Neto ingrato

921 Words

O sol já estava alto quando Getúlio Di’Angelo finalmente acordou. O brilho dourado atravessava as cortinas pesadas de seu quarto, tingindo o ambiente com um tom cálido que contrastava com o frio calculista de seu sorriso. Espreguiçando-se, ele soltou um suspiro satisfeito. A manhã era dele, como sempre fora. Getúlio era um homem de rotinas meticulosamente planejadas, e o dia só começava quando ele assim decidia. Com o auxílio de sua bengala de madeira escura, entalhada com um dragão dourado na ponta, Getúlio levantou-se devagar. Seus passos eram firmes apesar da idade, e cada movimento exalava a autoridade que ele havia cultivado ao longo de décadas. Caminhou até o banheiro privativo, onde mármore italiano cobria as paredes e o chão, refletindo o luxo que ele considerava seu direito de na

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