Clara acordou novamente sozinha, o espaço ao lado dela na cama tão frio quanto os lençóis que se enroscavam em suas pernas. A luz do sol já invadia o quarto, indicando que o dia havia começado há horas, mas ela sequer se sentia pronta para sair da cama. Não era a primeira vez que Rafael saía cedo sem se despedir, e Clara sabia que provavelmente não seria a última. Ela se sentou devagar, os cabelos bagunçados caindo sobre os ombros. Seu coração estava pesado, e a incerteza voltou a pairar sobre ela como uma sombra constante. Não era que ela duvidasse do amor que sentia por Rafael — esse sentimento estava mais claro do que nunca. Mas Clara começava a questionar se um dia ele seria capaz de retribuir esse amor. Todas as vezes que achava que finalmente estavam se conectando, que ele estava ba

