Capítulo 01 - Perigos noturnos.

4498 Words
Lua. Há quem diga que eu estou nessa vida por opção, mas na verdade o que me trouxe aqui foi a falta de uma. Aquela famosa frase do “vou largar tudo e virar stripper” é só meme, no fundo só quem passa pela necessidade que nós faz entrar nessa vida sabe a barra que é enfrentar isso tudo todos os dias. Sendo esculachada e chamada de p**a, sendo colocada baixo de cachorra por que pra eles, eu não tenho dignidade nem pra circular pelo morro em paz por que segundo a maioria das meninas daqui “p**a não tem caráter”. Mas não foi por causa disso que eu perdi a minha essência. Ao contrário disso, foi assim que eu aprendi a dar valor as pequenas coisas da vida. Tendo que dar duro dia e noite para conseguir manter uma vida boa para a minha irmã. A Laura é o único motivo de eu ainda estar aqui, resistindo a tudo isso. É só pra dar estudo e chances pra ela que eu nunca vou poder sonhar em ter, a minha irmã não vai precisar se prostituir pra poder ser alguém na vida, eu não vou deixar. Não é nada fácil ser g****************a, ainda mais em comunidade. Toda noite correndo o risco de não voltar pra casa, de ser estuprada ou até mesmo morta. Somos obrigadas a colocar o dinheiro acima do nosso medo de não estar viva amanhã. Ainda tenho esperança de largar essa vida, estou juntando dinheiro pra poder arrumar um emprego e poder viver sem ter que passar por essa humilhação diária. Se tudo der certo, esse ano ainda eu saio. Isso se o Lobão não ficar empatando a minha vida com a ladainha de que tenho uma dívida com ele, nos temos sim um contrato que eu assinei quando entrei aqui e depois de ter lido ele milhares de vezes eu sei de cor e salteado que a multa pela quebra de contrato é de 20 mil reais. 20 mil é o preço da minha liberdade. Teteu: Você está babando em cima da comida. - Fui tirada do meu transe, ou melhor, meu cochilo pelo meu melhor amigo. Teteu é quem salva os meus dias nessa favela, não sei o que eu faria se não fosse o apoio dele desde que eu pisei aqui pela primeira vez Eu lembro como se fosse ontem, a primeira noite em que eu estive naquela boate, eu m*l sabia o que estava por vir. Tem mais ou menos um ano que tudo aconteceu. O primeira vez que eu conversei com o Teteu me salvando naquela noite, o meu primeiro programa na noite em seguida e a partir daí todas as minhas lutas diárias. Eu fiz o meu nome, hoje sou conhecida por todos aqui como Afrodite, que ironia, a deusa do amor se envergonharia. Só quem me chama de Lua são as pessoas mais próximas a mim que são o Teteu e a Catarina que praticamente vivem comigo. Ela era uma colega de trabalho que se tornou minha irmã e ele é subcomandante daqui, o que acaba me ajudando muito quando se trata do aluguel da casa que eu tenho morado. Ele que arrumou pra mim. Eu morava em um barraco perto da boate com a minha irmã e com isso o Lobão tirava todo o meu salário pra pagar o aluguel, mas agora o Matheus fez questão de conseguir essa casinha com o dono daqui. Ela é simples, porém mais do que perfeita pra nós. Inclusive pra ele que vive mais aqui do que na própria casa. Lua: Eu não dormi essa noite, essa semana está sendo complicada. - Bocejei negando com a cabeça. Teteu: Já falei pra você parar de se m***r naquela boate, só está se prejudicando, você sabe. - Me alertou, como todos os dias ele fazia. Lua: Não vejo a hora de sair daquele inferno, o Lobão está cada vez mais insuportável, eu carrego aquele lugar nas minhas costas. - Desabafei. Teteu: Me deixa te ajudar com isso, não aguento mais ver aquele cara se aproveitando de você, qualquer dia eu ainda acerto uma bala no meio da testa dele. Lua: Já te disse que eu vou conseguir sem precisar te pedir nada. Duvido que você mata ele, vai correr o risco de ficar sem o seu lugar favorito nesse morro. - Brinquei. Teteu: Você brinca muito. - Ele negou. Lua: Deixa a louca da Carol saber que