Sheila estava inconformada com a maneira fria de Robson, cada vez que ele recusava manter relações sexuais com ela isso aumentava o ódio que ela estava nutrindo pela amante. Pensou em várias formas de se vingar dele e isso envolvia até mesmo procurar um caso fora do casamento. Faria sua última tentativa antes de apelar para algo mais radical.
Ela tentou seduzi-lo usando uma lingerie bem sexy. Em algumas noites ele havia dormido no quarto de hóspedes para que ela pudesse consolar Jonas, mas ela achou que já havia cuidado do filho o suficiente e tinha certeza de que ele preferia ver pai e mãe juntos.
Ele estava no quarto de hóspedes ainda dormindo e em poucas horas sairia para o trabalho, Sheila se aproximou e entrou embaixo dos lençóis. Enfiou a mão na calça do pijama dele e começou a masturbá-lo, Robson ficou excitado... Paula adorava despertá-lo assim.
— Hmmm princesa, continue!
Ele quase falou mais do que deveria, se afastou dela e coçou os olhos.
— Sheila?
— Claro, por que ficou tão surpreso?
— Por nada! — Ele se sentou na cama, massageando as têmporas.
— Vai me dizer que está com dor de cabeça? Acabei de te acordar, não entendo o que possa te tirar do clima assim tão cedo!
Ele se sentou na cama.
— Eu já não suporto mais essa situação, tenho que falar ou vou explodir.
— Fala então, Robson, fala de uma vez! — gritou ela, por duas vezes e começou a chorar compulsivamente, mas se arrependeu de dar a ele um ultimato.
— Preciso que fique calma e tenha paciência, apenas isso!
Robson não conseguia mais manter a relação adiante. Para ele, o casamento havia se transformado em convivência entre estranhos sob o mesmo teto. Apesar da tristeza pela situação do filho, ele estava determinado a não deixar que o divórcio afetasse a relação próxima que construíram ao longo dos anos. Decidido a se separar, Robson sentia a necessidade de conceder liberdade à sua esposa, em respeito aos anos de relacionamento compartilhado. No entanto, ele ainda precisava suportar alguns dias antes de comunicar sua decisão a Paula. Planejava abordá-la ainda naquele dia, mas sabia que não poderia ter essa conversa delicada no ambiente da faculdade. Seu pedido seria simples: que ela aguardasse pacientemente até que o divórcio fosse formalizado.
Paula pensou em faltar aula naquele dia para procurar um trabalho, teria muitas aulas de Robson e não queria sair prejudicada, além de também deixar bem claro para ele que não estava fugindo de um encontro e que após o horário das aulas, eles teriam a breve apresentação de um banner onde iriam expor parte do projeto que desenvolveram em Gramado.
Decidiu usar o telefone fixo de sua casa para ligar para o celular dele para avisar que chegaria apenas mais tarde no horário da apresentação, obviamente temia que Sheila a atendesse e estrategicamente esperou que a pessoa do outro lado se identificasse antes dela.
Depois daquela discussão, Robson deixou Sheila com seus próprios pensamentos sentado naquela cama e frustrada por não ter conseguido nada com ele. O celular dele começou a tocar, ela prontamente o pegou e verificou que o número não estava arquivado entre seus contatos.
— Alô!
Do outro lado da linha, Paula ficou paralisada e preferiu desligar. Sheila apagou a notificação daquela chamada e saiu do quarto furiosa.
Paula
Ela está com ele, para ter atendido uma ligação assim tão cedo é porque permanecem dormindo juntos. Não devia ter telefonado, mesmo para comunicar sobre as minhas faltas... eu fui estúpida, estou enganando unicamente a mim, só queria ouvir a voz dele.
Abri o notebook e mandei uma mensagem para Tamara confirmando que eu não ia para a faculdade à tarde, pouco me importa quantas faltas eu terei na disciplina dele esse semestre, sinceramente não queria mais fazer essa d***a de apresentação ao lado dele.
Preciso canalizar todas as minhas energias para encontrar um trabalho antes que nos despejem daqui e não tenhamos para onde levar nossas coisas.
