Clara respirou fundo, tentando acalmar o coração que parecia prestes a sair do peito. Não podia continuar assim. Por mais que as palavras de Rafael tivessem machucado, ela sabia que não podia deixar que isso os afastasse ainda mais. Ela o amava. Não era apenas um sentimento passageiro ou uma paixão fugaz; era um amor profundo, visceral, que a fazia querer lutar por eles, mesmo que a situação parecesse desmoronar. “Eu vou lutar pelo meu casamento”, pensou, determinada. “Não importa o que seja preciso.” Ela se sentou na beira da cama por alguns instantes, reunindo coragem. Passou as mãos pelo rosto, secando os resquícios de lágrimas que haviam secado ali. Olhou ao redor, como se buscasse algum tipo de orientação naquele quarto que tantas vezes fora o cenário de momentos felizes entre os do

