Capítulo Cinco — Bônus Camila

1871 Words
A empresa que trabalho no Brasil está fazendo da minha vida um verdadeiro inferno, eles não conseguem entender que no momento estou impossibilitada de ir até o Brasil, acho que estão pensando errado sobre isso, deve imaginar que estou aqui por quero estar perto do Max, como escutei de uma colega de trabalho que me atendeu ao telefone de hoje cedo, imediatamente lhe expliquei que não posso ir pelo fato que estou no meio de uma investigação e que todos envolvidos de forma direta, ou seja, que estava presente no dia que ocorreu o crime não pode viajar para lugar nenhum. Vou até à cozinha buscar uma xícara de café, meu dia só começa após tomar um pouco deste líquido fumegante que aquece a alma. Estou instalada no quarto de hóspede, porém estou dormindo com o Max, ainda estou preocupada com a sua recuperação, mesmo a médica dizendo que ele deveria ter repouso absoluto, ele não obedece. Nunca vi um homem tão teimoso, porém minha amiga está certa a teimosia é de família. — Então você está escondida aqui. Tomo um susto ao escutar a voz do Max, estava distraída olhando pela janela enquanto terminada o meu café. — Me assustei, estava distraída enquanto terminava de tomar o meu café. Já sei o que o mesmo vai falar, que eu deveria descer para tomar um café da manhã completo, segundo ele eu não estou me alimentando direito, não sei como alguém que me conhece a tão pouco tempo, consegue prestar atenção até nos mínimos detalhes. — Você não desceu para tomar o café da manhã fiquei preocupado. Camila porque não desce comigo para tomar um café da manhã com tudo que tem direito, apenas a xícara de café não vai te manter forte. Não disse que ele iria tentar me alimentar, sei que estou sendo relapsa com minha saúde, porém as preocupações estão me deixando aflita, né preocupo principalmente com o rumo que este crime está tomando, acho que ela pode enfrentar sérios problemas pela frente, estou com medo, minha amiga ainda não falou comigo sobre este assunto, mais tenho quase certeza que ela está grávida, o Max nem o irmão não perceberam alguns sinais, acho que nem mesmo a Elizabeth está percebendo isso, eu sei que nos primeiros meses é de suma importância se manter tranquila. — Estou preocupada com algumas coisas, infelizmente acabo não me alimentando direito quando estou assim, porém prometo que daqui a pouco desço para comer uma fruta. Vejo sim, assim o convenço de não me arrastar para a mesa do café de amanhã, porém minha tentativa falhou com sucesso, pense num homem teimoso, bem que a minha amiga avisou que a teimosia fazia parte do bônus da beleza deles. — Nem pensar apenas uma fruta? Isso não irá lhe manter de pé até a hora do almoço, vamos descer, ah! Não aceito um não como resposta. Resolvi não discuti mais, afinal está luta já estava perdida antes mesmo de começar. — Desisto! Você ganhou, vamos descer logo, pois terei uma reunião daqui a pouco com meu antigo chefe do Brasil pelo Duo, o mesmo quer discutir alguns assuntos da minha rescisão pela chamada de vídeo, acho que o pessoal de lá está achando que não quero voltar por sua causa, pois a pessoa que me atendeu hoje pela manhã deixou escapar esse pequeno detalhe, eles acham mesmo que se este fosse o motivo eu já não teria ido resolver, pronto já estaria tudo certo por aqui, as pessoas gostam de jugar as outras sem nem ao menos procurar saber o que elas estão passando. O mesmo concorda, descemos os dois juntos para o café. Comprimento a minha amiga com um abraço, eu não sei explicar por que sinto uma ligação tão forte por ela, talvez seja o fato que sempre fomos uma pela outra. — Bom dia amiga, eu achei que você não ia descer para tomar café hoje, a empregada me disse que você tinha descido para buscar a sua xícara de café, até tentei avisar este teimoso, porém você deve saber que quando o Max cisma com alguma coisa só sossega quando consegue. Sorrio, pois, sei que ela está dizendo a verdade, estou com ele a poucos dias, porém sei muito bem que ele é assim. — Não se preocupe amiga, sei muito bem como este homem pode ser impossível quando ele quer. Esses irmãos Cavalcante só sossega quando atingem os seus objetivos. Admiro isso no Max, sempre determinado a conseguir aquilo que almeja, porém, pelo pouco que o conheço já percebi que ele não é de desisti ao escutar o primeiro não, está sempre lutando, talvez seja isso que me encanta tanto nele. — Querida a sua amiga me ama, ela jamais vai se incomodar com a minha preocupação e dedicação com ela, só para a sua informação. Ele diz com a voz completamente fina, não aguentamos caímos na gargalhada, para observando ele, queria ir um pouco devagar, mais como não me apaixonar por um homem tão incrível em todos os sentidos da palavra. — Você é muito convencido cunhado, fique sabendo que eu cheguei primeiro na vida dela, ah! Somente para sua informação querido. Era só o que me faltava os dois de implicância por causa da minha atenção. — Os dois por favor, podem parando, posso muito bem da atenção aos dois, você sabe que te amo amiga como uma irmã, ninguém jamais poderá roubar o carinho que sinto por você, e você Max pare de provocar minha amiga, você sabe que o sentimento que eu sinto por você é diferente do carinho de irmã. Digo por fim. — Ela sabe que só estou brincando, não é cunhada? Ou você achou que era sério? O mesmo