Capítulo 3 - A Viagem e o Reencontro

1563 Words
Narrado por Lorena Silva Assim que o avião pousou em Belém ainda era início da tarde. O calor da cidade logo invadiu meu rosto assim que eu deixei o saguão do aeroporto, estava meio perdida, eu não era muito de viajar nem de carro, imagina de avião ? Mas eu levava muito a sério a frase "quem tem boca vai a Roma". Ainda sem acreditar naquilo tudo, peguei meu celular da bolsa e mandei mensagem pra ele. Lorena: Cheguei viu ? ✈️🌤️ A resposta dele não demorou pra chegar. Raví Rocha: Show mocinha! Que bom. Mas só vou poder te ver mais tarde no camarim. Tu já sabe... Não posso ser visto por aí com outra se não dá r**m pra mim né? 😉 Me senti uma put* me submetendo a aquela situação. Eu sabia que seria assim, desde o começo estava ciente onde eu tava me metendo, eu sabia que ele já tinha uma namorada, a qual ele exibia em todos os lugares e que eu era apenas... Aquilo, um casinho. Um segredo, um capricho a ser escondido. Lorena: Eu entendo, sem problemas. Raví Rocha: Tu vai ficar na área VIP hoje à noite. Vai ser tranquilo, viu ? Pode aproveitar o show, pedir o que quiser no hotel também. Já tá tudo pago, não precisa se preocupar com nada. Lorena: Obrigada, de verdade mesmo. Eu me sinto até estranha, me sinto uma interesseira, por estar aceitando você pagar tudo. Não era mentira, realmente me sentia estranha. Não tinha dinheiro para ajudar em nada, estava me sentindo uma inútil, mas ainda sim eu vim. Meu coração, meu corpo por inteiro, queria estar aqui. Raví Rocha: Deixe de besteira mulher. Eu convidei, eu pago. Só quero que tu curta muito e fique bem. O resto pode deixar comigo. O jeito dele mexia comigo, sempre tão leve, envolvente. Chamei um Uber e segui para o hotel. O hotel era ainda mais bonito pessoalmente do que na foto que eu havia visto na internet, ele era enorme, cheio de vidro, com o chão de mármore, lustres grandes e recepcionistas com roupas impecáveis. Me sentia uma peixinha fora d'água, eu não pertencia a aquele lugar. Fiz meu check in com o nome que Ravi havia indicado e fui conduzida por um funcionário até o quarto que ficava no décimo andar. A suíte era grande, com cama king size, cortinas expressas, ar condicionado, um pequeno frigobar e uma varanda com vista para o centro da cidade, mas o que chamou a minha atenção estava em cima da cama. Um buquê imenso de rosas vermelhas, com um cartão preso entre as flores. Escrito a mão, num papel dobrado. " Cuidado com o que deseja, viu ? Às vezes eu realizo. - R.Rocha " Ri sozinha toda b***a apertando o cartão contra o meu peito. Aquilo me acendeu uma chama diferente, um misto de excitação e curiosidade. Passei o resto da tarde babando minhas flores que eu havia ganhado pela primeira vez na minha vida, mas meu pensamento estava sempre nele. Quando a noite chegou comecei a me arrumar, ia usar um conjunto de linho preto, saia curta e corselete junto com um salto dourado e um bracelete também dourado igual aos brincos. Tomei um banho bem tomado, passei bastante hidratante, fiz uma maquiagem leve e passei bastante perfume. Queria que ele sentisse meu cheiro. Já no local do show fiquei na área VIP assim como Raví havia prometido. O público gritava, cantava, vibrava e quando Raví entrou no palco a cidade quase veio abaixo. Ele tinha energia, domínio, carisma, ele realmente era o dono do palco. Em alguns momentos do show tive certeza que os olhos dele me encontraram ali na multidão e quando isso acontecia podia vê-lo sorrindo de lado, ele era discreto mas eu sempre notava. Depois de uma hora e meio mais ou menos de show, ele se despediu do público todo suado, cansado, mas mesmo assim muito feliz e com um sorriso envolvente que mostrava o quão grato ele estava de estar ali. Fiquei ali no cantinho sem saber o que fazer até que um segurança se aproximou de mim. --- Lorena não é? Raví pediu para eu te levar até ele. Vamo nessa. Eu apenas assenti e o segui, meu coração estava acelerado. Passamos por um corredor lateral onde as luzes do palco já não eram tão fortes, eu via alguns músicos que tocaram no show até que finalmente chegamos na porta do camarim. O segurança deu uma batida de leve e depois abriu, me deixando entrar sozinha e fechando a porta. Quando olhei para frente eu o vi, suado, ainda com a roupa do show. Uma camisa preta de botões onde os três