— O que está fazendo?! — perguntou Anna afastando-se de Karl.
— Desculpe-me, eu não consegui... eu... Já vou indo — respondeu Karl, retirando-se da praça.
Assim que Anna chegou em casa, a mesma entrou e caminhou até a sala aborrecida, querendo saber o que havia acontecido com o feitiço.
— O que houve? Por que Karl não morreu?!
— Por favor, Anna, sem se alterar! Já temos problemas demais — respondeu Noam, com o seu copo de Whisky na mão.
— A magia não funcionou, pois, a pedra que a Kate nos deu, era uma cópia, a verdadeira ainda está com ela — disse Liam, sentado no sofá.
— E agora? — indagou Anna.
— Temos que tentar pegar dela — respondeu Noam, agora em frente a lareira.
— Bom, vão vocês, pois eu não irei aproximar-se dela!
— Deixa de ser medrosa, Anna! — Noam falou. — Nós já enfrentamos coisas piores e você está com medo de uma mulher que se transforma em um "capiroto"? Ou sei lá o que.
— Eu espero que ela apareça para você à noite, e que você tenha a mesma experiência que a minha!
— Não seja patética! Eu não choraria como você.
Anna revirou os olhos irritada e em seguida subiu para o seu quarto.
— Não deveria ser tão arrogante com as pessoas Noam! Uma hora você vai se dar m*l — disse Liam.
— Como sempre o "irmãozinho bom". Pare de defende-la Liam! Ela tem que começar a deixar os medos dela de lado.
— Fácil dizer. Por que você não para de apontar os traumas dos outros e comece a deixar os seus de lado?!
— Você é ridículo!
Liam acordou com batidas na porta, o mesmo levantou-se e desceu as escadas, aproximando-se da porta.
— Katherine? — perguntou ele intrigado.
— Oi Liam — cumprimentou ela entrando na casa.
— O que está fazendo aqui?
— Eu criei um plano para podermos pegar a pedra da Kate.
— Então conte-me.
— Poderia chamar os seus irmãos? Quero contar com eles aqui também.
— Tudo bem.
Assim que Anna e Noam desceram para a sala, Katherine começou a explicar o seu plano.
— Nós temos as Ninfas, elas podem controlar as emoções da Kate.
— Mas ela só controla as emoções humanas, não é? — perguntou Anna.
— Conheço uma que não.
— E depois?
— Depois, nós a amarramos e a prendemos em um local e pegamos a pedra.
— E sabe onde está a pedra dela? — indagou Noam.
— Não, mas ela vai ter que contar se não quiser ser torturada, ou morta.
— E se depois de toda a tortura ela ainda não nos contar?
— Boa pergunta. Nós vasculhamos a casa dela e pegamos informações.
— Tô achando que isso não vai dar certo — disse Noam.
— Deixe de ser negativo, Noam! — afirmou Liam.
— Não é ser negativo, é ser realista!
— Temos que tentar, do mesmo jeito — respondeu Katherine.
— Então tudo bem. Katherine, depois você nos conte o que a Ninfa decidiu — falou Liam.
— Tudo bem. Então até mais — Katherine despediu-se.
— Até — respondeu Anna.
P.O.V. Irmãos Hoffmann.
— Temos que ter alguma ideia de onde Karl escondeu os nossos pais — disse Elliot sentado na poltrona.
— Talvez eu tenha uma ideia sobre um lugar.
— Qual é?
— Tem uma caverna onde o Karl sempre ía, e ele sempre dizia que colocaria a nossa família lá, para ficarmos reunidos.
— E sabe onde fica?
— Claro.
Assim que os Hoffmann saíram do apartamento, os mesmos entraram no carro e seguiram para a caverna. Ao chegarem no local, ambos desceram do carro e seguiram em direção a entrada da grande caverna.
— Quantas escritas nas paredes — disse Elliot.
— Essa caverna é onde a nossa família também vinha. Talvez tenha sido um deles que tenha escrito algumas dessas coisas, ou até mesmo o Karl.
— Ele pode ter deixado algo aqui, assim podemos ter informações.
— Sim.
Elliot e Louise estavam andando pela caverna, fazendo alguns caminhos que haviam por lá e, de repente, ambos encontraram um local com velas ao seu redor e quatro caixões dentro delas.
— O que é isso? — indagou Louise.
— Há quatro caixões alí, talvez seja dos nossos pais e dos pais dos Green — respondeu Elliot.
— Karl os deixou aqui? Que estranho.
Assim que Elliot e Louise aproximaram-se e tentaram ultrapassar o círculo de velas, os mesmos não haviam conseguido.
— Mas o que é isso?
— É o Karl, ele colocou a magia da barragem, nenhum vampiro ou criatura pode ultrapassar o local, apenas ele — respondeu Elliot.
— Maldito Karl! — disse Louise frustrada. — E agora?
— Sabemos que há uma bruxa trabalhando com ele. Agora precisamos pensar em como retirar essa magia.
— Podemos pedir para a Katherine.
— Não sei se ela vai conseguir, mas vamos tentar.
P.O.V. Irmãos Green.
Algum tempo depois, os Green ouviram a sua campainha tocar. Anna levantou-se e abriu a porta.
— Precisamos conversar — disse Elliot ansioso.
— Claro, entrem — disse Anna dando passagem para que ambos os irmãos entrassem.
— O que houve? — perguntou Liam.
— Sabemos onde os seus e os nossos pais estão — respondeu Louise.
— E onde estão? — indagou Noam.
— Estão em uma caverna — respondeu Louise. — Karl os colocou lá, há quatro caixões no local, mas há um circulo de velas e o nosso ''querido'' irmão, jogou uma magia, para que nenhuma criatura ultrapasse o local, somente ele.
— Que d***a! — falou Noam alterado.
— Pensamos em pedir para Katherine retirar a magia, mas não sabemos se ela conseguirá, ou se as bruxas irão permitir.
— Vamos pedir para ela pelo menos tentar, se não der certo, vamos pensar em alguma outra coisa.
— Tudo bem, voltaremos para casa e pensaremos em um plano B, caso dê errado o primeiro.
Assim que os Hoffmann retiraram-se do local, Liam pegou seu celular e ligou para Katherine, pedindo para que a mesma fizesse o feitiço e explicando toda a situação.
P.O.V. Anna.
Eu havia saído de casa, caminhando na praça e respirando um pouco de ar puro, pois estava nervosa com a situação de Karl e da minha família.
Estava intrigada também, sobre Karl ter me beijado e sobre ele se sentir atraído por mim. O que faz um vampiro de mais mil anos, um original querer relacionar-se com alguém? Principalmente comigo? Nós nos vimos apenas duas vezes. Talvez Karl havia-me visto mais.
Assim que saí da praça e entrei em uma rua sem movimento, comecei a ouvir alguns passos ao meu redor. Virei-me para poder ver se havia alguém atrás de mim, mas não avistei ninguém. Assim que voltei a andar, uma pessoa rapidamente pegou em minha cabeça e a girou, fazendo com que o meu pescoço quebrasse e com o que eu desmaiasse.