Jeito de viver.( Larissa)

1774 Words
" É coisa de outro nível, quando dançamos juntos nessa bruma louca." Por: Larissa. Pensar em Sophia é complexo porque a menina é um intrincado de mistérios. Ao mesmo tempo que é doce, é uma bruma densa, nunca dá para saber ao certo que ela mostra muito ou somente umas pinceladas do que realmente é. E vejo que depois da perda dos pais, muito dela se fechou como uma planta carnívora faz para devorar um inocente inseto. Nunca soube muito dos seus tios, apenas que tanto os pais e ela não querem contato com esses parentes. Por qual razão não sei. Talvez confusões de família, o que aprendi nesse envolvimento com Pietro é que não existe família perfeita todas tem seus segredos, suas manchas escuras e suas imperfeições. Mas eu amo a minha, sou incompleta sem ela e mesmo com toda essa agonia de ser sistemática por conta do mundo sombrio que fazemos parte, acredito que seja o lado da adrenalina que tanto faz com que eu queira me sentir cada dia mais viva, mais intensa e o lado doce fica por conta do meu marido e meus filhos. No resto, me tornei uma guerreira cheia de armas em mãos, uma caçadora de modos habilidosos e com armas em mãos. Não sei muito bem se eu que escolhi ou fui escolhida. Mas hoje sou fruto do meio em que vivo e não um produto. Brinco com esse distino, às vezes a mente bagunça com o tanto de coisa. Porém, quando isso ocorre mergulho dentro de mim e busco por minha essência. Preciso ser o ponto forte o norte do meu marido, Pietro é inconstante e temo que ele num momento de fragilidade caia num poço profundo. Agora com essa historia de mandá-lo para o Alasca, estou quase surtando. _ Amor, tenho algo para te pedir.- digo olhando para o homem enorme segurando nossa pequena bolinha cor de rosa. _ Pede, pequena. - fala, olhando para Vitória. _ Quero levar Sophia comigo para a Itália. - solto e Pietro me olha em linha fina. _ Que p***a é essa, Larissa? Está maluca, c****e! Quer colocar alguém de fora no nosso meio?- fala entre dentes e eu sabia que ele reagiria assim. _ Quero alguém que eu confie comigo. Se não percebe, agora temos quatro filhos, você vai começar a viajar a mando do Don e eu não dou conta de tudo sozinha. -profiro, olhando para o homem. _ A resposta é não! Na Itália tem muitas pessoas boas com crianças, arranjaremos uma da famiglia.- fala, olhando para Vitória e sorrir. Olho para o homem e vejo o quanto se transforma, ao olhar para um dos nossos filhos. _ Ou à Sophia ou eu não retorno para a Itália. Fico no Brasil.- sou taxativa. _ Como é?? Está me contagiando, Larissa?!- indaga se aproximando de forma perigosa. _ Não, estou fazendo valer minha vontade. Quero que meus desejos sejam analisados e pesados e depois discutidos comigo. Sinto muito, não vou aceitar um não de cara.- sou firme. Pietro coloca Vitória no berço e num movimento ágil ele sobe por cima do meu corpo e imobilizar o meu corpo. _ A senhora Grecco, está colocando as unhas de fora. Quando foi que isso começou a acontecer?- pergunta com um sorriso sacana brincando no rosto. _ Quando você começou a ser meu professor. Sabe sou uma menina aplicada e aprendo rápido. - falo piscando um olho e gargalho em seguida. _ Filha da p**a safada, estou louco para ver se realmente aprendeu direitinho, tudo que te ensinei. - fala, segurando minhas mãos acima da minha cabeça com sua mão esquerda e com a direita se infiltra por dentro da minha blusa até chegar no meu seio cheio de leite - Você é uma p**a gostosa, p***a e a maternidade só ampliou o t***o que tenho por ti.- fala arrastado e eu amo ouvir sua declaração. _ Me beija e esquece o mundo, meu marido perigoso.- peço e ele ri, antes de abaixar a cabeça e tomar meus lábios. Gemo querendo bem mais daquele contato gostoso. _ Não geme p***a que eu enlouqueço e você ainda está se recuperando do parto. - sussurra e eu rio. _ Paciência sub chefe. Escuta, Vitória acordou. - falo dando um beijo em seu pescoço. _ Vou te liberar, mas esquece essa idéia tola de levar sua amiga.- diz erguendo-se. _ Falarei com Vittorio, ou a Sophia vai comigo ou você não vai para p***a de canto nenhum!- digo me levantando devagar . _ Para com isso, amor. O Don não vai sair aliviando para o meu lado só porque sou irmão dele, muito pelo contrário. - diz pegando a nossa princesinha no colo. _Veremos isso, Pietro. - digo arrumando o shorts de tecido que uso- Vamos jantar, as crianças estão lá embaixo, na brinquedoteca com o seu pai.- emito, indo na direção da porta. _ Meu pai está um velho babão. Ama os netos e se perde nos mimos para eles, exagera.- profere, vindo atrás de mim. Descemos a escada, quando chegamos na sala vejo Vittorio, degustando de um cálice de vinho. " É agora!"- penso decidida. Aproveito que Pietro seguiu direto para onde nossos filhos estão brincando. Me aproximo do meu cunhado que é sempre fechado e calado. Situação que me enerva muitas vezes. _ Atrapalho?