O sábado amanheceu com o céu limpo, mas a cabeça de Hariel parecia um território em guerra. Ele acordou cedo, como vinha fazendo nos últimos dias, forçando a mente a se ocupar com qualquer coisa que não fosse ela. Desde a última conversa com a mãe, os alertas sobre o passado do pai e as novas responsabilidades pairavam sobre ele feito uma nuvem de ameaça. A faculdade estava sendo o único refúgio. Levantou, tomou um banho rápido e passou o restante da manhã mergulhado nos livros e anotações de Comunicação Social. Análise de discurso, estratégias de mídia, semiótica... qualquer coisa que o mantivesse longe de pensamentos inúteis. Quando deu meio-dia, a notificação no celular piscou. Mensagem de Nina: "Ei, vamos fazer alguma coisa hoje? Tô precisando respirar um pouco. Topa um barzinho m

