Rafael desligou o chuveiro com cuidado, tateando a parede até encontrar o registro. A água parou de cair, deixando o banheiro envolto em um vapor quente e abafado. Ele respirou fundo, o som da água ainda ecoando em sua mente. O silêncio que se seguiu era quase tão pesado quanto a água que escorria de seu corpo. Com movimentos cuidadosos, ele estendeu as mãos em direção à bancada, onde esperava encontrar a toalha que Clara havia deixado no dia anterior. Seus dedos tocaram o tecido, mas, ao puxá-lo, percebeu que era muito menor do que esperava. "Uma toalha de rosto?", resmungou para si mesmo. "Merda!", xingou baixo, sentindo a frustração subindo pelo seu peito. Mas, depois de alguns segundos, deu de ombros. "Dane-se", murmurou, decidido a não deixar que algo tão trivial o abalasse. Ele esfr