- pergunto conforme me aproximo. _ Se eu disser que sim, vai embora?- indaga sorvendo mais um gole da bebida de cor pungente. _ Não. - respondo me sentando na poltrona que fica bem a sua frente. _ O que quer?- fala sem rodeios. _ Sophia.- digo e Vittorio levanta uma das sombrancelhas e me olha com suas iris penetrante. _ O que tem?- inquiri sem abaixar o olhar. _ Quero leva-la comigo.- solto de uma vez. _ Não. - sua resposta é seca, cortante e tenho vontade de socar as fuças do intragável. _ Então, Pietro fica comigo. Nada de Alasca e incursões. Temos quarto filhos agora e não vou dar conta de tudo sozinha.- digo olhando uma cutícula invisível da minha uma da mão direita. _ Parem de fuder e ficará tudo bem.- fala manso, com sua voz medonha. Meu queixo quase vai ao chão. _ Já conversei com Pietro e ele deu o sinal de positivo. A Sophia será minha funcionária, babá dos seus sobrinhos .Quero perto de mim alguém que eu possa confiar, não alguém que me deixe sismada de tentar contra a vida dos meus pequenos, já chega o Dante e o Renzo com um alvo no meio de suas testas.- disparo e toco na farida aberta do meu cunhado, o sucessor dele, meu filho. Vittorio me olha em linha fina. _ Vou explodir Pietro, por ele ter tomado uma decisão passando por cima de mim.- profere com raiva explícita. Bem na hora meu marido surge na sala. Vittorio olha para o irmão com fúria. _ Quem lhe deu autorização para tomar uma decisão que implica na famiglia inteira?- inquiri e eu fico azul. Pietro me olha e coça a testa, por seguinte o seu nariz. _ O que ela te disse?- pergunta fitando o irmão mais velho. _ A p***a daquela garota esquisita não vai conosco! - Vittorio emite alternando os olhares entre Pietro e eu. " Ah, mais vai e se vai!"- digo para mim mesma. _ Última palavra, pois bem! Eu e as crianças não vamos sair daqui! Não vou me virar em duas na Itália e nem confiar a idoneidade dos meus pequenos para qualquer um de lá. Quero alguém da minha confiança e eu confio na Sophia. Você, Vittorio, não precisa gostar dela, eu gistando está de bom tamanho. - falo me levantando. O Don, sopra o ar devagar como se tivesse se controlando para não fazer uma besteira. _ Se ela descobrir algo, vou fazer você matar sua amiga e não vai ser com uma arma e sim com uma faca e no final, vai ter de beber do sangue dela.- Me arrepio, porque sei que ele fala sério - Quanto a você, Pietro, controle a sua esposa, Máfia não é brincadeira para querer trazer estranhos para o ceio da minha famiglia. Ou eu tomarei medidas e nem todo amor que tenho por ti vai me parar.- deixa claro para o irmão que apenas anui. Vittorio se ergue, me lança um olhar frio e sai com o seu sobretudo farfalhando. _ c*****o, o teu irmão parece que é feito de titânio! Cadê a alma e o coração desse ser, será que ele tem um? - digo olhando para Pietro que se aproxima e me abraça. _ Você está brincando com fogo, Larissa. Não é porque você faz parte da família e da famiglia que o Don vai passar a mão na sua cabeça. Tu conseguiu, sua amiga vai conosco, mas não esqueça as palavras dele. Vittorio não é de dizer blefes.- Pietro profere e eu, pela primeira vez, me preocupo das coisas fugerem do meu controle. _ Acho que seu irmão merece a cobra com quem casou. Quem pode suportar um homem frio e insensível? - digo esgregando meu rosto no peitoral do meu marido - Amor, seu irmão já amou alguém? Se apaixonou ou algo do tipo? - pergunto curiosa. _ Não sei, minha menina. Por quê? - Pietro indaga. _ Sei lá, você era quebrado por causa de um amor e penso que com ele pode ocorrer o mesmo.- emito me afastando. _ Não foi amor. Comodidade e um misto de obsessão, isso sim. Nunca foi amor, com você é amor e muito mais que isso. Meu pedaço de felicidade.- profere me olhando. Aperto meus lábios. Ergo rapidamente as minhas sobrancelhas. Solto um suspiro. _ Vou cuidar dos preparativos para Sophia embarcar conosco, vou usar o nosso cartão. Ela quer levar alguns itens pessoais e isso vai gerar um custo.- aviso. _ Certo, amor. Só cuidado quando chegarmos lá. Um passo em falso e tudo rui. Não quero ter que entrar na linha de confronto para não ter que ver você tirar a vida da sua amiga.- avisa e eu apenas afirmo com a cabeça. _ Serei cautelosa, não se preocupe. - digo e me aproximo dele - Te amo, meus olhos de aço. - falo e Pietro me alça pela cintura. _ Olhos e outra coisa que está....- ele olha para o volume dentro da sua calça . Sorrio e o olho esfomeada. _ Só mais uns dias, e eu te dou aquele chá que você gosta.- digo apertando o instrumento em desuso. _ Eita, p***a que eu vou cair matando.- Nós dois rimos juntos, cúmplices, devassos e desejosos, um par perfeito.
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