botões de cima estavam abertos, uma calça marrom que estava levemente amarrotada pela correria do show e uma bota preta no pé. Ele estava com uma toalha branca no pescoço que denunciava o cansaço recente, mas o olhar... O olhar dele me analisava por inteira fazendo minha pele queimar. --- Até que enfim, mocinha... --- ele disse, com aquele sotaque arrastando a última sílaba como quem tentava me seduzir. Mal consegui sorrir. Meu coração batia acelerado. Sem mais nenhuma palavra, Raví veio até mim e me puxou pela cintura com firmeza. A mão dele era quente, sua pegada era forte, ele me segurava pelas costas sem pedir licença. Perdi meu equilíbrio por um instante e ele me beijou. Não foi um beijo calmo. Foi um beijo de quem segura a fome por muito tempo. Sua boca encontrou a minha com uma sede bruta, desesperada e envolvente. Nosso lábios se encaixavam com força, ele me prensou contra o próprio peito como se o mundo todo se resumisse àquela sensação. Soltei um gemido baixo, quase que involuntário sentindo o calor, a excitação subir pelas minhas pernas. Minhas mãos agarraram a camisa dele o apertando mais para mim. Nossos corpos colados, o calor compartilhado e a língua dele explorava a minha num ritmo lento que logo depois foi ficando rápido. Raví apertou ainda mais a minha cintura e logo sua mão foi de encontro a minha b***a onde ele deu uma leve apertada e eu gemi contra seus lábios, ele murmurou algo contra a minha boca mas eu não entendi, foi algo abafado e rouco. Sua mão subiu pelas minhas costas, passando pela minha nuca e enfiando seus dedos entre os meus fios soltos de cabelo. Ele deu uma puxada leve forçando meu rosto mais para cima e aprofundando ainda mais o nosso beijo, arfei. E quando ele mordeu meu lábio inferior devagar, saboreando meus lábios, senti minhas pernas cederem. Ele me segurou com um sorriso safado. --- Eita mocinha... Tu tem o gosto que eu imaginei e mais um pouco. --- sussurrou com a voz rouca, senti seu hálito quente com um cheiro de álcool contra a minha boca. --- Tô doido por ti faz dias, sabia ? Quando ele falou aquilo eu só consegui respirar fundo tentando retomar meu fôlego e o meu juízo. --- Eu tô com medo. --- Ele sorriu de lado ainda com uma mão na minha cintura e a outra no meu cabelo. Seu polegar deslizou agora pelo meu maxilar como se ele quisesse decorar cada traço. --- Medo de mim ? --- Neguei com a cabeça. --- Medo de gostar demais e depois cair sozinha. --- sabia que eu era só um caso mas mesmo assim tinha medo pois sabia que era errado. --- Gostar demais é um perigo bom viu ? --- Seu rosto tinha um sorriso sacana enquanto ele encostava sua testa na minha. --- Mas se tu cair eu caio junto, pode acreditar. Se entrega mocinha, só sente, o resto você deixa comigo. Mordi meus lábios, meu juízo estava entre a coragem e a insegurança. --- Raví... --- --- Shhh --- Ele sussurrou e depois me calou com outro beijo, mas dessa vez era quente, úmido e lento. Suas mãos desceram pelo meu corpo e chegaram a minha cintura onde ele apertou com mais intensidade. Me perdi na sensação gostosa. A língua de Raví acariciava a minha em momentos ondulados, parecia uma música nova, um verso criado por ele só para nós dois. Ele me puxou para mais perto colando nossos quadris. --- Sente isso mocinha. --- sussurrou com malícia alternando entre roçar os seus lábios no meu pescoço e dar leves lambidas me deixando molhada. --- Isso aqui é tudo seu, quando você quiser. --- senti seu m****o duro e minha excitação só aumentou, sentia minha calcinha cada vez mais molhada. Engoli em seco tentando manter algum autocontrole. Minha vontade era de abrir as pernas ali mesmo e deixar ele me comer, meu corpo, a minha mente já estavam rendidos por ele. Minha boca estava entreaberta querendo mais, soltei um gemido involuntário. --- Tu sabe o que tá fazendo comigo Raví? --- Ele riu baixinho e deu um beijo na lateral do meu pescoço. --- Sei sim mas tu sabe o que tá fazendo comigo ? Eu cantei para uma multidão lá fora, mas o meu olhar procurava só por uma, tu. --- --- Eu devia ir embora, isso não deveria tá acontecendo. --- Ele se afastou do meu pescoço e me olhou, seu olhar era fundo e provocante. --- Não devia acontecer... Mas vai. E ele estava certo, não deveria acontecer mas ia, ele queria e eu mais ainda.
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