Segundo Capítulo

3335 Words
Depois de dispensarem o profissional antigo estabeleceram que Júlio começaria a trabalhar na Segunda-feira feira após a outra semana. No horário marcado desse dia, chegou na casa e começou. Explicou antes que começaria de forma leve e iria aumentando a intensidade de exercícios gradativamente, para menor ressentimento do corpo da paciente. Assim foi durante o primeiro mês, exercícios leves e uso de aparelhos de luzes. Quando iniciou o segundo, foi aumentado a intensidade dos exercícios aos poucos, sempre avaliando a sensação de conforto de Berenice com o esforço para evitar que ela desistisse novamente. Em um caso assim, uma dor mais forte, pode provocar uma desistência. Por isso usava as luzes para aquecer antes de começar com os exercícios. Mais um mês se passou e ele achou que estava na hora de tentar com apoio colocá-la em pé. Com todo o cuidado, auxiliou Berenice que conseguiu se sustentar nas pernas. Não demorou nesse processo e contado um minuto, deixou ela sentar novamente. A intenção era aumentar um pouco a cada vez até ela ter mais segurança. E a cada dia era notável a sua evolução. Apesar de participativa, uma tristeza começou a a cometer. Nem ela se entendia. Júlio havia espaçado as seções, só vindo agora duas vezes por semana. Segundas e quintas. O que era uma relação de paciente e fisioterapeuta, havia se transformado em amizade e carinho. Berenice começou a se sentir triste por perceber que o tratamento em alguma hora acabaria. A família começou a perceber que ela a cada dia, se tornava mais calada e pensativa. Um dia Dona Nora questionou: - O que está acontecendo com você? A cada dia está mais calada, parece que está triste. - Não tenho nada, é impressão sua. Neide comentou: - Também tô achando você muito calada. Está melhorando tanto, devia estar alegre. Jairo comentou em tom de brincadeira: - Vai ver que já está com saudades das seções. A conversa parou aí, mas Jairo colocou uma dúvida no ar. Seria isso? Berenice estaria gostando de Júlio? Em uma hora que estava sozinha com a mãe, perguntou o que ela achava, se seria possível ser isso. - Acho que não. Se houvesse alguma coisa entre eles, eu já teria percebido. Apesar de não estar muito convencida, deu o assunto por encerrado. Mas, no dia seguinte, chamou Alzira para conversar. - Não sei o que está acontecendo com a Berenice, ela está muito melhor, mas está a cada dia mais amuada. - Estou percebendo o mesmo no meu irmão. Toda vez que pergunto, ele fala que ela logo estará andando de novo, mas fala isso com tristeza. - Será que eles estão se gostando? - Não sei. Ele é muito reservado nesses assuntos comigo. - Mas, se isso estiver acontecendo, porquê não abriram o jogo? - Isso é fácil responder. Meu irmão está lá a trabalho. Mesmo que tenha algum interesse na Berenice, não vai dizer nada. Poderia perder o trabalho ou até ser acusado de assédio. - Bobagem. Nada mais natural do que dois jovens se interessarem um pelo outro. - Não numa relação de trabalho. - Então vou pensar em um jeito de mudar esse tipo de pensamento de vocês. Minha relação com você é de amizade, companheirismo. Não é só trabalho. Quando eu chego em casa ele já saiu, por isso não teve como estreitar uma relação de amizade, mas vou pensar num jeito de mudar isso. Se eles estiverem se gostando, não tem porque não ficarem juntos. Agora, vamos trabalhar, mas vou pensar em como dar um jeito nessa situação E começaram a trabalhar. No final do expediente, Neide chamou Alzira de novo. - Pensei muito e tive uma idéia. Que tal, Domingo fazermos um churrasco lá em casa e assim mudar essa noção que ele tem de um tipo de empregado? Num ambiente bem descontraído ele vai ver que temos amizade por ele e pode criar coragem