.•*¨*•.¸¸♪ Capítulo 59 ♪¸¸.•*¨*•.

1695 Words
•*¨*•. ¸¸♪ Aquele onde se envenenar pode não ser tão r**m ♪¸¸.•*¨*•. Seus olhos piscaram algumas vezes enquanto ele tentava discernir se estava realmente ouvindo aquelas palavras. Aquilo não era o álcool fazendo efeito, era? Não, isso não faria sentido se fosse. Drogas deveriam alucinar sua mente, não o álcool. “Mas por que a curiosidade sobre bebida?” Renriel o questionou como se o que disse anteriormente não fosse nada. “Eu...” ele se viu sem palavras e suspirou virando a taça de vinho. Nem mesmo ele sabia exatamente o porque de ter pedido para que ela bebesse com ele. Não. Na verdade, ele sabia. Ele queria ficar mais próximo dela, queria um tempo com aquela mulher que se esforçava tanto para se manter longe. “Quer a resposta sincera ou a mentira agradável?” Ela sorriu apoiando o braço no encosto do sofá e sentando-se de lado. “A resposta sincera” “É só uma desculpa para te convencer a passar tempo comigo” admitiu “mas acho que não fui tão bem” disse enquanto preenchia a taça de vinho outra vez. “Por causa do rum?” Ela perguntou virando novamente o conteúdo do copo e Beerin só conseguia se questionar se para ela não queimava quando descia por sua garganta “já esperava que não gostasse, não se cobre tanto” “O que mais esperava de mim, capitã?” Questionou com um sorriso de canto e um tom provocativo. Ela bufou. “Está tentando me seduzir?” “Depende” a taça girou levemente em sua mão e Beerin se inclinou na direção dela “está funcionando?” Ele tinha que admitir, estava mais cara de p*u que o comum e talvez pudesse culpar o álcool por isso. Talvez um pouco de veneno não fosse tão r**m no fim das contas, ao menos algumas vezes. “Acho que seu limite para bebida é meio baixo” ela desconversou e Beerin fez bico. “Você precisa me evitar assim?” Renriel sorriu. “Eu não flerto com pessoas bêbadas, docinho” “Aparentemente, nunca flerta comigo” murmurou “o que foi? Eu era mais interessante quando tinha memórias?” A capitã o fitou tentando segurar o riso. “Está com ciúmes de si mesmo?” Ciúmes? Era isso que ele estava sentindo? O rosto de Beerin se tornou levemente vermelho. Em partes pelo álcool, em partes pela descoberta. “E se eu estiver?” resmungou “você não parece se importar” Renriel suspirou e colocando o copo de rum sobre a mesa, inclinou-se na direção do príncipe segurando seu queixo com uma das mãos e o fazendo fita-la. “Acha que eu não me importo?” Perguntou e seus olhos pareciam brilhar com diversão. O ar de Beerin pareceu suspenso enquanto ele a via aproximar o rosto do seu. “Acho” respondeu sentindo algo borbulhar em seu estômago. A capitã sorriu. “Quando estiver sóbrio, eu te mostro o contrário” sussurrou com os lábios próximos aos dele. Beerin inclinou-se para beija-la, mas ela desviou com os lábios curvados para cima. Ela era c***l. O príncipe bufou com frustação e virou a terceira taça de vinho sem pensar duas vezes. “Você é realmente uma pessoa c***l” falou desviando o olhar para longe de Renriel. Ele estava chateado demais por ela evita-lo daquela forma. “Deveria tomar cuidado” Renriel disse segurando o riso “você fica sincero demais quando bebe” “Talvez o meu novo eu, seja sincero demais” resmungou. “Bom, você realmente é bem mais direto” admitiu. “E sente falta de quando eu não era?” “Talvez...” suspirou “era fofo te ver atrapalhado com suas próprias palavras” Beerin negou com a cabeça enquanto tentava alcançar a garrafa de vinho, mas para sua surpresa, agora parecia haver duas dela. Ele tentou alcança-la, mas seu braço parecia curto demais e o seu corpo difícil de se mover. O que estava acontecendo? Ele estava bêbado? Não. Era impossível que estivesse bêbado após três taças de vinho. “Acho que fui... drogado” resmungou e Renriel ergueu uma sobrancelha. “Drogado?” “Está... difícil de mover” Ela engasgou com o riso e Beerin não entendeu. O que havia de tão engraçado naquilo? Ele era um príncipe, poderiam estar tentando droga-lo e mata-lo. “Está tudo ficando embaçado?” Ela perguntou. “Sim” grunhiu “minha língua parece... pesada” resmungou sentindo que se demorasse mais, sua língua não se moveria. “Você é realmente fraco para bebidas” Renriel zombou “venha, melhor que descanse” ela falou, ou ao menos foi o que Beerin pareceu ouvir antes que seus olhos começassem a pesar e seus sentidos se desfizessem. Então eram flashs. Ele tentava pegar a garrafa e resmungava enquanto Renriel ria e falava algo que ele não conseguia entender. Ele sentiu seu corpo ser largado em algo fofo e confortável e então seu corpo