.•*¨*•.¸¸♪ Capítulo 38 ♪¸¸.•*¨*•.

1516 Words
.•*¨*•.¸¸♪ Aquele onde Beerin descobre o acervo de Sírius ♪¸¸.•*¨*•. Duas semanas, duas semanas haviam sido o preço que Beerin havia pago, não somente para Kendra, como para a magia existente em seu sangue. Duas longas semanas onde Renriel havia sido atormentada pela possibilidade de perde-lo sem ao menos conseguir lutar; um preço que ele nem ao menos havia podido discutir, barganhar. As coisas aparentemente funcionavam assim para aqueles inexperientes que se deixavam levar por seus próprios sentimentos e Beerin nunca havia sentido tanta vergonha em sua vida, como sentiu quando Mark sentou ao seu lado e o explicou com um semblante que misturava felicidade, empatia e preocupação a uma nítida irritação. Ele entendia o lado do imediato, não era infantil o suficiente para não o entender. Mesmo que Mark fosse compreensivo com o príncipe sobre seus princípios e seus motivos para o que havia feito, para o imediato o que mais pesava no fim do dia, era o quanto a sua criança havia sofrido; e não havia nada mais nítido do que o peso daquelas duas semanas sobre a capitã. Sua perda de peso era significativa e pelo que havia escutado de Cameron – a contra gosto de Renriel –, ela m*l havia comido, sendo necessário que insistissem muito e até mesmo que Mark praticamente a forçasse para que não desmaiasse de fome. Em 90% do tempo ela bebia como se esperasse que a bebida a desse o descanso que seu corpo se recusava a aceitar; para todos era como se ela velasse o corpo do príncipe, como se estivesse com medo demais que ele parasse de respirar para se permitir dormir. Apenas ao pensar em todo esse tormento, o peito de Beerin se enchia de tristeza e melancolia. Suas atitudes haviam sido impensadas e por isso, ele havia feito exatamente o que Cameron disse que faria: atrapalhado Andrea e Renriel. “A magia descende de muito antes da criação do nosso mundo” Mark o contava “então existem cuidados a se tomar quando se decide usufruir do que ela pode te oferecer” “Como o preço” Beerin murmurou e Mark o presenteou com um pequeno sorriso. “Sim, como o preço. Cada magia possuí um preço, cada vertente exige do seu usurário um tipo diferente de esforço e no fim... quanto mais poderosa for a magia, maior será o sacrifício a se fazer em troca. É como os princípios da alquimia, uma troca equivalente” Beerin assentiu e Mark continuou. “Para você, é um pouco mais ameno, já que em seu sangue você carrega a linhagem da fênix e o espirito de uma parece ter escolhido se ligar a sua alma” o loiro parou e com os olhos fixos em Beerin disse de forma lenta e calma “mas isso não te faz invencível. Mesmo que possua a fênix, ainda está vulnerável pela falta de experiência, conhecimento e habilidade” O príncipe assentiu, sentindo seu rosto queimar de vergonha. “Como posso... mudar isso?” Perguntou sem coragem de olhar Mark nos olhos, mas o imediato riu baixo como se falasse apenas com uma criança que estava aprendendo a engatinhar. “Livros, meu caro” ele disse sem rodeios, acostumado aquela situação e se recordando do quanto era comum que Andrea e Lucien fizessem a ele perguntas tão bobas quanto aquela. “Experiência vem com o tempo, habilidade depende exclusivamente de você e de seus talentos naturais e por fim... conhecimento de sua vontade. Leia tudo quanto puder, desfrute do conhecimento que a fênix em si pode te dar e quando pensar que já sabe tudo que existe para saber, continue procurando pois está redondamente enganado. Aquele que pensa saber tudo é certamente o único que não sabe de nada” O príncipe assentiu como uma criança que tomava notas de seu professor favorito em uma sala de aula. Com a ajuda do imediato, Beerin descobriu que havia escondida na cabine da capitã uma outra porta que se encontrava atrás de um grande mapa onde os pequenos desenhos dos navios pareciam feitos de ouro. Lá, havia um grande salão com escadas e mais escadas, prateleiras por todos os lados em uma espiral que parecia não ter fim, onde inúmeros pergaminhos, livros e documentos que muitos reinos pensavam estarem perdidos ao mar, afundados junto a embarcações que haviam sumido durante toda a história da criação do mundo, se