você fica se engraçando pro lado da Catarina quase todos os dias lá na boate. - Falei continuando a comer a comida que estava no prato e eu m*l tinha tocado. Teteu: Não tenho nada com aquela mandada, gosto da companhia dela, mas a doida é emocionada pra c*****o. Lua: O dia que você parar com alguém eu mudo o meu nome Matheus. - Ri comigo mesma. Teteu: Você já tem dois, vai querer mais um pra que? - Brincou. Não sei o que seria dos meus dias sem esse i****a. - Tenho que partir pra boca, precisa de alguma coisa? Lua: Não meu amor, vou dar um jeito na casa e preciso chegar mais cedo na boate hoje, Lobão disse que quer conversar comigo. - Revirei os olhos, quando vinha assim eu sabia que viria problema na certa. Teteu: Se cuida p*****a. - Me deu um beijo na testa. Lua: Obrigada pela parte que me toca. - Me fiz de ofendida e ele me mandou dedo pegando a p*****a no balcão e saindo de casa. Terminei de comer e coloquei nossos pratos na pia escutando o barulho da porta ser aberta pelo motivo dos meus estresses de todos os dias. Era só ela chegar que a minha paz acabava. Laura: Vi seu cliente particular saindo daqui. - Me provocou. - Vai ficar marcando ponto aqui agora? Deixou a sua mochila no sofá e veio em direção a cozinha pegando um prato para colocar a sua comida. Lua: Você não cansa de me perturbar? Está cansada de saber que o Matheus é meu amigo, deveria ter mais respeito com a pessoa que te sustenta. - Falei de saco cheio de todas as piadinhas que ele jogava sempre que tinha oportunidade. Pode parecer piada, mas a pessoa que mais me odeia no mundo mora sob o mesmo teto que eu. Laura: Não sabia que p**a podia exigir respeito de alguém. - Debochou e eu simplesmente ignorei. Parei o que estava fazendo e esperei ela sair de perto de mim pra finalmente poder fazer as minhas coisas em paz. Precisava ter sangue de barata pra poder aguentar todos esses desaforos todos os dias. Terminei de lavar a louça e fui arrumar a casa tentando evitar ao máximo cruzar com a Laura, fazer isso dentro da própria casa é uma t*****a do c*****o. Assim que acabei tudo entrei pro banheiro e fui finalmente tomar um banho quente e demorado pra poder tirar todo o peso do meu corpo. Eu me sentia tão suja por me vender assim. Tirei isso da minha cabeça e fui lavar e cuidar dos meus cabelos, manter eles vermelhos da mais trabalho do que parece e pro meu trabalho a beleza é o essencial para chamar atenção dos clientes. Como hoje é sexta feira era dia de colocar todos os cuidados em dia, fui fazer a minha depilação, unhas e tentar relaxar para a noite de hoje. Os finais de semana são sempre os piores e com movimento mais frenético por causa do baile. Depois de fazer o que precisava eu voltei pra casa para me arrumar infelizmente sozinha dessa vez, como o Lobão queria que eu chegasse mais cedo hoje teria que me arrumar sem a minha parceira de sempre. Me arrumar com a Catarina sempre me dava um gás, ela me faz rir como ninguém e me enchia de forças pra enfrentar mais um dia na paz de Deus como ela sempre diz. Tomei um banho demorado e comecei a me produzir, primeiro passei todos os meus cremes, coloquei uma lingerie vermelha e um vestidinho colado por cima que chamava atenção de todas as curvas do meu corpo. Coloquei um salto aberto que mostrava as minhas unhas feitas, os homens adoravam um pezinho bonito com francesinha amostra, já peguei uns que tinham até um certo fetiche. Depois de pronta eu peguei a minha bolsa e deixei um dinheiro em cima da mesinha da sala sabendo que a Laura pegaria pra ir pro baile com as amigas. É uma luta pra conseguir segurar ela dentro de casa e mesmo assim ela sempre vencia. Então um belo dia eu resolvi parar de bater cabeça com isso, ela sabe bem o que é certo e errado, se arrumar algum problema que saiba sair dele sozinha. Eu não sei de quem ela tinha puxado esse gênio forte, todos os dias era uma guerra com ela dentro