Alice
Desço do carro com o Polegar, e entramos no mercado daqui da favela mesmo.
Alice: Desde quando tem carro? - pergunto, já pegando o carrinho.
Polegar: Me liberaram o carro pra te trazer. Quem me dera ter um desse.
Alice: Entendi - vou andando pelo corredor.
Polegar: Deixa que eu levo - pega o carrinho.
Alice: Valeu.
Vamos andando em vários corredores e eu só tacava coisas e mais coisas no carrinho. Já estava bem cheinho. Vejo um pacote de macarrão na penúltima prateleira e me estico, mas nada. Até pulo, mas não consigo mesmo assim. Sinto uma mão na minha cintura e vejo outra subindo até a prateleira pegando o pacote. Ele solta minha cintura e me viro pra ele.
Polegar: Esse? - pergunta com um sorriso nos lábios.
Alice: Sim - concordo quase num sussurro, e ele coloca o produto no carrinho.
Polegar: Bora?
Alice: Aham - concordo com a cabeça, ainda com vergonha e continuo andando pelo corredor.
Vejo o pacote de papel higiênico lá no alto.
Alice: Eles devem ter algum preconceito com gente baixa - resmungo baixinho.
Polegar: Devia ter crescido mais - debocha de mim.
Alice: Vai se fuder - me encosto na prateleira.
Polegar: Recuperou a voz, foi? - coro e lanço meu dedo do meio pra ele - Deixa que eu pego.
Ele para na minha frente e se estica pegando o pacote e colocando no carrinho. Só sei que observo cada gesto seu. Como não percebi antes que ele era bem bonito?
Poelgar: Alice? - me desperta.
Meus olhos caem em sua boca vermelhinha. E que vontade de morder essa boca avermelhada pra p***a. Até parece que o filha da p**a passou lip tint.
Polegar: Podemos ir? - me pergunta e ignoro o mesmo.
Pouso minha mão na sua nuca e o puxo pra mais perto, selando nossos lábios. Ele não perde tempo e coloca sua mão na minha cintura apertando a mesma. Que logo desce até a minha b***a e ganha uma firme apertada.
Acaricio sua nuca e a arranho devagar. Ele continua a apertar minha b***a com as duas mãos bem forte me fazendo roçar na sua coxa, onde sinto seu p*u. Se é de propósito, não sei, só sei que estou amando. Rocei meu lábio no seu, nos fazendo ficar numa provocação gostosa.
Pedi a******a e ganhei permissão. Nossas línguas brincaram bem, deixando nosso beijo num perfeito encaixe. Ele chupa meus lábios pela última vez, quando nos acaba o ar e me encara assustado.
Polegar: p***a, Alice - passa a mão no rosto e fica andando de um lado pro outro.
Alice: Você correspondeu - resmungo olhando minhas unhas.
Polegar: Você me beijou primeiro - boto minha cara de deboche - Você tem noção disso? Eu to fudido - passa a mão no rosto.
Alice: Foi só um beijo.
Polegar: Um beijo que vai acabar com a minha vida, Alice, literalmente. Seu pai vai querer me matar.
Alice: Relaxa ai. Eu não fiquei grávida por ter te beijado. Se bem que...
Polegar: Alice... - me repreende.
Alice: Se bem que, mais um pouco, eu fodia com você - falo com uma risada safada e mordo meu lábio inferior.
Polegar: Nem brinca - suspiro.
Alice: Não gostou? - encosto ele na prateleira e roço meu lábio no seu.
Poelgar: Alice... - fecha os olhos.
Alice: Gostou?
Polegar: Pra c*****o - responde ainda de olhos fechados e sorrir.
Alice: Que bom saber - falo de forma provocativa.
Ele agarra minha b***a mais uma vez e me puxa pra mais um beijo que é separado pela falta de ar. Eu poderia beijar essa boca o dia inteiro.
Ele envolve seu braço na minha cintura e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Ele acaricia meu rosto e me dá um selinho demorado.
Polegar: Temos que ir - fala já mais calmo - Não posso ficar com você o dia inteiro nesse mercado - ri nasal.
Alice: Vamos - me afasto dele e seguimos até o caixa. Pagamos, ensacamos tudo e colocamos no carro. Entramos no carro e ele me encara antes de dar partida - O que foi? - pergunto.
Polegar: O que foi isso, Alice?
Alice: O quê?
Polegar: Aquele beijo... Ele... - respira fundo.
Alice: Qual é, Polegar. Foi um beijo.
Polegar: Foi diferente dos meus outros beijos. E olha que já foram muitos - brinca.
Alice: Vapor exibido - bato em sua coxa e ele ri - Vamos pra casa, estou exausta.
Polegar: Exausta de quê, Alice? De beijar na boca?
Alice: Já mandei você se fuder?
Polegar: Nem me diga quantas vezes - ele dá partida e logo chegamos na minha casa.
Já vejo mais meninos armados mais do que o normal no meu portão e deduzo que meu pai está em casa.
- Alice! - me gritam e cumprimento um por um, até chegar em um específico, que paro e encaro ele.
Capitão: Demorou - é seco.
Alice: Se meu pai está em casa, você nem deveria estar aqui.
Capitão: Não me diga o que tenho que fazer, eu sei o meu trabalho.
Alice: Então tá - dou de ombros.
Capitão: Eu disse pra trocar de roupa, porque estava curto demais.
Alice: E daí?
Capitão: Essa roupa está curta demais, Alice.
Alice: Mas pode falar - dou uma voltinha completa- To gata pra c*****o - coloco as mãos na cintura e os meninos batem palmas.
Capitão: Acabou o show - Capitão fala e todos param.
Alice: Adora acabar com a graça dos outros. Por que tão chato?
Capitão: Por que tão irritante?
Alice: Polegar, me faça um favor - chamo por ele, assim que sai da minha casa e vem até a mim - Pergunte a ele - falo com o Capitão.
Capitão: Fala pra Alice que essa roupa está muito curta.
Alice: Fala pro Caio que minha roupa está maravilhosa.
Ele olha pro Caio, que o encara sério, e depois me olha, logo ele olha pra baixo.
Polegar: Eu acho que está linda - resmunga baixinho e se apressa em tentar sair dali.
Capitão: Repete, Polegar - fala, o segurando pelo braço.
Alice: Deixa o garoto. Só disse verdades - tiro sua mão de seu braço.
Ele bufa e eu sorrio vitoriosa.