.•*¨*•.¸¸♪ Capítulo 13 ♪¸¸.•*¨*•.

1168 Words
.•¨ •.¸¸♪ Aquele do nascimento de Beerin ♪¸¸.•¨ •. Quando um príncipe herdeiro nasce, seu pai costuma celebrar. Magos de todos os reinos são convocados, jantares e bailes são organizados e até mesmo dragões já foram invocados para abençoar a vida do novo príncipe, mas não houve celebração em Asaph quando Beerin veio ao mundo. Na noite mais longa do 369 ano, onde até mesmo o sol se tornou n***o, sendo engolido pela lua, os gritos de Edith podiam ser ouvidos por todo o castelo. Alguns, diziam que as sombras que recobriam o castelo, se tornaram densas e se espalharam até a floresta de esmeralda. Como se a escuridão estivesse prestes a engolir o mundo - caso fosse necessário. A cama de dossel, onde Edith estava, parecia banhada em seu próprio sangue; e por horas as parteiras se preocuparam se aquele não seria o fim da jovem princesa de um dos cinco reinos do leste. Não o bastante ter sido vendida ao rei de Asaph, tinha também sido abandonada no mês em que daria a luz ao seu tão cobiçado herdeiro. Abandonada sozinha, em um castelo caído e com poucos serventes. A princesa merecia mais e todos ali presentes, concordavam com isso, mas também sabiam que ela jamais se tornaria a rainha de Asaph. E então, quando a princesa já não suportava o cansaço, um choro tímido pode ser ouvido. “É um menino!” A parteira exclamou com alegria ao erguer o pequeno pálido em suas mãos. “Um príncipe!” O sábio de Asaph murmurou com felicidade. “O próximo rei!” Outra parteira disse com alegria. Mas para a princesa, com os olhos marejados… aquela criança era apenas fruto de sua dor. “Veja senhora! É um belo menino!” disse a parteira aproximando a criança de sua mãe. As mãos trêmulas da princesa nem mesmo se moveram e com desgosto ela forçou um sorriso, mas mesmo aquele mísero segundo de paz e calmaria se foi, quando o sábio esbravejou “O que diabos é isso?? Vejam os olhos da criança!!” O pequeno, que ainda chorava baixinho nos braços da parteira, aos poucos deixou que seus olhos se abrissem, mas o mundo que deveria ser belo e acolhê-lo como seu futuro rei, o temeu, assim que seus olhos bicolores foram notados. Um de seus olhos era vermelho como um rubi, mas o outro, lembrava o céu crepuscular em um lindo tom violeta. “O príncipe foi amaldiçoado?” Uma voz escandalosa questionou. “Pela Deusa! Não diga isso!” “Mas como pode seus olhos serem assim?” “É certamente uma maldição!” “São duas almas em um corpo! O príncipe é uma aberração!” A princesa estremeceu ao som da palavra aberração. Não era amor o que ela sentia por aquela criança, nem mesmo o afeto materno que pensou ter em seus sonhos mais juvenis, mas de forma alguma, ela havia desejado tal destino a um ser tão inocente. “Certamente será c***l!” “Um monstro!” Infelizmente para o jovem príncipe, sua mãe desmaiou antes de conseguir ao menos tentar defendê-lo e Asaph que deveria comemorar o nascimento de seu rei, o jogaram em um quarto escuro. Existem aqueles que desconhecem a forma como ele sobreviveu tantos dias sem se alimentar. O rei, irritado com o barulho que tomou seu castelo e o falatório sobre a maldita criança, esperou três meses antes de mandar que trouxesse o menino até ele. Aquela foi apenas uma das atitudes planejadas do rei egoísta e fútil. “Espero que essa criança esteja morta quando as portas se abrirem”, mas para a tristeza de sua majestade o rei, a criança ainda vivia quando as portas foram abertas. “Não quero ver essa aberração” foi o que o rei disse quando os sacerdotes perguntaram sobre a criança. “Então o que devemos fazer, senhor?” “Se os olhos são amaldiçoados… arranque-os” ele rosnou com crueldade e mesmo que a sugestão trouxesse arrepios a eles, não se podia negar o desejo ou as ordens de um rei. Então o jovem príncipe, que tinha apenas 3 meses de vida, foi friamente torturado, mas mesmo com seus olhos arrancados, mesmo com sua pele queimada, mesmo com experimentos sendo feitos pelos alquimistas de Asaph, o pequeno príncipe sobreviveu. Seu corpo que parecia de início um pouco fraco, na verdade era mais resistente do que o imaginado. “Ele já morreu?” O rei resmungou. “Nã-Não senhor, ele… ainda sobrevive” um empregado respondeu. “Então saia daqui!” “M-mas senhor…” um dos alquimistas insistiu “não deveria dar a ele um nome? Em breve a criança fará 3 anos…” Os olhos carmim do rei de Asaph queimaram como chamas recém acendidas, antes que ele pudesse responder. Sua voz fria como a morte. “E por que, eu deveria nomear aquela aberração?” Naquele momento, um silêncio mortal tomou o quarto onde o rei estava deitado. O corpo machucado e desmaiado da princesa Edith, jogado aos seus pés como um animal maltratado, os cabelos negros como os da criança a quem ela deu a luz, estavam queimados e já não possuíam o brilho original. “Por-por que… dizem que a criança possui magia, majestade” o alquimista murmurou, só então, recebendo a atenção de seu rei. “E?” “E-ele pode ser o portador da fênix…” um sábio murmurou, e como um chicote, a língua do imperador estalou “besteira! Aquele bastardo jamais seria o portador da fênix”. Para o rei, orgulhoso e narcisista, era imprescindível que aquela criança herdasse um poder como aquele, quando até ele - o rei mais poderoso que Asaph já havia tido -, não foi capaz de comportar o poder da fênix. “Ma-majestade…, majestade… o garoto sobreviveu a 3 anos e até mesmo quando seus olhos foram arrancados, eles… cresceram de novo. Não existe outra explicação" o sábio murmurou. “Basta!” O rei rosnou estalando um chicote de fogo aos pés do sábio. “Se é um nome que quer para o bastardo, então o chame de Beerin! Um nome medíocre para um ser medíocre!” ✶✶✶ .•*¨*•.¸¸♪ Sumário♪¸¸.•*¨*•. Heterochromia: Heterocromia ou heterocromia ocular causado por um fator genético no qual o indivíduo, humano ou animal, possui um olho de cada cor, ou um mesmo olho com duas cores distintas. Asaph: reino localizado no continente n***o do sul. Governado por Abellio – Rei regente. Reino de onde Beerin é o príncipe herdeiro. Fênix: uma criatura fabulosa, única de sua espécie. Suas chamas douradas eram capazes de curar toda e qualquer enfermidade. A lágrima da fênix era capaz de tornar imortal aquele que a bebe e suas penas são consideradas como itens maravilhosos, capazes de potencializar feitiços e poções.
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