Capítulo 21 - Proteja-se se poder.

957 Words
P.O.V. Anna Green. Estava na sala, lendo uma revista. Meus irmãos estavam sentados no sofá ao lado e minha mãe na poltrona. — Então, vocês estão com alguns cristais, né? — perguntei, tentando tirar alguma informação com eles. — Você sabe, nós estamos com três deles — respondeu Liam. — Ah, sim! Eu não tinha certeza. E onde vocês os guardaram? — Em um lugar bem seguro, não se preocupe não — disse Noam. — Eu deveria saber onde os colocaram, se vocês precisassem que eu os levasse até vocês, eu não saberia ondes eles estariam. — Por que está perguntando tanto sobre os cristais? — indagou Noam. — Por nada, é que eu estou curiosa e deveria saber! — Anna tem razão, ela deveria saber! Eles estão dentro do cofre, no escritório dos nossos pais — respondeu Liam. — Obrigado Liam! Pelo menos você tem um bom senso. — Não seja ridícula! — disse Noam. Revirei os olhos e coloquei a revista na pequena mesa que estava ao lado. Levantei-me do sofá e subi as escadas, caminhando até o escritório dos meus pais. Ao chegar no mesmo, entrei e direcionei-me até o cofre, tentando abri-lo. Não estava conseguindo me recordar da senha, pois já fazia muito tempo que ninguém mexia alí. Tentei colocar algumas senhas, como a data de aniversário de cada um de nós, mas não obtive respostas. Logo depois, coloquei a data de casamento dos meus pais e finalmente o cofre se abriu. Peguei as pedras vagarosamente, sem que as mesmas fizessem barulhos e em seguida retirei-me de casa, seguindo para casa de Karl. — Conseguiu? — perguntou Karl. — Aqui está. Agora falta os outros que estão com o seus irmãos. — Tudo bem, nós conseguiremos pegar, só precisamos de um plano. Karl havia mandado uma mensagem para Elliot e Louise, para que ambos o encontrasse no bar. Assim que os irmãos de Karl chegaram no bar, o mesmo me mandou uma mensagem pedindo para que eu fosse até a casa de Elliot pegar os cristais, enquanto ele os distraiam. Ao chegar no condomínio de Elliot, entrei e subi até seu apartamento. Destranquei a porta com um clips e entrei, começando a vasculhar cada cômoda do lugar. Ao vasculhar um pouco mais, havia conseguido encontrar os cristais, que os mesmos estavam guardados em um fundo de seu guarda-roupa. Os peguei e saí rapidamente do lugar. No caminho até a casa de Lydia, havia mandado uma mensagem para Karl, para que o mesmo saísse do bar e nos encontrasse na casa de Lydia. Ao chegar na mesma, desci do carro e caminhei até a porta da casa. — Estão todos com você? — perguntou Lydia ao abrir a porta. — Sim, estão aqui. — Tudo bem, entre! Assim que entramos, caminhamos até a sala, onde Lydia já havia preparado tudo para começar o feitiço. — Pronto, já estou aqui — disse Karl entrando na casa. — Ótimo! Podemos começar. Lydia sentou no chão, dentro do círculo de velas, colocou as pedras em forma de uma estrela e começou o feitiço. Assim que Lydia pingou o sangue de Karl em cima da pedra preta, que a mesma estava no meio da estrela formada pelos cristais e começou a citar as frases, Karl começou a sentir uma dor em seu peito. — O que está acontecendo? — perguntei, aproximando-me de Karl. — Eu não sei, estou sentindo uma dor muito forte em meu corpo. — Lydia, o que está acontecendo? — perguntei preocupada. Lydia ignorou a minha pergunta e continuou a cochichar as palavras, mas quanto mais Lydia dizia as frases, mais Karl sentia dor. — Estou fazendo o que precisa ser feito Anna! — disse Lydia, com os seus olhos ainda fechados. — Você! — respondeu Karl, caído no chão, com uma de suas mãos em seu peito. — Você me enganou, me manipulou! Me fez achar que estava do meu lado. — O que está acontecendo? — exclamei. — Ela está me matando — respondeu Karl quase sem fôlego. — Faz alguma coisa Anna. Olhei ao redor sem reação, não sabia o que fazer. Olhei um pouco mais o local e vi uma lança na sala, ao lado de uma cômoda. Rapidamente a peguei e a enfiei no coração de Lydia, fazendo com que a mesma parasse o feitiço e caísse no chão já morta. Karl voltou a respirar, suspirando profundamente, tentando voltar ao normal. Em seguida, corri até ele, ajoelhando-me ao seu lado. — Você está bem? — perguntei. — Eu estou — respondeu ainda com dificuldade. — Obrigada — agradeceu levantando-se. — Ela me traiu! Ela me enganou. — Agora ela já se foi — falei. — É melhor voltar para casa Anna, antes que os seus irmãos percebam. — Você vai ficar bem? — perguntei. — Eu vou. Agora eu vou limpar tudo aqui e depois te aviso. — Tudo bem. Assim que estava prestes a retirar-me da casa, Karl novamente me chamou. — Anna, espera — exclamou Karl correndo até mim. Assim que virei-me para olhá-lo, Karl me beijou. — Obrigada por ajudar-me hoje — agradeceu com um leve sorriso. — Eu te ajudaria quantas vezes precisar. P.O.V. Irmãos Green. — Então, o que querem? — perguntou Elliot sentado em uma mesa do bar. — Queremos falar sobre a nossa irmã — respondeu Noam, sentando de frente para os Hoffmann. — Sobre? — perguntou Louise. — Ela estava estranha, estava perguntando sobre os cristais e sobre a morte de Karl — respondeu Liam. — Acha que ela possa estar de complô com o Karl? — indagou Louise. — Não sei — disse Liam. — Então, o que faremos? — perguntou Elliot. — Vamos ficar de olho nela — respondeu Noam.
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