de casa. As coisas que ela já me disse são muito piores do que um t**a na cara, mas eu estou aqui até hoje cuidando dela pelos meus pais. Não vou deixar ela solta por ai correndo o risco de se tornar a mesma coisa que eu só pra poder ter o que comer dentro de casa. Tirei essas coisas do meu pensamento e sai de casa, se fosse pra ficar falando disso eu iria sentar e chorar o dia todo, só Deus sabe cada coisa que eu já passei nessa vida. Não me orgulho do que eu me tornei, mas espero me orgulhar da mulher que eu luto para Laura se tornar. Liguei para o Matheus perguntando aonde ele estava e se poderia vir me buscar, como o bom amigo que é, não demorou muito para ele estar na frente da minha casa com a XRE dele. Se acha quando está em cima dessa belezinha, arrisco dizer que é um charme a mais. Teteu: Que honra carregar uma gostosa dessas na minha garupa, os crias vão morrer de inveja. – Ri da tiração de sarro dele e subi na moto segurando em sua cintura e apoiando nas costas dele. São nesses momentos com o vento batendo no rosto que eu paro pra pensar nas paradas da vida. Sou grata pra c*****o por Deus ter colocado uma pessoa como o Teteu no meu caminho, não sei o que teria sido de mim perdida aqui sem esse cara. Ele é meu irmão. Assim que chegamos ele me deu um beijo na testa e partiu pra casa. Entrei na Delírios que ainda estava fechada pelo fato de não estar no horário de funcionamento ainda. Eram umas 20;00 horas da noite. Sinto medo só de pensar na encrenca que o Lobão está arrumando pra mim dessa vez, esse cara só me coloca em furada! Se oferecem uma boa quantia de dinheiro pra ele, ele não se preocupa se é perigoso ou se eu vou voltar viva, ele só pensa em quanto que ele vai receber. É nessas que eu tenho que me envolver com homens casados, empresários, chefes de facção e com qualquer i****a que ofereça um bom retorno. Eu sou a moeda de troca favorita dele, esse filho da p**a nunca manda as outras meninas, sou sempre eu ali quando se trata de correr riscos. Preciso sair desse meio antes que eu acabe morta. Isso aqui não é só prostituição, a gente se envolve com gente da pesada, que não se importa se vai m***r ou se vai machucar, a v*****e deles é a que prevalece. Entrei na boate e fui pro andar de cima onde ficava o escritório do Lobão um pouco mais escondido, depois dos quartos que já estavam preparados para a noite de hoje. Lobão: Que bom que chegou no horário, você tem um programa fora hoje, com o Alemão. – Senti meu corpo inteiro arrepiar quando ouvi aquele nome. Chefe de facção rival, esse cara está tentando encomendar a minha morte. Não é possível. Afrodite: Você está ficando maluco? Sabe quem esse cara é, se o Falcão descobre que você está se metendo com alemão ele mata eu e você. – Surtei enquanto ele simplesmente parecia não ligar para esse fato. Lobão: Ele só vai saber se você contar, meus negócios são sempre discretos. – Bufei, ele fala como se vendesse um objeto. Me pergunto quando foi que eu me deixei levar pelas idéias desse homem. Afrodite: Se eu correr risco de vida, pode ter certeza que ele vai saber quem me meteu nessa furada, o Teteu não é i****a! Lobão: O bandido que te banca não vai se meter no meu trabalho, meus negócios são direto com o Falcão, você deveria saber que eu não sou tão i****a assim. Estou muito ocupado, pode sair da minha sala e se preparar, ele vai te pegar as 22:00h em um ponto de encontro aqui perto. – Neguei com a cabeça e sai da sala dele batendo a porta, mas a minha v*****e mesmo era de acertar um tiro na testa desse p*u no cu. Depois de um tempo arrumando as minhas coisas no quarto que eu ficava, por que, sim! Eu exigia um quarto só pra mim e ai de quem entrasse aqui, Deus me livre de ficar dividindo lugar de programa com as outras meninas que trabalham aqui, isso é bem mais nojento do que parece. Eram 20 pras 22:00h e eu entrei no carro do Lobão indo até o encontro