01

972 Words
GABRIELA NARRANDO. — Você quer que eu desça com você? — Dom me pergunta quando estaciona o carro em frente ao cemitério. — Acho que preciso fazer isso sozinha. — Sorri e sai do carro. Hoje é a primeira vez que venho aqui, a Sofia está com quase 2 anos e só agora eu me sinto preparada para estar aqui. Tudo o que aconteceu, tudo o que o Dom passou sozinho com a morte do nosso filho não foi fácil. Por aqui tudo está em paz, estamos vivendo a vida tranquilamente. Existe uma frase que carrego comigo, acredite e não se explique, pois poucos vão entender, só se compreende um sonho, se o sonhador for você. E é isso o que vem acontecendo, estamos vivendo um sonho com a nossa família. O Dom explicou aonde era o túmulo, eu caminhei até lá, hoje o sol está brilhando aqui em florença, em minhas mãos tinha uma flor branca, eu sempre achei que branco significasse paz e é isso o que eu sinto agora. Parei em frente ao túmulo e senti algumas lágrimas rolarem no meu rosto. O sentimento de culpa tomou conta de mim, mesmo sabendo que a culpa era totalmente da Juliana. — Oi meu amor, desculpa demorar tanto tempo para vim aqui te ver. O cemíterio é lindo, a grama verde, bastante árvores ao redor, o canto dos pássaros e a brisa leve. — Deus sabe que eu queria muito que você tivesse aqui com a mamãe, me desculpa por não te proteger do m*l filho. — Eu disse tentando controlar as lágrimas que caiam em meu rosto — Eu tenho tanta coisa para te contar, mais acho que ai de cima você consegue ver tudo, a sua irmã é a coisa mais linda, assim você também deve ser, o seu pai sente a sua falta, ele tenta ser forte todos os dias pela nossa família. — Os seus avós estão bem, sabe filho, está tudo indo bem demais e talvez isso até assuste um pouco a gente. — Eu nunca vou me esquecer de você e de tudo o que eu senti desde o primeiro dia que eu soube da sua existência dentro de mim, você despertou em mim o melhor amor do mundo, aquele amor que chega doer filho e quando você se foi uma parte de mim morreu junto com você, eu nunca vou te esquecer nunca se esqueça disso e eu prometo que vou vim te ver sempre. . O ventou bateu forte, fazendo o meu cabelo voar, era como se eu pudesse sentir ele ali comigo. — Me perdoa meu amor, me perdoa por demorar tanto para vim aqui, eu te amo tanto. — Eu falo com os olhos fechados sentido a brisa. — Mamãe. — Ouço a Sofia me chamar de longe. — A mamãe está aqui filha. — Respondo para que ela me encontrasse. — Mamãe, o que você está fazendo? — Ela pergunta subindo no meu colo. — Desculpa, ela não queria ficar dentro do carro. — Dom se desculpa. — Não tem problema, eu já estava quase acabando. Com a Sofia no colo e o amor da minha vida do meu lado, eu senti a necessidade de chorar mais um pouco. — Porque você está chorando mamãe? — Não é nada meu amor, estou feliz por você está aqui. O Dom encostou sua cabeça na minha e ficamos parados olhando para o túmulo do nosso filho. — Que você esteja em paz filho. — Dom fala. — Ele está amor, ele está bem e em paz. Dei um beijo na flor que eu segurava e coloquei em cima do túmulo. — Vamos para casa filha? — Dom pergunta e ela desce do meu colo pegando na mão do pai. A ligação que os dois tem um com o outro é muito linda, o nascimento dela para o Dom foi algo que fez ele viver, ela trouxe luz e alegria para as nossas vidas e a nossa casa. — Quer passar em algum lugar antes de ir para casa? — Dom pergunta ao abrir a porta e colocar a Sofia na cadeirinha. — Por mim podemos ir para casa e você? — Pensei em parar pra tomar um sorvete, o que você acha? — Sorvete antes do almoço? — Eu brinquei. — Só hoje mamãe, por favor. — Só hoje então. — Eu brinco outra vez e todos riem. Foi uma manhã tranquila, depois do sorvete nós voltamos para a casa. — Hoje você vai pra boate? — Pergunto ao Dom assim que descemos do carro. — Preciso ir resolver algumas coisas, mais volto rápido. — a minha mãe e o seu pai vem jantar conosco hoje. — Estarei aqui antes do jantar, eu prometo. A noite caiu e estávamos todos ao redor da mesa. — Hoje nós fomos ao cemitério. — Eu disse e todos me olharam. — Como assim? — o meu sogro questionou. — Fomos visitar o túmulo do nosso filho — Dom respondeu. — E então como foi filha? — Foi bom mãe, eu precisava ir lá, precisava pedir perdão por demorar tanto tempo. — Que bom meu amor fico muito feliz. — Ela fala sorrindo. Serviram a lasanha de 4 queijos, eu me servi e quando coloquei a primeira garfada na boca eu senti tudo rodar e então o enjô veio. O nosso livro queridinho voltou, estão ansiosas? Como expliquei no grupo do w******p, Arrematada 2 será atualização diaria, teremos capítulos de segunda a sexta. O que vocês acham que vai acontecer? Vocês já me seguem no **? Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos. Adicionem o meu livro na biblioteca clicando no ❤
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD