Rodrigo saía de casa com um sorriso convicto no rosto, a luz da manhã refletindo-se em seus olhos escuros e brilhantes. Ele estava certo de que sua estratégia tinha funcionado. Após uma noite inteira na cadeia, com o olhar de Clara ainda fresco em sua memória—misturando a dor da impotência com a força da determinação—ele acreditava que ela estava mais do que disposta a ceder à sua chantagem. Sentia-se poderoso, como um maestro prestes a conduzir sua orquestra para um clímax ensurdecedor. Ao entrar no carro, uma SUV preta de vidros escurecidos, Rodrigo não podia deixar de se vangloriar de seu plano. Ele estava prestes a dar um passo decisivo e não havia espaço para falhas. Com um sorriso satisfeito nos lábios, colocou o cinto de segurança e ligou o motor, sentindo o ronco do veículo como u