encontravam. “Esse é o acervo de Sírius” Mark disse com certo orgulho e um brilho que Beerin ainda não havia visto, escondido em seu olhar “Lucien... o antigo capitão, dizia que esse lugar era um dos caprichos de Sírius” Beerin que não havia visto em toda a sua vida um lugar tão grande e que se questionava como uma biblioteca que parecia infinita – poderia existir dentro de um navio. Como se lesse sua mente, Mark riu se sentando em uma poltrona vermelha a frente de uma pequena lareira escondida embaixo da escada a direita “não fique tão surpreso, estamos em Sírius no fim das contas e não existe nada que o navio lendário que é capaz de velejar até mesmo pelo mar n***o, não posso realizar”. Os olhos de Beerin deslizaram pelo lugar uma vez mais e ele se viu encantado com tudo aquilo tanto quanto se encantou ao deparar-se com as velas de céu estrelado de Sírius, quando as viu pela primeira vez. Naquele momento o seu passado parecia tão distante quanto aquela noite havia sido, naquele momento Beerin quase se permitiu esquecer que havia sido um príncipe em Asaph, que possuía uma noiva destinada a casar-se com ele o esperando até o fim da próxima estação. “Por onde devo começar?” Ele se ouviu dizendo com uma felicidade que nunca o havia assolado em Asaph. Mark que estava ainda sentado e agora colocava seus pés para cima sobre um banquinho de mesma cor e estofado da cadeira, estalou os dedos no ar e então pediu “História da magia e a criação do universo” De uma nebulosa flutuando nove livros flutuaram em direção ao imediato e Mark olhando para Beerin sorriu abertamente enquanto via os olhos bicolores do garoto brilharem como os de uma criança que acabará de ver um belo truque de mágica. “Por esses, meu caro príncipe” ✶✶✶ .•*¨*•.¸¸♪ Sumário♪¸¸.•*¨*•. Asaph: reino localizado no continente n***o do sul. Governado por Abellio – Rei regente. 9 mares: Os oceanos são divididos em 9 territórios. Cada um deles tem seu próprio habitat e é conhecido por suas criaturas e mudanças. Sírius: Um navio pirata lendário – criado pela bruxa, que possuí o céu estrelado em suas velas. Atualmente seu capitão é: Renriel Callan e seus desejos e sentimentos alteram a forma como Sírius age. Ele reage como uma extensão de seu coração, sendo capaz de proteger e atacar aqueles que ela considera como aliados e inimigos. Fênix: uma criatura fabulosa, única de sua espécie. Suas chamas douradas eram capazes de curar toda e qualquer enfermidade. A lágrima da fênix era capaz de tornar imortal aquele que a bebe e suas penas são consideradas como itens maravilhosos, capazes de potencializar feitiços e poções. Kendra: Nome antigo vindo do Élfico Antigo. Significa nascida do fogo e era dado a elementais do fogo com a força de uma divindade. Em toda a história do mundo, esse nome foi usado por apenas 3 elementais em toda a existência e um deles é Kendra Angelov, a fênix que possuí a alma ligada a de Beerin Amarilis Angelov. Magia: a magia é uma força existente no mundo. Ela funciona como uma troca equivalente entre habilidades, força, energia e sacrifícios. Cada tipo de magia funciona de uma forma determinada e cada tipo de contrato mágico ou ligação requer um preço para ser utilizado. O preço é equivalente ao que se deseja realizar. Para lavar uma louça usando magia, se usa uma pequena porcentagem de magia, mas para teletransportar um grupo de aventureiros ou até mesmo um batalhão o mago deve ser experiente ou se cansará o suficiente para que seu corpo entre em exaustão. Mar n***o: um dentre os 9 mares, o mais temido entre eles e aquele onde diversos navioz desapareceram. Não houve um único navio - exceto Sírius -, que conseguiu cruzar o mar n***o ou até mesmo retornar após adentra-lo por completo. Dizem as lendas que o mar n***o é o habitat das piores criaturas e das bruxas mais cruéis. Lá é o foço do mundo e onde os traidores eram forçados por seus capitães a navegar com um bote e então se afogar. (Nas águas do mar n***o é impossível de se nadar, seus membros parecem congelados assim que tocam a água n***a e profunda que suga suas vítimas para baixo como se nelas amarrasse correntes ligadas a âncoras pesadas).
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