"Não te aconselho a ficar faltando as aulas dessa disciplina, se o que me disse é verdade e Robson está reconciliado com a mulher, voltará a ser apenas o seu professor e você precisará de notas como antes."
"Eu sei disso, estou pronta para aceitar essa realidade, mas preciso de um trabalho, meu pai está dormindo e sei que vai continuar assim até pelo menos ao meio-dia, já se acostumou a viver assim como um parasita."
"Você está certa, vá atrás do seu trabalho e se houver algo importante eu te ajudarei a repor, ele perguntou por você ontem e acho estar com medo de que o abandone sozinho em plena apresentação."
"Robson sabe meu endereço, não quero mais falar dele por enquanto. Vou sair pela manhã, vou até uma Lan house fazer um currículo... Depois ao shopping e a tarde irei ao centro! Só volto para casa com uma esperança e só então vou apresentar esse trabalho!"
"Boa sorte amiga."
Após falar com Tamara, deixei um bolo pronto sobre a mesa da cozinha para o meu pai e um bilhete dizendo que eu estava saindo e que esperava que ele fizesse o mesmo e procurasse um trabalho para nos tirar dessa situação terrível.
Cheguei a uma lan house, fui atendida e fiz o meu currículo, já sai espalhando por algumas lojas do Shopping. Fiquei animada ao ver que ainda tinham algumas vagas para vendedoras, todas elas em períodos inviáveis para que eu possa conciliar com a faculdade. Não quero pensar nisso, deixar todo o meu esforço e trancar o meu curso será a última opção e eu não quero considerar.
[...]
Depois que Robson saiu para o trabalho e Sheila havia mandado Jonas para a escola na van, Laura chegou na companhia de um sobrinho. O jovem era um verdadeiro especialista em eletrônicos e em invadir sistemas, já até havia pago o serviço comunitário como penalização por invadir as contas da empresa e o sócio de seu pai o havia denunciado por isso.
— Por favor, entrem!
Ele deu uma boa olhada para Sheila.
— Esse é meu sobrinho Yuri.
— Muito prazer, sou Sheila.
— O prazer é meu, senhora.
Sheila os deixou bem à vontade, falaram sobre o clima e depois de Eduardo e Robson, mas em seguida tocaram no assunto que motivou sua ida. Ela buscou o celular e entregou para o rapaz, ele passou um tempo mexendo enquanto elas aguardavam e tentavam não tocar no nome de Paula.
— Uau! — exclamou ele, trazendo de volta a atenção das duas.
— Conseguiu desbloquear? — Perguntou Sheila se sentando ao lado dele e tentando olhar.
— Não sei quem é ela, mas é uma tremenda gata!
Ela ficou arrasada ao ver aquela foto íntima, a garota estava nua em frente ao espelho. Tinha certeza de que havia sido seu marido a tirar aquela fotografia durante a viagem e não havia como refutar aquela prova. Sheila começou a chorar desesperadamente com aquele celular nas mãos e entregou para Laura.
— Yuri, preciso que vá agora e me deixe conversando com Sheila.
Mesmo sofrendo daquela forma, Sheila pagou a ele o combinado e o jovem foi embora, não tinha mais o que fazer ali, ouvindo uma mulher traída se lamentar.
Laura buscou um copo com água para a amiga.
— Sempre soube que essa garota era uma completa v***a. Se é capaz de se expor dessa forma, imagina só o que deve fazer para conseguir o que quer. Por favor, não chore mais, Sheila e o que deve fazer agora é lutar para manter o seu casamento longe dessa devassa!
— Robson está cego por ela, completamente obcecado, já não temos mais i********e desde que ele voltou e hoje mais cedo eu tenho certeza de que ele iria terminar tudo comigo e só não fez isso porque meu pai morreu recentemente.
— Olhe para mim, está mesmo disposta a tirar essa mulher definitivamente da sua vida?
— Claro, Laura, eu faria qualquer coisa!
— Então, compartilhe essa foto.
