Júlia foi para o seu quarto precisava de um banho, depois de se sentir limpa passou um hidratante, agradeceu por Janice colocar Bella para dormir, o patrão havia saído, o que deixou a mãe dele furiosa.
A preceptora tinha certeza de que ele estava atrás de um r**o de saia.
Decidiu ir até a cozinha e pegar um copo de leite antes que todos se recolhessem.
Voltava com a xícara pelo corredor dos empregados quando deu de cara com Maurice que acabou segurando a moça para que ela não derrubasse o copo.
— Cuidado, não vá se cortar novamente.
A jovem olhou a mão ainda ferida e viu que o olhar dele também pousou em sua palma, Maurice reconheceu, Júlia estava cheirosa, usava um pijama que mostrava perfeitamente a curva dos s***s, os cabelos úmidos pingavam, era uma visão muito agradável fora daquele uniforme.
— Eu vim pegar um copo de leite para não causar transtornos como o daquele dia... Eu tive insônia e leite me ajuda a dormir.
— Um pouco de leite deve fazer bem antes de dormir — Maurice falou com malícia, até mesmo o modo como ela respirava estava mexendo com ele.
— Faz, eu amo tomar leite.
Ela sorriu e ele agradeceu aos céus por ela não ter notado que ele havia passado dos limites.
— Me desculpe por ontem, você pode tomar leite sempre que quiser no que depender de mim.
— Sim senhor.
O olhar dele percorreu o rosto dela e Júlia se afastou, Maurice não saberia dizer de onde viera aquilo.
Mas culpava a preceptora por ser tão presente.
Caminhou a passos largos até a sala onde encontrou Jason, seu amigo mais próximo estava com os ombros caídos e cara de cachorro pidão
— O que foi meu caro? Largaram você aqui, sozinho?
— Precisava estar aqui. É isso!
— Meu caro, ainda está sofrendo pelos cantos do escritório? Brenda casou-se, mas você deveria esquecê-la.
Maurice sabia que Jason e Brenda foram namorados desde a infância, mas a irmã de Maurice acabou se apaixonando por Scotty, um cara que havia conhecido na faculdade.
— Está superado e estou feliz — Jason coçou o algo da cabeça —Falando no casal, quando voltam de lua de mel?
— Em um mês eles estão de volta ao país, você precisa ser forte e seguir em frente.
— Eu serei, mas me diga... Seus pais elogiaram muito a nova preceptora de Bella, disseram que ela é uma pequena beldade.
— Eu... — Maurice lembrou-se do contorno do seio dela por sob a blusa, o cheiro que a pele branca exalava, os cabelos úmidos que molhavam a camiseta — Não reparei.
— Ela está por aí? Gostaria de vê-la.
— Foi dormir, além do que nada de envolvimentos com empregados. Você não vai magoar a preceptora de Bella, só pra fazer ciúmes em Brenda.
— Claro que não, se ela for realmente bonita eu a usaria, mas de outra forma.
Maurice sentiu-se furioso, mas não conseguiria explicar o porquê, Jason não era um cafajeste, sabia que ele não entraria em casa pra conquistar Júlia.
— Júlia...
Ele foi interrompido por um grito, Bella caíra no andar de cima, logo surgiu mancando, Janice apareceu logo atrás:
— Vou fazer um curativo — a avó ajudou a neta a sentar-se no sofá.
— Chame a Júlia quero que ela veja. Chame a Júlia, eu quero a Júlia!
— Sua preceptora está dormindo — Maurice engoliu em seco.
— Por favor, papai.
— Eu vou buscar a Júlia — Janice saiu e ele se aproximou da filha, o ralado no joelho era superficial.
A mãe voltou com a preceptora, os cabelos longos ainda estavam úmidos, quando ela se abaixou pra ver o joelho da menina, ele pode ver um pouco mais da coxa direita dela, a costura do tecido estava encaixada em cada curva do corpo dela.
— Olha ainda bem que foi pouco, eu já tinha te deixado dormindo, Bella.
— Estava esperando o papai, aí decidi pegar a boneca da mamãe...
A sala ficou em silêncio, provavelmente Júlia não sabia daquilo e Maurice não ia contar, a jovem fez o curativo na menina e com a ajuda da avó a levou novamente pra cima.
Desviou o olhar dela enfiada naquele pijama e olhou para Jason, o amigo parecia encantado.
— Jason?
— Ela é linda, sentiu como cheira bem? E o corpo... Maurice você está interessado nela?
— Eu? Claro que não, que pergunta sem cabimento — vociferou.
— Então não ligaria se eu a chamasse para sair, não é? — Jason olhou para o amigo que permaneceu impassível.
— Sendo na folga dela.
— Isso é algo que você pode providenciar, não é?
Júlia desceu e pegou a caixinha de primeiros socorros que tinha ficado no chão da sala.
— Senhorita quando terminar as coisas lá em cima quero falar com você — Jason pediu com delicadeza, a jovem o encarou espantada, mas anuiu.
Maurice fervia e decidiu beber um pouco de conhaque, não era ciúmes o que sentia, tinha certeza, ele estava apenas impressionado com a jovem preceptora e a nada além.
Quando ela desceu Jason a chamou na varanda da sala e ele pode olhar os dois de longe, ela era de estatura mediana, tinha um corpo perfeito que ficava escondido por sob as roupas sóbrias que a mãe lhe fazia usar.
Ela sorriu e Maurice odiou como ela se iluminava ao sorrir para Jason, ela nunca sorrira pra ele, pelo contrário, era ele quem pagava seu salário.
Jason segurou a mão dela e ele teve que se segurar pra não fazer um escândalo.
Júlia observava o patrão a olhando pelo vidro, imaginava que aquilo era uma armadilha para mandá-la embora, porém ela não cairia. Jason era bonito e parecia ser rico, o que veria numa simples preceptora?
Não, aquilo tinha o dedo de Maurice, tinha certeza. E nem disfarçava olhando par dentro pra ver se seu plano estava dando certo. Ela se despediu e Jason fez cara triste, mas disse que ela não sairia da varanda, não sem antes dele dar seu número de telefone.
O cartão era preto e dourado e fazia um trocadilho com o personagem famoso da série da sexta-feira 13.
A jovem passou pelo patrão e foi deitar-se, Jason logo se aproximou.
— Amigo ela é linda e tem um ar tímido que, olha, eu só não tentei beijar ela por não querer assediar ela aqui, mas para onde ela quiser ir, eu a levo.
Maurice queria estar feliz, principalmente pelo fato de o amigo estar interessado em alguém antes que Brenda voltasse da lua de mel, mas ele não conseguia. Em seu corpo só havia ciúmes, ciúmes de uma mulher que acabara de conhecer e com a qual não tinha nada.
Olhou Jason ir embora e foi até a cozinha, não havia nem sinal de Júlia.
Fez o que não fazia faz tempo, caminhou até a ala dos empregados, cada um dos que dormiam na mansão tinham seu próprio quarto.
Bateu à porta e Júlia a abriu, um tanto sonolenta.
— Aconteceu alguma coisa, senhor Donaldson?
— Eu que quero saber...
— Do que fala? — Maurice fez menção de entrar e Júlia abriu passagem.
Ele olhou para o quarto da moça que exalava seu cheiro e depois para ela. Podia ver os m*****s marcando o tecido. Pegou-se imaginando o gosto que ela tinha.
— Eu... Quero saber se a senhorita Júlia gostou de Jason?