Três longos dias se passaram desde que Rafael havia sido colocado em coma induzido. O hospital particular de Nova York, conhecido por seus serviços de primeira linha, abrigava Rafael em um dos quartos mais luxuosos e bem equipados. O espaço, amplo e decorado com tons neutros e sofisticados, contrastava com a quantidade de aparelhos médicos que monitoravam constantemente seus sinais vitais. Os bipes ritmados e o som suave dos ventiladores enchiam o ambiente, enquanto o corpo de Rafael permanecia imóvel na cama, sua mente ainda vagando nas profundezas de um sono sem sonhos. Dentro do quarto, Getulio, seu avô, caminhava de um lado para o outro, sua inquietação visível a cada passo pesado. Ele resmungava palavras abafadas, a impaciência marcada em seu semblante. O velho homem, de postura rígi

