A noite havia caído como um manto pesado sobre o centro de detenção, e Clara sentiu seu coração acelerar assim que as portas de metal da cela se fecharam atrás dela. O eco do ferrolho soou como um alerta sombrio, lembrando-a de que agora estava presa entre quatro paredes frias e sujas. O cheiro era um mix de umidade e suor, que a fez sentir-se enjoada. A cela estava lotada, e o barulho era ensurdecedor.
As outras prisioneiras se aglomeravam em pequenos grupos, lançando olhares curiosos e desdenhosos para Clara. Ela se sentou em um canto, tentando ignorar as risadas e os comentários maldosos. Era evidente que a presença dela, uma enfermeira, destoava naquele ambiente hostil. As outras mulheres pareciam se divertir com isso, fazendo piadas sobre sua situação.
“Olha só, a enfermeira da cida
