Ofegante, Rafael se afastou, ignorando o gemido frustrado que Clara deixou escapar, e, ainda com a respiração acelerada, sussurrou: “Quando você estiver pronta... não estou com pressa, Clara. Mas se eu não parar agora, não vou conseguir parar mais. Nem mesmo se você for acometida por lembranças do passado. Então pense bem.” Ele deu um passo para trás, a mão ainda hesitante ao lado do corpo, como se não quisesse deixá-la ir. “A porta do meu quarto vai estar sempre aberta para você. Mas só entre quando estiver realmente pronta para ir até o fim.” As palavras ficaram no ar, deixando Clara quase sem fôlego. Ela o observou enquanto ele se afastava, cada passo parecendo exigir toda a força de vontade dele. Antes de desaparecer pelo corredor em direção ao quarto, ele se virou uma última vez e d

