Thalia Rizzo
_ V-VOCÊ NÃO PODE ME CASAR COM AQUELE HOMEM, PAPAI! _ Gritei, a garganta queimando, a voz quase falhando. _
ELE NEM É UM HOMEM COMPLETO!
Meu pai continuava andando de um lado para o outro, com punhos cerrados, os olhos ardendo de raiva, rosnando palavras que m*l consegui decifrar. No chão, o garoto permanecia desmaiado, resultado do soco que meu pai desferiu sem piedade alguma em seu rosto.
Eu estava de pé, tremendo, com minhas roupas impecáveis no corpo, mas incapaz de me manter firme no lugar. Observava cada passo dele, cada gesto cheio de fúria. As narinas do senhor Matteo Rizzo estavam dilatadas, e se fosse possível, a essa hora estaria soltando fogo como um dragão.
_ Você vai, Thalia! Você desonrou nossa família! Agora, você vai casar… e vai ser com a pessoa que mais abomina!_ Seu tom saiu c***l, sem nenhum sentimento, e por mais que seus olhos demonstrassem todas as emoções conflituosa que seu coração estava sentindo, nenhuma outra palavra saiu de sua boca para amenizar a situação.
Tudo ao meu redor mergulhou em silêncio. E quando ele saiu do quarto, deixando a porta bater com força, senti o mundo desmoronar aos meus pés. Agora sim, oficialmente, seria o meu fim!
Uma semana antes
Observei meu reflexo no espelho. O cabelo que herdei da minha mãe, misturado ao do meu pai, já não me agrada mais. Os cachos de Luna Rizzo poderiam arrancar suspiros de inveja de várias mulheres da máfia e ao nosso redor, mas nada relacionado à nossa família me deixava satisfeita. Então, tive a brilhante ideia de mudar.
Vesti algo confortável, uma pulseira de ouro chamativa e um relógio cravejado de diamantes. Minha roupa parece simples… mas custou uma fortuna. Nos pés, coloquei um dos vários tênis de grife que tenho em meu closet. O luxo não era apenas prazer, era meu estilo de vida, minha marca registrada, e eu amo tudo isso!
Nunca precisei lavar uma louça, nem dobrar minhas roupas. Essa pose de humildade prefiro deixar para minha mãe. Por fora, posso parecer calada, mas por dentro sou manipuladora e inteligente, capaz de conseguir exatamente o que quero.
Tenho vinte e sete anos e sigo solteira. Nenhum homem pode me satisfazer… nenhum homem pode me oferecer um décimo do que minha família proporciona. Mas infelizmente cometi um pequeno deslize anos atrás: perdi a virgindade com um soldado do meu pai, um zé ninguém, pobre pra c*****o. Porém, em minha defesa, ele era novo, forte, irresistível. Tivemos uma noite maravilhosa quando meus pais foram viajar e fiquei sozinha na mansão,porém no dia seguinte senti um arrependimento intenso, porque a regra é bem clara: mulheres da família devem permanecer puras até o casamento.
Minha tia Olivia chama essa regra de machista e i****a, e eu concordo plenamente. Mas meu pai insiste… e eu me recuso a aceitá-la.
Nossa família domina o ranking das máfias, apenas atrás da Rússia, Colômbia e Japão. E um dia, com toda certeza, serei a líder da máfia Italiana, e a colocarei no primeiro lugar do ranking. Por sorte, sou filha única, e a coroa será minha. Até lá, manterei minha boca fechada, apenas observando a todos, e no momento certo, vou comandar tudo isso daqui. Sei que meu pai e muito menos minha mãe sabem desse desejo insano que sinto por poder, mas a necessidade de mais e mais sempre me alcança quando levanto da cama, e a ansiedade de ter também.
Entrei no meu carro blindado, ordenando ao motorista que me levasse ao shopping. Sempre fui arrogante com quem me serve, amizade entre patrão e empregado pra mim não dá, é uma abominação.
Por isso prefiro distância da família, pois todas as mulheres são fofas, queridas e se deixar, colocam os empregados para dormirem em suas camas. Por isso prefiro observar, planejar, mandar. E um dia, o império da máfia italiana será meu. E com ele, poder total: comandar, escolher, t*****r, desdenhar de regras babacas feitas por homens machistas.
O sonho esta ao meu alcance. E eu estou pronta para conquistá-lo.