Obsessive • jikook

P

— Precisamos de um lugar mais reservado, senhor Jeon — Jimin disse, olhando ao redor com um pouco dos lábios entre os dentes, fazendo com que o mais novo ali se hipnotizasse por aquela ação. Ele era tão absurdamente sexy fazendo poucas coisas. — Me segue?

Jungkook acordou de seus demônios e tomou o último gole de licor, concordando.

Os dois caminharam para uma parte mais adentro da área VIP, onde não haviam muitas pessoas — melhor dizendo, ninguém.

Eram assentos acolchoados em formato de C que rodeavam uma mesa no centro, onde a iluminação era ainda mais precária, e o que iluminava era a placa em neon com um desenho de cereja preso na parede.

Sentaram-se um ao lado do outro e Jungkook nem poderia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Respirar o mesmo oxigênio de Park Jimin, e respirar também seu perfume adocicado caro, que poderia sentir até o seu último suspiro.

Park estava virado para si, com as pernas bonitas e torneadas cruzadas, uma por cima da outra, e Jungkook tentou não manter sua atenção ali, para não ser impetuoso e indelicado, por mais que quisesse jogá-lo contra a mesa e rasgar todas as peças de roupa até que não houvesse mais nada cobrindo-o.

Um garçom veio até os dois e trouxe dois coquetéis coloridos com frutas dentro. Ambos agradeceram.

— Posso lhe perguntar uma coisa? — Jimin pergunta, e pega o morango em seu copo, levando aos lábios, e mordendo de maneira provocativa, olhando com seus olhos bonitos nos do outro, que fez Jungkook se contorcer um pouco e desviar o olhar.

Não fique duro, Jungkook. Sussurrava a si mesmo.

— Já está fazendo — sorriu de lado, tomando seu drink pelo canudo entre os pedaços de fruta e gelo.

— Se você não é um modelo famoso... como conseguiu ingressos VIPs, senhor Jeon? — Indagou com curiosidade, semicerrando os olhos.

Quase engoliu a seco.

Tudo bem, Jimin era inteligente.

— Eu tenho os meus contatos, Park — piscou para ele, com um meio sorriso.

— Hmmm — murmurou, nem um pouco convencido — E por que veio, se não pretende ser contratado? Até recusou um convite para a Gucci. Alguns achariam que você é louco — soltou um risinho.

Óbvio que ele só estava ali porque seu único objetivo era encontrá-lo e conquistá-lo — um plano que estava indo bem até demais —, mas não podia dizer nada sobre.

Então Jungkook fechou os olhos brevemente, suspirando e deu um sorriso malicioso, encarando o menor. Umedeceu os lábios, e disse:

— Se você continuar a me perguntar essas coisas, eu vou precisar calar você, Park...

Os olhos de Jimin brilharam, e analisaram Jungkook, que quase se sentiu nu com o olhar intenso do outro.

— E como você pretende me calar, senhor Jeon? — Perguntou lento, olhando para os lábios de Jungkook, também sorrindo.

— Eu acho que você sabe como — respondeu, levando o seu copo à boca, bebendo um gole longo, para umedecer sua boca, que ficara seca com aquela conversa, e aproximação do outro.

Jimin apenas sorriu satisfeito, e pôs os cabelos para trás. Sabia que já tinha uma transa prometida.

— Por que tenho a impressão de que você é mais novo? — Continuou a comer o morango, encostando-se no couro do assento.

Todo mundo parecia estar interessado em sua idade naquele dia.

— Bem, eu tenho vinte e um. — Admitiu.

— Mesmo? — Encarou-o, com certa surpresa, mas em seguida sorrindo genuíno. — Você daria um ótimo babyboy, Jeon.

— Hm? — Jungkook pendeu sua cabeça para o lado, em confusão. — O que disse?

— Nada — Jimin riu, e era visível perceber que ele estava ficando alterado. Uma consequência do copo de licor no bar, e agora, pelo coquetel exótico servido a eles. A mão pequena e curiosa repousou sobre o joelho de Jungkook, que sentiu o corpo inteiro vibrar, e o olhou nos olhos: — Por que não se junta à Gucci, hm? Você se daria muito bem lá.

Insistente, pensou.

— Isso não vai rolar, Park — disse sorrindo, tentando não soar rude. — Por que a insistência, hm? Pensei que quanto menos concorrência, melhor.

O mais velho sorriu, e aproximou-se do maknae, aniquilando os centímetros que os separavam, perigosamente perto demais, e o corpo inteiro de de Jungkook esquentara, como se estivesse pegando fogo. Apertou com certa pressão os dedos sobre a coxa malhada do maior, e sussurrou, perto de seu ouvido:

— É que eu preciso muito te ver de novo, e eu não sei como.

Jungkook precisou cerrar os olhos, concentrando-se naquela voz, dizendo aquilo num tom tão sujo, e tudo parecia um sonho, dos mais insanos.

Nunca pensaria que estaria em algum momento da sua vida num momento tão íntimo com Park Jimin, um modelo mundialmente conhecido, de beleza sublime, em suas mãos, necessitado e quase-bêbado, querendo vê-lo de novo.

Jeon repousou a mão sobre a de Jimin e a pegou, delicadamente, levando a mesma aos lábios, e enquanto olhava o mais velho, deixou um selar que durou alguns segundos amais do que esperava, e Park ficou fascinado pelo gesto.

— Você irá me ver de novo — disse, sorrindo misterioso em seguida, um sorriso que intrigou Jimin internamente. Largou a mão do menino e levou a própria até o rosto milimetricamente perfeito do outro, segurando-o, perto demais do seu, com a respiração presa e sentindo a suave de Jimin, contra seu queixo, analisou bem de perto o tecido que parecia tão macio dos lábios, e roçou seu nariz ao dele, levemente, quase roçando também os lábios, e continuou: — Pode ter certeza disso.

E quando estava prestes a beijá-lo, com o coração a mil, o garçom apareceu.

— A conta, senhores.

Se separaram abruptamente, e Jimin estava levemente corado, enquanto Jungkook encarava o homem vestido de branco e gravata borboleta, com sua mandíbula travada e os olhos ameaçadores cravados nele, como se fosse puxar uma faca, e matá-lo, ali e agora. Quando o garçom viu o olhar de Jungkook sobre si, estremeceu e se encolheu, engolindo a seco.

Jimin estava prestes a pagar, mas Jungkook fez questão de fazer isso.

— Eu pago. — Lhe deu uma piscadela e Jimin sorriu com a cortesia. Deu algumas notas para o homem e viu em seu bolso uma caneta. — A caneta. Me dê.

O homem franziu o cenho, mas não questionou, apenas lhe entregou o objeto sem questionar. Aliás, não queria morrer.

Jungkook pegou um guardanapo por com da mesa e começou a escrever no mesmo com a caneta, rapidamente, enquanto Jimin o olhava com curiosidade.

Terminou e devolveu a caneta para o garçom, que sem demora, sumiu de sua vista.

Jungkook se aproximou do menino e beijou-lhe o canto dos lábios, demorando ali, fazendo Jimin estremecer-se e querer por mais.

— Para quando tiver tempo, e precisar de mim... — sussurrou na sua voz mais sexy, e arrastou o papel até a mão de Jimin sobre a mesa.

"call me baby xxx-xxxx - 젱곡"