do tal Alemão, esse realmente era o vulgo dele. Assim que ele estacionou eu vi um carro preto parado logo na nossa frente e me instruiu de tudo que eu podia ou não fazer por ele ser um cara perigoso, ata que eu não ia deixar o Matheus avisado disso. Entrei no carro do tal Alemão e ele deu partida com o carro murmurando um “boa noite”. Que Deus me ajude, esse homem tinha uma cara de que ia me esfaquear a qualquer momento. Aparentemente ele deve ter uns 40 e poucos anos e era muito bonito, mas isso não faz eu deixar de ter medo dele. Alemão: Você não é de conversar com seus clientes? – Falou sem tirar os olhos da estrada. Afrodite: A gente recebe ordens para não incomodar os clientes, mas, pra onde vamos? – Perguntei curiosa. Se alguma coisa acontecesse eu teria que saber pelo menos aonde eu estava. Alemão: Primeiro para uma reunião de negócios e depois, bem, você sabe. – Me olhou s****o e eu senti calafrios, o Lobão deve estar recebendo uma grana do c*****o por isso e só a metade vem pra minha mão. Chegamos em um lugar cheio de traficantes, onde seria a tal reunião, mas estava parecendo mais um puteiro do que uma reunião de negócios. Ele não fazia idéia que eu era cria de Manguinhos, na verdade, ele nem sabia a localização da boate, pelo que eu entendi foi indicação de um amigo. Eu me sinto tão suja fazendo isso. E detalhe, ele também achava que eu não sabia que ele era chefe de uma facção. Coitado. Puta sim, burra não amor. Afrodite: Que lugar enorme, quantos seguranças né, você deve ser alguém importante mesmo. – Falei tentando disfarçar o máximo que conseguisse, essa é a hora de inventar uma personalidade pra cada cliente. Alemão: O que tem de linda, tem de inocente. – Debochou. – Você fica aqui com as outras mulheres e assim que acabar nos vamos embora, lá pra 1:00h da manhã. – Ordenou e eu concordei, não é como se eu tivesse outra opção. A maioria das mulheres que estavam ali e eram acompanhantes dos caras eram todas, amantes, garotas de programa e algumas mulheres de traficante. Então resolvi ficar na minha, qualquer gaf que eu cometesse podia me entregar e eu ia arrumar um problemão aqui. - Como é a experiência de ser amante do chefe? – Uma mulher perguntou com ironia enquanto as outras riam, odeio esse tipinho. Afrodite: Como é? – Me fiz de desentendida, mas eu gostaria de ter tido a informação de que o cara é casado antes de me meter aqui. - O Alemão tem mulher, não sabia? – Neguei com a cabeça. – p*****a na favela fica careca fofa, toma cuidado. Afrodite: Eu não sou amante, sou acompanhante de luxo. Ele contratou meu trabalho para estar aqui. - Ele é um i****a escroto mesmo. – Finalmente ela pareceu estar mais transtornada com ele do que comigo. Elas me ofereceram bebida e algumas outras coisas, mas eu não aceitei nada. Não nasci ontem e não vou me arriscar. Depois de algumas horas que pareciam uma eternidade ali, a reunião finalmente acabou e o Alemão veio me chamar, nos fomos pro carro em silencio e ele colocou no GPS a localização de um motel de luxo que eu já tinha ouvido falar, mas nunca tinha ido. Só os caras da elite freqüentam aquele lugar, desde empresários bem sucedidos até mafiosos. Afrodite: Não sabia que você é casado. – Quebrei o silencio entre nos. Alemão: A Suellen já foi encher a sua cabeça né? Ela é linguaruda mesmo, não estamos em uma fase boa então eu resolvi experimentar coisas novas. Isso é um problema pra você? – Me encarou e eu neguei. Ai de mim se fosse recusar cada cara casado que me contrata. Afrodite: Você tem filhos? Alemão: Graças a Deus não, e com um corpo tão lindo como esse tenho certeza de que você também não tem nenhum. Afrodite: Eu poderia facilmente ser mãe e ainda sim ter um corpo bonito, uma coisa não tem nada haver com a outra. – Ele riu sem graça e a voz do GPS avisou que nos tínhamos chegado. Ele guardou o carro e me guiou até um dos melhores quartos do