Por um momento, ela permaneceu em silêncio apenas olhando para aquela imagem, a dor e a humilhação gritava em seu ouvido para que ela fizesse isso. Se comparava com a beleza daquela moça de corpo tão perfeito, s***s empinados e cada traço de juventude causava a ela uma revolta sem igual.
— Robson descobrirá que fui eu, mas sinceramente não me importo mais, Laura... Assim que virem essa foto, também poderão descobrir que eles estavam juntos e não tenho pena de nenhum deles. A vontade que eu tenho de ferrar com a vida dessa desgraçada é muito maior do que qualquer outro tipo de sentimento, mas acha que podemos confiar em seu sobrinho?
— Não se preocupe, Sheila, Yuri já se meteu em problemas demais para querer mais um.
Em questão de minutos, elas compartilharam a foto em diversas redes sociais para pessoas conhecidas, aquele ainda não havia sido cadastrado como um número de w******p e não possuía imagem de perfil. Antes de ir embora, Laura olhou para Sheila, tinha que trabalhar no período da tarde e m*l podia esperar para que o escândalo naquela faculdade começasse a acontecer.
— Esse é o nosso segredo.
— É claro, Laura, não se preocupe, eu ficarei em silêncio e negarei até a morte quando ele me confrontar.
No período da tarde, Paula foi até o centro e distribuiu mais alguns currículos. Olhou para seu relógio de pulso e sabia que naquele momento a aula do professor Robson já teria começado.
Não muito longe dali...
Robson ficou preocupado mais uma vez por não vê-la na sala de aula, tentou se concentrar em sua aula, que respirou o horário do intervalo para acordar Tamara e exigir uma explicação.
— Dessa vez, não aceito que me diga que ela teve uma indisposição, seja sincera, Tamara... Paula está tendo problemas com o pai ou está tentando me evitar?
— Perdoe-me, professor, não quero me envolver e eu já disse isso antes.
— Sei que você gosta muito dela, sempre as vejo juntas o tempo inteiro, caminhando e sorrindo por essa faculdade. Se realmente se importa com ela e com o que sente, conte-me a verdade!
— Sim, Robson, ela está tendo problemas com o pai. Não veio para a aula de hoje porque está à procura de um trabalho com urgência para quitar uma dívida.
— Por que ela não me procurou?
— Ela se sente muito envergonhada com essa situação, também não sabia como o senhor poderia reagir a isso.
— Não se preocupe, darei um jeito em toda essa situação. Temos a apresentação do projeto, ela já deveria estar aqui para nos organizarmos!
— Ela vai estar, professor, Paula jamais deixaria de cumprir com essa obrigação.
Todos estavam sendo encaminhados para o auditório no final daquela aula, Tamara e Robson olhavam para os lados procurando por ela até que a viram passar entre as fileiras lotadas de expectadores daquela apresentação.
Laura também já estava lá ao lado de seu pai, o reitor Orestes, seu marido Eduardo e ela já sabia que a foto deveria estar espalhada por todos aqueles celulares na plateia.
Aquela foto havia sido a grande oportunidade para expulsar aquela garota de uma vez por todas da Universidade.
— m*l posso esperar por essa apresentação, tenho certeza de que será inesquecível!
A frase dela chamou a atenção dos dois, sabiam que a conduta da aluna não era muito apreciada por Laura.
Paula tentou de todas as formas chegar um pouco mais cedo, mas não conseguiu. Não estava receosa quanto à apresentação que precisava realizar, todas as experiências maravilhosas com as crianças estavam vividamente registradas em sua mente, prontas para serem compartilhadas durante horas, se necessário.
Ela teve que gastar o pouco dinheiro que tinha para pegar um Uber e chegou já em cima da hora. Não entendia por que as pessoas no auditório a olhavam e sorriam com os celulares nas mãos. Parecia que um simples atraso tinha se tornado motivo de tanto interesse e isso a estava constrangendo.
Tamara estava com o professor, ela estava olhando para a tela do celular e depois olhou para Paula com uma expressão muito assustada.
— Por favor, vem comigo, Paula! — Tamara tentou puxar Paula e ela olhou para Robson, ele parecia não entender nada assim como a jovem.