pra tomar uma iniciativa. Se ele ver que está entre amigos, pode ser que se solte. - É uma ótima idéia, até porque desde o acidente da Berenice, vocês não tiram um dia prá descontrair, é só trabalho e casa. A vida parece que parou prá todos vocês. - Não seria justo sairmos prá diversão deixando uma irmã em cima da cama doente. - Mas ela está melhor. Já basta tua mãe que só sai rapidamente prá comprar alguma coisa pra casa e volta correndo. Acho que agora, vocês poderiam pensar numa espécie de rodízio. Nunca mais você comentou que seus pais foram a um cinema ou deram algum passeio. - Tem razão. A gente ainda sai prá trabalhar, encontra com outras pessoas, bate papo, mas agora você me mostrou que para a minha mãe, tá pesado. - Vai ser muito bom um churrasco pra ela se distrair. Vamos dividir as tarefas e deixar o menos possível pra ela fazer. Mas, um churrasco assim, sem mais nem menos, não vai soar estranho? - É verdade. Não pensei nisso. - Eles podem desconfiar. Depois de pensar um pouco Neide falou: - Vamos fazer um churrasco em comemoração a melhora dela, mas temos que chamar mais gente e hoje já é Sexta-feira. - Porquê tem que ter mais gente? - Porque uma comemoração pelo restabelecimento dela, se só vocês forem convidados, vai dar a impressão que ele foi chamado por estar envolvido no processo e não vai adiantar. Ele tem que ver que somos amigos e parar de se achar um empregado da casa. E o pior é que só dá pra fazer isso fim de semana com a família reunida. Durante a semana, todos trabalham. Será assim: Vou falar com meus irmãos e cada um pode escolher dois ou três amigos com tenham contato por telefone e chamar. Tem que dar certo. - Temos que ver o que eu tenho que levar. Não pode ficar pesado só pra você. - Leva o Júlio, é o principal. - Não, quero colaborar com alguma coisa. - Mas, eu ainda nem sei o que precisa comprar. Não sei o que tem em casa, pra quantas pessoas vai ser. - Seria justo a Berenice chamar alguém também. - Aí vai ficar mais difícil. Ela estava começando nesse emprego, acho que não deu tempo de estreitar amizade com ninguém, tanto que não recebeu nenhuma visita de colega de trabalho esses meses todos. O acidente já vai fazer um ano. Mas, vou falar com ela. De repente alguma vizinha mais chegada. - Quando eu chegar em casa vou falar com o Júlio e te ligo pra dizer se ele vai ou não. - Tá bom. Agora vamos, senão daqui a pouco a condução vai ficar muito cheia. Espero você ligar. - Assim que eu chegar em casa, falo com ele. - Combinado. Vamos lá. - Vamos. Se separaram e cada uma foi prá seu ponto aguardar o ônibus. Assim que chegou em casa conversou com mãe sobre a idéia do churrasco. Dona Nora foi a favor, realmente precisavam de um pouco de diversão naquela casa depois de quase um ano de tristezas e incertezas. Tinha sido um período muito difícil pra todos. Afinal, nem o médico que atendeu Berenice na época, o Dr. Álvaro, tinha certeza que ela voltaria a andar. Foi um tempo de muita insegurança para todos. E animada foi fazer um balanço do que tinha em casa. Berenice que estava na sala, também se animou: - Vai ser só pra gente ou vamos chamar alguém? Neide respondeu: - Cada um pode chamar duas ou três pessoas pra ficar bem animado. - Então, vou chamar o Júlio. - Ele não. - Por quê? - Porque ele já é meu convidado junto com Alzira. Escolhe outra pessoa. - Então não sobrou ninguém. - Claro que tem gente pra você convidar, as vizinhas que vêm aqui bater no papo com você, procurando te distrair, alguma colega de trabalho... - Colega de trabalho depois de um ano em casa. - Não tem nenhuma vizinha aqui com quem você se afine mais? Goste mais de estar? - Tem a irmãs, Dulce e Dirce. As vezes até durante a semana elas colocam cadeiras aqui na