aqueceu e tudo se desfez em um sono profundo. Sua cabeça parecia que ia explodir quando despertou. Tudo era claro demais, alto demais e Beerin grunhiu afundando a cara no travesseiro enquanto implorava para Kendra resolver, mas tudo que recebeu como resposta foi um – não. Aparentemente a fênix era contra envenenar o seu próprio corpo com coisas como álcool e drogas e não o ajudaria caso o fizesse. Naquele momento, Beerin se arrependeu levemente do que havia feito, mas o perfume que estava impregnado no travesseiro com o qual tentava se sufocar o fez erguer o olhar para onde estava. Não era o sofá ou a parte principal da cabine de Renriel. Beerin estava no quarto, na cama da capitã. Seus olhos se arregalaram. O que havia acontecido? “Eu não flerto com pessoas bêbadas, docinho” ela havia dito, então... nada, certo? Renriel não dormiria com alguém que estava bêbado após falar isso. Ele suspirou, não exatamente por estar aliviado, mas porque se houvesse acontecido, ele queria se lembrar. Mas por que ele estava em sua cama? Os olhos do príncipe vaguearam pelo lugar, procurando qualquer sinal de Renriel, mas no fim, não encontrou nada. A cama estava desarrumada, havia livros espalhados pelo quarto e roupas jogadas em uma poltrona. Um grito vindo do convés fez a cabeça de Beerin zumbir e ele afundou na cama outra vez. O que caralhos estava acontecendo? O TREINO! Seus olhos se tornaram arregalados quando pulou para fora da cama. “Lucien vai me matar” resmungou para si mesmo enquanto procurava suas botas, mas antes que pudesse sair as pressas do quarto da capitã, um Lucien de braços cruzados sobre o peito e um rosto indecifrável, surgiu a sua frente. “A noite foi boa?” Perguntou e Beerin se questionou sobre qual seria a melhor resposta, ou ao menos a que o deixaria vivo naquele dia. “Eu...” ele engoliu em seco. “Espero que tenha sido” o ruivo continuou “porque se não, talvez não valha a pena passar pelo que eu te farei passar” “Anusha...” a voz de Markel veio da porta da cabine e Beerin agradeceu aos deuses por Markel existir. “Não seja tão c***l com ele” “Estou esperando a 4 horas!” Lucien reclamou “4 horas que eu poderia estar com você!” Markel riu. “Eu estava com você, anusha” “Isso não vem ao caso” resmungou. “O que diabos vocês estão gritando” a voz de Renriel fez o coração de Beerin errar uma batida “ah... você acordou” ela disse entrando na cabine e se deparando com a cena. A camisa de Beerin estava completamente aberta, assim como seus cabelos completamente desgrenhados, suas botas ainda semi-calçadas e Lucien parecia uma mãe irritada sendo acalmada pelo marido. “Ele se atrasou 4 horas para o treino” Lucien respondeu “e eu cansei de esperar e descobri que ele estava dormindo na sua cama” “E eu... vou ser punido por isso” Beerin completou. Mark bufou um riso baixo e Renriel suspirou com uma mão no quadril. “Ele apenas bebeu demais na noite passada” disse se aproximando de Beerin “melhor tomar um banho, comer algo e tomar a poção que deixei ao lado da cama, ou não vai aguentar 3 min com o Lucien” “Que não aguente!” Lucien disparou “vou faze-lo ir ao inferno e voltar” Renriel sorriu “claro que vai, mas agora vai esperar ele parecer um ser humano descente” O ruivo bufou a contra gosto e com Mark o puxando de canto com uma voz dócil, foi levado para fora da cabine. Beerin soube naquele momento que ele estava completamente fodido. A capitã o fitou fixamente, analisando o estado em que ele havia acordado. “Três taças” ela disse com os lábios arqueando-se em um sorriso m*****o “só três taças?” Beerin sentiu seu rosto esquentar. “Foi minha primeira vez bebendo” “Claro” zombou “está muito zonzo?” “Não” mentiu, mas ela obviamente não acreditou e abriu a porta do banheiro. “Vá, um banho vai ajudar. Vou pedir para prepararem algo para você, mas logo adianto, o melhor remédio para ressaca é água” Beerin assentiu, mas mover sua cabeça era doloroso, então apenas adiantou-se em direção ao banheiro. Ele ouviu a porta da cabine ser fechada assim que entrou no banheiro e suspirou tirando suas roupas e se jogando na banheira com água morna e sais de banho. Kendra podia até não o ajudar a se sentir melhor, mas Sírius o faria por ela. Beerin mergulhou na banheira, a água morna o envolveu como em um abraço e ele pode sentir o cansaço e a exaustão que permanecia em seu corpo se esvair antes que ele voltasse a emergir. Ele suspirou apoiando os braços nas laterais da banheira. Ele queria se lembrar de mais sobre aquela noite. ✶✶✶
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