Na penumbra do escritório luxuosamente decorado, Getúlio estava sentado atrás de sua imponente mesa de mogno. O silêncio da noite parecia pesar sobre ele, quebrado apenas pelo tique-taque de um relógio de parede. Sobre a mesa, dois porta-retratos chamavam sua atenção. Ele mantinha os olhos fixos neles, quase como se buscasse respostas que sabia que não encontraria. No primeiro retrato, Marcos sorria com exuberância, o brilho de vida e força em seus olhos era inconfundível. Ele estava no auge, cheio de promessas e potencial. No outro, Rafael exalava poder e confiança, o tipo de homem que sabia o que queria e fazia de tudo para conseguir. Dois filhos, duas partes de seu coração. E agora, apenas um deles permanecia. Getúlio pegou o porta-retrato de Marcos, passando o dedo sobre o vidro enqu