calçada e vêm pra me distrair, enquanto mamãe vai comprar alguma coisa ou se ocupa com a arrumação da casa. Agora que a Suzana, era a enfermeira, não vem mais ela ficava igual a uma abelha em cima de mim. Se atrasava com o serviço da casa. Aí as meninas passaram a vir aqui me fazer companhia. - Mamãe tinha falado. E é muito bom lidar com gente da nossa idade. É um outro tipo de papo. - É verdade. Nisso toca o telefone. Neide vai atender. - Alô - Neide? É a Alzira. Tudo certo. Ele topou. Já sabe o que eu devo levar? - Vou ter que fazer mercado amanhã. - Podíamos combinar e ir juntas. Posso até falar com o Júlio pra ir também, assim ele vai de carro e facilita a vida da gente. - Boa idéia. Tava pensando em ir num mercado grande pra concentrar tudo num lugar só. É chato ter que ir num monte de lugar e comprar cada coisa num mercado diferente. Perde-se muito tempo. - Mas, normalmente se economiza. - Dessa vez resolvido em cima da hora, vamos fazer assim. No próximo a gente programa com mais tempo e vamos fazer pesquisa de preço. Podemos ir num Hiper qualquer e comprar tudo. Tenho dinheiro guardado que dá prá fazer tudo com folga. Esse ano eu não gastei nada. Não comprei nada pra mim. Assim foi só o dinheiro das despesas da casa, que repartimos e o resto ficou guardado. - Então, que tal as nove? - Combinado. Se o Júlio não vier, tomamos um aplicativo na volta. - Vou falar com ele, se não tiver nenhum paciente marcado, com certeza vai. Ele agora tá no banho. Quando ele sair, eu falo. Mas já fica marcado pras nove. - Tá bom. Vou estar pronta. E desligou. Dona Nora entrou na sala falando: - Neide, acho que vai ter que comprar quase tudo. Tem carne no freezer, mas é a carne de uso da casa. Prá um churrasco, eu acho que não vai dar. - Pode deixar, mãe. Já combinei com a Alzira e amanhã vamos sair pra comprar tudo. Logo mais, vamos fazer uma lista com as coisas mais importantes e o resto a gente vê lá. Tá bom. Mas antes temos que saber pera quantas pessoas - Só quando os outros chegarem que vamos saber, agora vou pro banho. Assim que saiu do banho seu pai chegou e quando falou com ele respondeu: - Eu não vou chamar ninguém. Só volto no trabalho na Segunda-feira. Mas fica prá próxima. Está casa está precisando de um pouco de diversão mesmo. Aliás Nora, a gente podia deixar os jovens se divertindo aqui e nós sairmos para almoçar e depois irmos a algum lugar. Tem tempo que não fazemos isso. Neide argumentou: - Pai, a muito tempo que não fazemos nada aqui, e tem gente que vem pela primeira vez. Se vocês saírem vai dar a impressão que estão sendo m*l-vindos, contra a vontade dos donos da casa. Não dá prá deixar essa saída de vocês para a outra semana? - É verdade, não havia pensado nisso. Não pegaria bem mesmo. Vamos ficar. Aliás, porquê não ligamos pro Dr. Álvaro e convidamos ele? Afinal foi tão atencioso com todos nós. Dona Nora respondeu: - Boa lembrança, vou ligar. Ligou para o médico que ficou encantado com o convite e prometeu ir levando a esposa. Nesse momento, Jairo chegava e depois de se inteirar sobre os planos, avisou que ia chamar três pessoas, sendo dois rapazes e uma moça. Quando Janice chegou, falou que ia chamar apenas duas colegas por telefone e se ofereceu para ajudar nas compras do dia seguinte. Assim Neide e Dona Nora foram fazer as contas de prá quantos seria e a lista de compras. Chegaram a conclusão que seriam para aproximadamente umas dezoito pessoas, com alguma pessoa que já poderia ter algum compromisso previamente marcado, mas em contra partida a ida de algum penetra. Isso sempre acontece, um convidado que convida alguém ou algum vizinho que passando pela rua, entra pra bater um papo. Resolveram fazer para uma média de vinte e cinco. Decidido isso, foram