O sol começava a iluminar suavemente o horizonte de Manhattan quando Clara abriu os olhos. O primeiro detalhe que notou foi o peso confortável do braço de Rafael, repousando em sua cintura. Sua respiração era profunda e compassada, e seu rosto, geralmente marcado por uma expressão severa, agora exibia uma tranquilidade quase angelical. Os contornos fortes de seu maxilar estavam relaxados, e seus lábios, suavemente entreabertos, faziam Clara suspirar. Ela permaneceu ali por um momento, saboreando a quietude daquela manhã. Rafael raramente deixava sua guarda baixa, mas ali, ao seu lado, ele parecia completamente à vontade. Clara tentou se levantar lentamente, para não perturbá-lo, mas assim que começou a se mover, Rafael resmungou algo inaudível e a puxou para mais perto, apertando-a contra

