Clara e Douglas subiram juntos pelo elevador até o andar da cobertura de Rafael. Ao saírem, se depararam com Renato, que parecia prestes a deixar o local. Ele estava com uma expressão séria, quase fria, os olhos escuros como sempre, mas havia algo neles, um enigma que Clara não conseguia decifrar. Ele a olhou fixamente, e sua primeira pergunta veio com o peso de alguém que já sabia a resposta, mas queria ouvir a confirmação direta. "Você se sente segura para continuar trabalhando para ele?", a voz de Renato soou grave, um tom de preocupação que Clara raramente ouvia dele. Ela respirou fundo, a lembrança ainda fresca da tensão do hospital, do empurrão de Rafael e de seus gritos no banheiro. No entanto, sem hesitar, respondeu com veemência: "Ele não é um monstro, Renato. Rafael está passa

