Clara entrou no quarto, fechando a porta atrás de si com um gesto lento, como se estivesse tentando conter o turbilhão de emoções que a consumia. Ela deu alguns passos até a cama e sentou-se à beira, os ombros caídos, sentindo o peso das palavras de Rafael ainda reverberando em sua mente. “Manipuladora e mentirosa.” Cada vez que repetia essas palavras em sua cabeça, era como se uma faca afiada perfurasse seu coração. Ela respirou fundo, tentando se recompor, mas a tentativa foi inútil. Lágrimas silenciosas começaram a escorrer pelo seu rosto, e, sem conseguir mais se conter, Clara desabou. O choro veio forte, incontrolável, como se todas as emoções reprimidas finalmente tivessem encontrado uma brecha para escapar. Ela se jogou na cama, enterrando o rosto no travesseiro para abafar os solu

