Ao voltar para a mesa, pego a minha bolsa e tento explicar para a Bruna o que aconteceu, mas quando o Rafael chega e tenta se explicar, eu nem me dou o trabalho de ouvir. Por estarmos em um bar bem movimentado, não tenho dificuldade em pegar um táxi que estava parado ali próximo e vou em direção ao meu apartamento. Agradeço mentalmente por sempre andar com a chave de lá na bolsa, afinal, eu não teria nem estômago para encarar o Rafael nesse momento.
Pago a corrida ao simpático senhor, que tentou me acalmar durante o trajeto até o meu apartamento, subo quase correndo e tranco a porta. Me sento no chão encostada nela e choro, choro toda a dor que sinto esmagando o meu peito. Choro pela desconfiança, pelo beijo que eu nem sei se foi armado e principalmente, pela dúvida, afinal como ela sabia