motel, com hidromassagem e mais tudo de mais caro que eu pudesse imaginar. Me pediu para que ficássemos na hidro e assim eu fiz, não demorou muito pra eu sentir ele sentando atrás de mim com seu m****o ainda mole encostando nas minhas costas. Alemão: Quero que a gente se divirta como se nos conhecêssemos a anos. – Deu um beijo no meu pescoço. – Gostei das suas tatuagens. – Falou enquanto passava a mão pelo meu corpo. Ele foi fazendo carinho na minha cintura e subindo até chegar no meu peito, beijou meu pescoço fazendo eu me virar de frente pra ele até me colocar no seu colo fazendo com que eu sentisse seu m****o ereto. Alemão: Você quer sair da banheira? – Falou em meio a suspiros. Afrodite: Tudo a seu critério. – Ele concordou e foi me agarrando até a cama. Senti a pressão do meu corpo batendo na cama e logo depois ele se jogou em cima de mim. Coloquei ele por baixo e paguei um b*****e no qual ele gozou na minha boca fazendo com que eu engolisse tudo. Alemão: Quero entrar em você. – Falou com a voz rouca me puxando para sentar em cima dele, coloquei a c*******a no seu m****o e fui sentando bem devagar até me acostumar com a dorzinha e aumentar o ritmo. ** Acordei exausta e suspirei vendo que eu ainda estava no motel com o Alemão que ainda dormia tranquilamente. Balancei ele tentando acorda-lo, mas as minhas tentativas estavam sendo falhas. Afrodite: Eu preciso ir embora, já deu a minha hora. – Bufei. Alemão: Fica mais um pouco, eu pago a mais. – Resmungou ainda sonolento. Afrodite: Não é assim que funciona, eu preciso ir embora. – Revirei os olhos e levantei da cama indo colocar as minhas roupas. Ele levantou com a pior cara do mundo e sem falar nada. m*l de bandido é achar que por que eles tem dinheiro podem comprar qualquer um. Esperei ele se vestir e logo nos entramos no carro e ele partiu em direção ao ponto de encontro, respondi umas mensagens do Lobão no meio do caminho e logo depois o meu celular desligou por conta da bateria. Chegando no lugar ele estacionou e me deu os 50% que faltavam, como sempre faziam. Eles pagavam 50% pro Lobão e 50% pra mim quando o programa acabava. Alemão: Espero te ver mais vezes, até a próxima. – Sorri sem graça como resposta. A minha v*****e era responder. “Espero não te ver nunca mais na minha vida”. Desci do carro e esperei ele tomar certa distancia pra poder subir em direção ao morro. Peguei um moto táxi assim que cheguei na barreira e fui direto pra minha casinha, eu estava doida pra tomar um banho e deitar na minha cama. Assim que cheguei fui pro meu quarto sem fazer barulho, tomei uma ducha de lavar a alma como eu costumava dizer e liguei o meu ar condicionado. Coloquei o meu celular no carregador e deitei na minha caminha apagando sem precisar de muito esforço. ** Quando foi por volta de 13:00h da tarde eu acordei sendo tirada do meu sono de beleza com o Matheus me chamando. Que inferno. Teteu: Que m***a Lua, você está ficando maluca? – Olhei pra ele sem entender nada. – Qual foi daquela mensagem ontem? Lua: p***a, achei que tinha apagado pra todos. – Liguei o meu celular vendo que eu realmente tinha apagado a mensagem só pra mim. Teteu: Eu não to brincando Lua, c*****o, você está saindo com Alemão? Está ficando maluca? – Suspirei vendo que não ia ter como fugir desse assunto tão fácil assim. Lua: Matheus eu te contei o bagulho por que confio em você, tudo que eu menos preciso é de você me julgando. – Falei no mesmo tom que ele. Teteu: Lua, ele é chefe da facção rival, você entende a situação que está se colocando? Você n******e fazer programa com ele. - Passou a mão no rosto. Lua: Eu não tenho escolha, estou com medo de morrer Matheus. Sabe que se o Falcão descobrir eu to morta, e se eu não for o Lobão me fode. Ele disse que se eu contasse pra alguém eu ia me arrepender, ele ameaça a minha irmã. Eu vou fazer o que ele mandar. Teteu: Eu preciso avisar o Falcão que tem alguém no morro envolvido com Alemão. Lua: EU NÃO ESTOU ENVOLVIDA COM ALEMÃO. – Praticamente gritei querendo acertar o meu celular no meio da cara dele. – Eu sou a mais fodida nessa historia, você ainda não conseguiu entender? Teteu: Eu estou falando do Lobão sua maluca, o Falcão é fechadão com ele e ele fazendo essa m***a com o cara, ta pensando que vai ficar assim. Lua: Ele vai me m***r quando souber que eu estou envolvida nisso Matheus, os dois vão me m***r. Não dá pra ficar mais ferrada, você e essa sua boca grande. Teteu: Não sei como te ajudar Lua, se eu não contar pra ele quem vai estar se aliando com alemão sou eu. – Falou andando de um lado pro outro dentro do quarto. De um jeito ou de outro alguém ia sair fodido nessa historia e a probabilidade de ser o Lobão era mínima. Lua: Conta pro Falcão. – Suspirei. – Mas você precisa dizer que eu não tenho nada haver com isso, eu fui a******a pra poder estar lá. Fala só pra ele ir estreitando o Lobão e pegar ele no pulo, vai ver que eu não estou mentindo. Teteu: Jae **. – Se jogou do meu lado da cama. Lua: Não fica chateado comigo, eu não sei mais o que fazer Teus. – Fiz biquinho pra ele que me abraçou logo em seguida. Teteu: Bora uma rapidinha. Eu e você, você e eu. – Veio de saliência pro meu lado. Conheço bem o papinho mole dele. Lua: Você namora, nojento. – Imitei barulho de vomito e nos rimos. Teteu: Bandido não namora, ela é só meu pente fixo. Você se apega demais nesses detalhes. Lua: Obrigada por me lembrar de nunca nessa vida confiar em homens. – Brinquei, ou não. Teteu: De nada, sempre que precisar estou a sua disposição. – Joguei um travesseiro nele e nos ficamos ali brincando por alguns minutos. Eu amava os momentos com ele que fazia eu me sentir uma mulher normal, sem “p**a, p*****a ou v*******a”, só eu e o meu irmão. De alma. Lua: Fez almoço pra mim? – Fiz biquinho, eu estava morrendo de fome. Teteu: Minha cara de quem vai ficar fazendo comida pra você, levanta esse cu dai e vamos lá na pensão almoçar baranga. Lua: O seu amor por mim é lindo, chega me comove. – Levantei e arrumei a cama. Ele ficou deitado lá e eu fui trocar de roupa já que já tinha tomado banho quando eu cheguei. Peguei um conjuntinho simples e troquei de roupa ali na frente dele mesmo. Teteu: Você vai ficar de s*******m comigo mesmo? Se eu ficar de p*u duro a culpa é sua. – Eu ri e ele colocou a almofada na cara na tentativa de parar de olhar pra mim. Me amarro nesse filho da p**a. Terminei de me trocar e nos descemos, não vi nem sinal de Laura pela casa e logo me preocupei, mas não adiantava muita coisa. Ela quase nunca se preocupa em me avisar alguma coisa. Peço pra Deus tomar conta dela pelos caminhos que ela anda tomando. Lua: Você viu a Laura por ai? Teteu: Vi na hora que ela estava saindo da escola, depois não vi mais. – Concordei e não falei mais nada. Fechei a casa e subi na moto do Teteu, nos partimos em direção a pensão. Valorizo pra c*****o esses momentos que a gente tem juntos, não me arrependo nunca de dizer que ele é o meu melhor amigo. A melhor coisa que já aconteceu comigo no meio desse caos todo. Ele me salva diariamente do meu inferno particular. Pedimos o de sempre pra comer, ele pegou uma cerveja e eu pedi um refrigerando mesmo. Teteu: Voce vai no pagode que vai ter mais tarde? - Perguntou enquanto esperavamos a nossa comida. Lua: Não sei Teus, to cansada pra c*****o, duvido muito que o Lobão vá me liberar hoje. Sem mim na casa aquele traste não faz dinheiro. - Falei a verdade, eu estava super exausta, não só fisicamente como emocionalmente também. Teteu: Bem que a minha mãe dizia que as mulheres tinham um tesouro no meio das pernas. - Brincou e eu dei um t**a no pé do ouvido dele pra aprender a parar de falar besteira. No final das contas eu sabia que ele ia me convenscer a ir nesse pagode, então nem discuti.
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