a lista do que comprar e terminada seguiram a rotina normal. Porém todos estavam na expectativa deste dia de festa. A melhora de Berenice realmente deveria ser comemorada. O Sábado já amanheceu quente e Neide foi tomar um banho e se arrumar pra esperar Alzira. Logo Janice acordou e também foi se arrumar, disposta a ir junto prá ajudar. Estava tão animada que parecia que estavam planejando uma festa de noivado ou casamento. Quem visse a euforia nunca pensaria em um simples churrasco entre amigos. De repente, Seu Jair perguntou: - Neide, não seria melhor alugarmos umas mesas? Aonde esse pessoal vai sentar? Ninguém pode ficar em pé o tempo todo. Tem uma hora em que todo mundo senta um pouco. - Não havia pensado nisso. Pode providenciar isso, papai? - Claro, vou ali no depósito, eles têm mesa pra aluguel. Trazem e retiram no dia seguinte. Vou aproveitar e encomendar gelo e as bebidas. Essas coisas ficam por minha conta. - Não vai exagerar. - Prefiro pecar pelo excesso do que faltar alguma coisa. No Domingo, tudo fecha cedo. Também vamos trazer alguma coisa do mercado. Aliás, vamos comprar umas garrafas de água mineral também. Isso não está na lista. Janice falou: - Eu tenho uma outra lista que fiz ontem a noite com coisas que vocês esqueceram: Copos, pratos, guardanapos, água e outras coisas. Lá juntaremos as duas. Nisso chegam Alzira e Júlio. Entraram para um cafezinho. Júlio estava meio acanhado, afinal depois de ser contratado a meses atrás com toda a família presente, somente hoje encontrava todos de novo. Durante o tratamento lidava somente com Dona Nora. O restante trabalhava e chegava depois que ele já tinha saído. Mas o clima com que foi recebido, logo o deixou a vontade. Depois do café, partiram os quatro para as compras e Seu Jair foi providenciar a parte que lhe cabia. No depósito, encontrou com dois amigos que estavam comprando bebidas para um aniversário em família e convidaram Seu Jair e esposa. Ele agradeceu, mas explicou que estaria adiantando as coisas em casa para um churrasco no dia seguinte, e convidou os amigos também, que ficaram de dar uma passadinha por lá. Feitas as encomendas, Seu Jair voltou pra casa. Encontrou Dona Nora atarefada com o almoço. Foi ajudar a mulher. Resolveram aumentar porque dependendo da hora que as meninas voltassem, talvez Júlio e Alzira também ficassem prá almoçar. Quando chegaram, não aceitaram o convite porque seus pais os estavam esperando já com a comida pronta e sua mãe ficava aborrecida quando fazia tudo e eles não iam. Assim se despediram e marcaram de, no dia seguinte, chegar cedo pra ajudar a arrumar tudo. O dia seguinte chegou quente e os encontrou já nos preparativos. Até Berenice estava ajudando, picando legumes para maionese, cortando cebolas para a farofa, fazendo tudo o que podia fazer sentada. Ainda não andava sem o apoio do andador ou das muletas. Por isso suas mãos estavam sempre ocupadas. Lá pelas dez horas, chegam Alzira e Júlio e rapidamente assumem junto com os outros as tarefas do quintal, que eram muitas. Distribuir as mesas, arrumar a churrasqueira, colocar uma lona para fazer um pouco de sombra, enfim ainda tinham muita coisa a fazer, porém tudo estava sendo executado com muita alegria. Por volta de onze horas acenderam a churrasqueira. Na cozinha, os acompanhamentos já estavam prontos e Dona Nora e Berenice foram se juntar a eles. Churrasqueira acesa começaram já a assar algumas coisas, porque além de já estarem com fome devido ao esforço, os convidados logo chegariam. E assim foram chegando. O churrasco foi um sucesso e quando acabou ainda tinha sobrado muita coisa. Depois de ajudar a arrumar as coisas, acondicionar alimentos, limpar as mesas para devolução e limpar a churrasqueira, Júlio e