Capítulo 06

592 Words
Fiquei surpresa, caramba eu não esperava ser salva por ele. — Você tá machucada. — ele disse pegando meu braço com cuidado. Não falei nada, ele me ajudou a levantar. — Vamos pro hospital. Continuei calada. Ele me levou até o carro e seguimos pro hospital, eu ainda estava calada (não sei porque) mas fiquei assim até chegar no hospital e ele também. Chegando ao hospital fiz um exame de corpo de delito e se deu como agressão, de lá me mandaram direto pra delegacia registrar um B.O, o professor ainda estava comigo, registrei o B.O e fui pro carro outra vez. — Obrigada por me salvar. Ele sorriu. — Eu sou contra violência mas obrigado por ter batido naquela garota, não gosto de ser assediado daquela forma. Eu ri. — Primeiramente, bati porque ela já tava me irritando, segundamente, não bati para "defender" você. — De qualquer forma obrigado. Dei de ombros. Fomos o resto do caminho em silêncio e quando prestei atenção estávamos parados na frente do mesmo prédio da festa. — Você mora aqui? — Sim. — E porque mesmo eu estou aqui? — Imagino que com uma noite dessas esteja com fome. Sim e muito. — É estou. — Então vamos comer? — Na sua casa? — Bem, talvez seja estranho, mas não se preocupe só iremos comer. Fiquei me perguntando o que mais se faria além de comer, mas deixei no ar. — Ok. Tá poderia ser perigoso, ele poderia ser um psicopata, mas poxa eu tava louca de fome. Subi ainda surpresa e um pouco constrangida, afinal eu tava no apartamento do professor de espanhol. Ele me chamou pra cozinha, abriu a geladeira, colocou umas coisas na mesa, suco, leite, achocolatado, nutella, queijo, frutas, presunto, requeijão, pão, torradas, bolachas e ainda preparou um café. Algumas coisas né. — Sirva-se. Comi um pouco de tudo, eu tava com fome e amava comida assim de graça. Ainda estava comendo um sanduíche e comecei a andar pela sala, vi que tinha algumas fotos dele e uma com uma mulher muito bonita, eles estavam de mãos dadas e sorrindo felizes, comecei a observar a foto quando ele voltou já que tinha me deixado sozinha, aparentemente havia tomado banho. — Você é casado? — Sim Fiquei confusa. — E porque você não usa aliança? E cadê a sua esposa? Ele sorriu. — Na casa dela. Me deixou mais confusa ainda. — Não mora com a sua mulher? — Não. — Por que? — Estou em processo de divórcio. Agora faz sentido. — Sem querer ser curiosa mas já sendo, por que? — Você gostaria de ficar com alguém por quem não sente mais nada? — Não. — eu disse baixinho. — Então... — ele pegou a foto e baixou de modo que ficasse com a foto deitada virada pra estante aparecendo só o suporte que a deixava em pé. Percebi que já devia ser tarde, olhei pro relógio de parede que marcava 1:44. — Caramba eu preciso ir embora. — Eu levo você. — Não, você já fez demais eu chamo um táxi professor. — Acha que eu vou deixar você pôr a vida em risco indo de táxi? Claro que não. — Tudo bem. Fomos o caminho todo em silêncio, eu não tinha assunto e acho que ele também não. Logo o carro parou em frente a minha casa. — Bem obrigada outra vez. — Não se preocupe fiz o que tinha de fazer. — Você não tinha obrigação. — Ah tinha sim. Queria perguntar o porque mas achei melhor não. — Olha professor, eu sei que se soubessem que aconteceu tudo isso teria um lado r**m e não pegaria bem. — Não se preocupe, no que depender de mim ninguém saberá. Assenti. — Boa noite Arthur. — Igualmente Thalia.
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