Rafael sabia que estava correndo um grande risco. A adrenalina pulsava em suas veias, acelerando cada batida do seu coração. Ele já havia ouvido muitas histórias de salvamentos que deram errado, onde socorristas experientes acabaram mortos porque as vítimas, em puro desespero, se agarravam ao corpo de quem tentava salvá-las, puxando-os para o fundo. Era uma reação instintiva, descontrolada, de alguém lutando pela própria vida. E agora, Rafael tinha Clara ali, lutando para sobreviver. Mesmo sem a visão, ele podia imaginar o terror estampado no rosto dela, os movimentos frenéticos de seus braços batendo contra a água, tentando não afundar. Ele sabia que precisaria ser rápido, mas também extremamente cuidadoso. O perigo de ambos se afogarem era real. Mas, apesar do medo que começava a se esp