Alzira se despediram e foram embora, porém, já como amigos da casa. Em um único dia, tinham tido tanta i********e que parecia que sempre haviam estado ali. Saíram satisfeitos pela maneira que tudo havia corrido. Tudo em ordem a família foi se preparar para o descanso. No dia seguinte tudo voltaria ao normal. Somente mudaria a relação com Alzira e Júlio, que agora, haviam de vez consolidado uma amizade sincera e duradoura. No dia seguinte, quando Júlio chega pra trabalhar, conversa com Dona Nora. - A partir de hoje, não quero que me paguem mais nada pelas seções. Entre amigos não se cobra . - Meu filho, você e sua irmã são amigos da casa, mas você é um profissional que investiu na sua formação. Realiza um ótimo trabalho, superou um outro que apesar de mais tempo de atividade não usou a mesma técnica que você e não conseguiu os resultados que você conseguiu. Você vai continuar sendo nosso amigo. Nossa casa vai estar sempre aberta prá vocês na hora da diversão, mas é justo que o seu trabalho seja remunerado. Sem isso, nós é que não nos sentiríamos bem. - Eu é que não ficaria a vontade - Pois pode estar certo de que você merece cada centavo que recebe. - Nesse caso, como não tem jeito, vou aceitar, mas só porque não poderia parar agora, na reta final. Logo, ela não vai mais precisar das seções. E foi para o quarto de Berenice, começar a trabalhar. Foi recebido com muito carinho e muito conversaram sobre o dia anterior. Júlio falou que havia conversado com a mãe dela a respeito do pagamento, mas Berenice também achou justo que continuasse a receber e que a amizade nada ia ser afetada com isso. Até pelo contrário, tornaria aqueles momentos menos maçantes e dolorosos. Júlio se sentiu mais a vontade. Fez a seção normal e ao final se despediu dela. Ela ia tomar banho para aguardar os outros. Agora já fazia sua higiene sozinha, não precisava mais da enfermeira, que só aparecia de vez em quando para uma visita, pois já estava trabalhando em outra casa, com outra paciente. Júlio foi embora e Berenice ao sair do banho foi até a cozinha ver se sua mãe precisava de ajuda. Aos poucos todos chegaram e depois do jantar viram um pouco de televisão e cada um foi se retirando para dormir. No dia seguinte, a tarde, Júlio chega e convida Berenice para ir numa sorveteria ali perto. Ela de princípio não se entusiasmou de sair andando de muletas pela rua, mas Júlio disse que não iam levar. Iriam de carro e ela se apoiaria nele até a mesa e na saída, fariam a mesma coisa até o carro. Foi o suficiente para que ela se animasse e foi se arrumar. Ao chegarem na sorveteria, ocuparam uma mesa e fizeram o pedido. Enquanto aguardavam começaram a conversar. Júlio procurou saber mais da personalidade dela, ao mesmo tempo que mostrou a dele. Apesar de tanto tempo de convivência, não se conheciam muito. Os papos até então haviam sido mais sobre o tratamento. Dispostos a se conhecerem melhor, tomaram o sorvete e dali, foram prá uma praça que havia perto. Falaram de tudo, de seus trabalhos, família, esperanças e planos para o futuro. Depois de esgotadas as curiosidades que um tinha a respeito do outro, perceberam que a noite já havia chegado e deram o passeio como encerrado. Foram para o carro para voltar. Antes de soltar Júlio tomou coragem e perguntou se quando terminasse o tratamento poderia pedir ela em namoro. Ela perguntou porquê esperar tanto. Ele respondeu que não queria misturar as coisas. Confessou que estava gostando dela e achava que era correspondido, mas só quando terminasse o tratamento, poderia fazer o pedido. Berenice entendeu e prometeu que ia se esforçar mais ainda pra ter alta logo. E felizes por terem se entendido entraram em casa.
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