Clara sentiu o corpo todo tremer. Seus dedos soltaram o contrato como se ele estivesse em chamas, deixando-o sobre a mesa. Seu olhar vacilava entre o papel e Rafael, sentindo-se encurralada e sem saída. Por um momento, não disse nada, mas seu silêncio e sua hesitação eram gritantes. Rafael, mesmo sem poder vê-la, percebia a tensão e a dúvida que pairavam no ar. Sabia que estava prestes a perder o controle da situação. Mas, como um estrategista nato, ele compreendia que aquele era o momento de pressionar. Precisava garantir que Clara não tivesse tempo de pensar demais — ou ela provavelmente desistiria. Com frieza calculada, ele disse: "Se não quiser, tudo bem, Clara. Pode pegar suas coisas e voltar para sua vida. Fiquei sabendo que recebeu uma indenização do hospital, e eu também pagarei

