blusa preta, uma bota de salto e cano baixo e, uma blusinha fina de frio. Em seu rosto noto o sorriso, que podia iluminar toda a cidade. Me sinto contagiado e sorrio junto.
-- estamos prontos?? -- pergunto e, ela afirma.
Recebo uma mensagem de Charly dizendo, que o carro já estava a nossa espera. Levamos as malas para o carro e entramos no mesmo e fomos em direção a casa, durante o caminho havia arvores, plantas, casa luxuosas e muitas coisas bonitas.
Depois de um tempo no carro, paramos em uma casa grande linda. Descemos do carro e quando fui pegar minha mala, o motorista disse que não havia necessidade e que ele levava ao meu quarto, assinto e vou em direção a casa, vejo duas silhuetas, uma feminina e uma masculina, julguei serem os donos da casa, da gravadora e da empresa.
Bia segura minha mão com minha força e logo em seguida, abraça meu braço. Ela, assim como eu, ainda sentia medo e insegurança.
Depois de ter falado com Charly e Wendy, entramos na casa e ficamos conversando enquanto esperávamos os filos deles ficarem prontos.
-- Boa noite -- escuto uma voz masculina -- Sou Noah -- o tal do Noah estende a mão pra mim e, fizemos um toque.
-- Luiz Cabello e, Bianca Soares. -- Apresento a mim e a minha irmã, já que a mesma parecia não conseguir abrir a boca.
-- Muito bom conhecer vocês -- ele sorri e dá um beijo na bochecha de Bia. Depois de um tempo Noah se pronuncia novamente. -- Mayazinha?! porque está ai na escada??
Ele fala e viro meu rosto para a escada vendo a tal "Mayazinha", era a Anne, a menina bonita, a amiguinha de Bia. Vejo Bia suspirando aliviada em saber que conhecia alguém ali, eu sabia que ela estava se sentindo totalmente deslocada. A conhecia como a palma de minha mão, e ela raramente conseguia esconder algo de mim.
-- Boa Noite. -- ela disse indo em nossa direção dando um sorriso franco. -- oi Bia -- ela disse alegre e abraça Bia. -- Luiz...
Bia parecia tão animada, seu sorriso e olhos brilhosos denunciavam. Não tinha como descrever a paz que sentia por vê-la assim. Sentia que estava cumprindo meu dever como irmão. Quero protegê-la de todo m*l que o mundo pode proporcionar, me sinto bem em vê-la bem.
-- Oi, como está? – Digo sorrindo fraco. Poderia facilmente confundi-la com uma obra de arte cara de museu.
-- Já se conhecem?? -- os pais dela perguntam. Diria que estavam se fazendo.
-- Eles estudam na mesma escola que eu e, a Bia e eu estudamos na mesma sala. – Anne diz sorrindo. Mesmo que seus olhos pareciam denunciar um possível tédio, ela parecia animada com a presença de Bia. -- Impossível não saberem disso. -- Diz.
-- A menos m*l -- o pai dela fala, pude vê-lo engolir em seco -- Sentem-se, vamos comer -- assim fazemos. depois de um tempo de silêncio, ele se pronuncia novamente -- Noah e Anne, eles vão ficar aqui em casa por algum tempo, certo?!
-- Aí, que bom, vou ter companhia! – Anne Maya fala sorrindo e olha pra Bia.
Depois de um jantar com muita risada e conversa. Bia sobe pro quarto com Anne, Noah me mostra meu quarto e todos foram dormir.
Demorei pra dormir, já que tinha que pensar em minhas músicas, eu havia algumas, mas eu quero bombar, quero fazer sucesso.
E do nada, a imagem de Anne adentra em minha mente, seu sorriso, sua risada. Balanço a cabeça, credo. Levanto e vou na cozinha, bebo um pouco de água e pego um copo pra levar pro quarto, quando eu estava andando esbarro em alguém.
-- olha por onde anda -- a voz de Maya entra em meus ouvidos.
-- olha por onde anda você, sai esbarrando em todo mundo assim todos os dias, ou está me testando? — pergunto de forma retórica e volto para o quarto.
o que eu acabei de fazer??