A limusine deslizou até a entrada do aeroporto, chamando a atenção de quem passava. Rafael sentiu um alívio imediato ao avistá-la, mas não diminuiu o ritmo. Ainda com Clara sobre os ombros, caminhou diretamente até o veículo. Sem esperar que o motorista saísse para abrir a porta, ele mesmo o fez com eficiência, inclinando-se para acomodar Clara no carro. No entanto, Clara, ao perceber que seria colocada dentro do carro, começou a espernear com renovado vigor. "Me solta, Rafael! Eu não vou entrar aí!" Ela lutava como uma tempestade, suas mãos e pernas se debatendo em um esforço desesperado para escapar. Rafael perdeu a paciência. Com uma única palmada firme no traseiro dela, o som estalando no ar, ele rosnou: "Já chega, Clara! Nós vamos conversar." A voz grave e controlada tinha um peso

