Já passava da meia-noite quando Rafael finalmente cruzou a porta de sua cobertura. A casa estava em completo silêncio, exceto pelo suave tique-taque do relógio na parede. Ele soltou um longo suspiro, sentindo o peso das últimas horas ainda pressionando seus ombros. O dia havia sido um caos: problemas surgiam a cada minuto, decisões precisavam ser tomadas rapidamente, e o aparecimento repentino de sua mãe apenas adicionara combustível ao fogo. Ao caminhar em direção à sala de jantar, seus olhos foram atraídos para a mesa. Sobre a pedra quente que mantinha a comida aquecida, havia um prato coberto, evidentemente preparado para ele. Rafael parou, fixando o olhar naquilo por um momento. Não precisou de muito para imaginar Clara jantando sozinha, esperando por ele até o último segundo. O pensa

