A sala estava quase escura, iluminada apenas por uma lâmpada pendurada no teto que oscilava ligeiramente, lançando sombras em todas as direções. O ar era denso, carregado de poeira e mofo, o cheiro de um lugar há muito esquecido por qualquer ideia de conforto. No centro da sala, o homem que Renato procurava estava sentado em uma cadeira de madeira, os braços amarrados aos apoios com tiras de couro que cortavam sua pele com o menor movimento. Um capuz preto cobria o rosto do homem, o tecido grosso impedindo que ele visse qualquer coisa ao seu redor. Seu peito subia e descia rapidamente, como o de um animal encurralado. Ele sabia que algo terrível estava para acontecer. E estava certo. Renato entrou na sala com passos lentos, suas botas fazendo um som seco contra o chão de concreto. Acompa

