Rafael não estava dormindo, muito longe disso. Assim que a dor em sua perna finalmente começou a ceder, ele se deu conta de outra sensação, uma que inicialmente o pegou de surpresa. O toque de Clara, que ele sentia como uma tortura física no começo, lentamente começou a se transformar em algo completamente diferente. O toque delicado de suas mãos, a toalha fria e a forma como ela cuidadosamente limpava seu rosto e pescoço eram uma mistura de alívio e tormento. Ele quase protestou quando Clara se afastou para pegar a toalha no banheiro. Um resquício de sua consciência gritava para ela parar, para se afastar. Rafael estava tentando manter o controle, uma barreira que ele mesmo tinha construído ao longo dos anos. Mas, ao contrário de qualquer outra situação, aquela mulher parecia estar desfa