diz preocupado. — Não se preocupe Max, eu sei bem que você está brincando cunhado, mais cuidado em? Qualquer hora dessas eu posso acreditar que é verdade. Ele sorri aliviado, mais uma prova do seu coração enorme, se fosse outra pessoa continuaria provocando ela, porém ele parou. Observo que o mesmo desvia sua atenção para uma mensagem que chegou ao celular mudando completamente sua feição, o que será que tinha nesta mensagem para o Max mudar de humor assim do nada. Algo está errado, percebi que ele logo em seguida pediu desculpas se retirando da mesa. — Será que aconteceu alguma coisa? Meu cunhado dificilmente abandona a mesa assim, se uma coisa que os dois irmãos presam é a refeição, algo sério aconteceu Camila. Confesso que agora fiquei preocupada. Também estou nervosa com isso, porém tento manter a calma para não deixar a minha amiga mais nervosa. — Não se preocupe, termine o seu café, eu vou subir para saber o que aconteceu, te amo. Na verdade, fiquei intrigada com isto. — Algum problema Max, percebi que você recebeu uma mensagem que mudou completamente o seu humor. Sou direta, de uma coisa que não gosto é de ficar fazendo rodeios, detesto quando querem nos perguntar algo e ficam enrolando, quando no final já poderia ter ganhando mais tempo. — Recebi uma mensagem dos advogados que estão cuidando do caso, foram solicitados novos depoimentos nossos, no meu caso ainda será o meu primeiro já que depois que sair do hospital ainda não compareci na delegacia. Droga! Novos depoimentos, estou me perguntando qual a necessidade disto, pois nenhum poderá dizer nada de diferente, a não ser o Max que estará depondo pela primeira vez. — Não estou entendendo aonde este delegado pretende chegar, pedindo um novo documento, já que o único que ainda não prestou esclarecimentos foi você, qual a nova informação que nós três poderemos dizer agora, se todos já falamos tudo. Continuo achando que têm algo errado com este homem que está a frente das investigações, não há necessidade para um novo depoimento já que tanto eu quanto os demais não iremos narrar nenhum fato novo. — Também não estou, o Henrique está puto com toda está situação, alguém está tentando incriminar a minha cunhada isso já está bem claro, porém quem? Quem está por detrás desta façanha? Tenho minhas suspeitas que este corpo nunca existiu, simplesmente porque a famosa Paola não está morta, apenas fez todos pensarem que ela está. — Max vou te confessar algo que está martelando na minha cabeça a dias, mais preciso que você prometa que não dirá nada a ninguém, por favor só quero falar a todos quando eu conseguir provar que o meu raciocínio está correto. Ele me olha pensativo, acredito que eles também suspeitam, porém, não sabem por onde começar para desmascarar está armação se tudo for realmente verdade. — Pode falar, sei que é algo sério. Concordo dando início a minha explicação. — Tenho quase certeza de que não existe crime algum para ser investigado, pelo simples fato de que a Paola não está morta, esse caso tem muitas lacunas, está acontecendo fatos estranhos, o que me intriga é o corpo da Paola tinha que ir para o IML, era necessária uma autópsia para saber as condições que ela levou o tiro, porém cadê o registro deste corpo lá? Outra coisa onde foi velado o corpo? Qual cemitério foi enterrado? O porquê da sua morte não ter saído nos jornais? Explico com calma todas as brechas que encontrei neste inquérito, uma pena que não posso ser a nossa advogada de defesa, porque com certeza eu já teria apresentado isto a justiça. — p***a! Você tem razão esses detalhes ninguém sabe esclarecer, nem mesmo a polícia, pois já procurei levantar essas informações e ninguém sabe nos dizer. O mesmo anda de um lado para o outro, tentando assimilar as suspeitas que levantei. — precisamos fazer com que os advogados consigam autorização para que essas informações sejam liberadas, ainda não procurei com os legistas, pelo fato de não conhecer ninguém por aqui. Se fosse no Brasil com certeza já teria acionado os meus contatos para saber se este corpo foi periciado lá, porém estou num lugar diferente onde não posso arriscar confiar em pessoas que não conheço. Se conseguirmos pelo menos implantar a dúvida diante da justiça, iremos ganhar tempo para continuar investigando se ela está realmente morta ou não? — Você tem razão, vamos até à empresa, a gente precisa saber se o Henrique também concorda com o nosso pensamento, porque eu tinha minhas suspeitas, porém como ninguém tinha falado ainda fiquei na minha. Eu sei o medo que ele tinha, porque todos imaginam que ela está morta, como do nada ele iria chegar falando, não eu acho que a Paola está morta? A gente tem que primeiro levantar as provas para a justiça começar investigar também. — Sim! Deixa só eu buscar a minha bolsa, que está no quarto de hóspedes. O mesmo sorri dizendo que por ele eu já tinha me mudado de vez para o quarto dele. — Praticamente já estou aqui, só minhas coisas que está guardada lá. Respondo correndo até o quarto de hóspedes para pegar minha bolsa. Eu não vou deixar que ninguém prejudique a minha melhor amiga, não quando eu posso ajudar, quem está pensando que ela vai sair prejudicada nisto tudo está muito enganada, pois não vou descansar até descobrir as mentiras que existem ao redor desta morte.
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