Princesa Do Mar

.•*¨*•.¸¸♪ Capítulo 63 ♪¸¸.•*¨*•.

•*¨*•. ¸¸♪ Aquele onde capitães guardam rancor e o príncipe é resistente a pimenta ♪¸¸.•*¨*•.

Existiam lendas e canções, muitas delas quase perdidas no tempo e esquecidas por todos que não navegassem pelos nove mares.

Nessas canções se falava de sereias, bruxas do mar e sobre incríveis capitães e lendas de amor e traição. Entre essas lendas e histórias, se escondiam muito mais; como tesouros, objetos amaldiçoados e também, navios lendários.

Não havia um único pirata que não desejasse estar a bordo de um dos navios lendários, navios como o pérola n***a, madame Sophie, rainha Eilidh.

Navios capazes de vencer até mesmo krakens e inúmeros confrontos em auto mar. Mas nenhum desses navios se igualava em força, poder ou beleza a chave dos 12, Sírius.

A estrela mais amada de bruxa.

Poucos capitães sabiam de sua história, menos ainda acreditavam que aquele navio era real, mas isso nunca fez com que nenhum deles desejasse menos se tornar o proprietário de Sírius, aquele que compartilha sua alma com a morte, com a estrela da bruxa, com o amante do mar.

Sírius era uma lenda e todos estavam felizes por apenas assim ser, ao menos até ela surgir, uma garotinha de cabelos ruivos que não parecia ter mais de 16 anos e com ossos frágeis demais para sobreviver a uma queda. Ainda assim, era a ela que Sirius obedecia, aquela que o coração e a alma era a chave para o despertar dos 12.

"Você tem certeza?" A voz do imediato fez o rosto de Anrem se contorcer em uma espécie de sorriso.

"Acha mesmo que eu me esqueceria de Sírius?"

Aquela era uma pergunta i****a.

"Ainda assim" o homem de meia idade tentou argumentar, mas para o jovem Anrem que só tinha em seu coração o desejo pela vingança, ouvir suas palavras era o mesmo que pedir para fracassar outra vez.

"Ela matou meu pai" ele rosnou "acha mesmo que vou deixar que tenha toda a glória e poder que deseja? Eu vou destruí-la, vou transformar seu nome em um insulto e tornar Sírius meu. Capturar o príncipe é apenas o começo, então fique atento" ele voltou seus olhos para a sua tripulação.

A mesma tripulação que serviu ao seu pai, com excessão de poucos novos rostos que ele mesmo capturou.

"Se falharem, eu mato vocês".

Não era preciso que ele enfatizasse para que todos soubessem que aquilo era verdade. Anrem não fazia ameaças vazias, mas sua obsessão certamente o levaria a desgraça - e isso era o que o seu imediato acreditava.

Assim como foi ordenado por seu capitão, eles fizeram. Infundiram-se a ilha e exploraram enquanto se dividiam para seguir aqueles que realmente importavam na tripulação.

- precisamos de um refém, para que não haja uma forma de se perder essa batalha. Anrem tinha dito e ao menos nisso, todos os piratas concordavam com ele.

Eles não sabiam o plano exato de seu capitão, mas a idéia de que ele entraria em confronto com a capitã de Sírius, era o suficiente para temerem e sentirem seus p****s prestes a explodir.

✶✶✶

Quando saiu de Sírius, Beerin viu o navio pouco a pouco se camuflando no ar e Cam explicou que tudo aquilo era novo; afinal Renriel não havia se conectado totalmente a Sírius anteriormente e até então era impossível para ela fazer o mesmo que Lucien quando capitão.

Parte do príncipe se surpreendeu e parte ficou melancólico pelo galeão que agora parecia apenas um navio comum.

"Vamos" Cameron disse com um braço em volta de seus ombros "tem muito pra se ver em Águas Serenas"

E realmente tinha.

Os olhos de Beerin brilharam com excitação e surpresa quando adentraram as vielas e ruas da ilha, a música agora era tão eloquente e agitada que ele lembrava das noites de bebedeiras dos marujos e os sorrisos nos rostos das garotas que dançavam, eram genuínos.

Violinos, liras, tambores e alaúdes, todos tocando a mesma sinfonia e todos tornando aquele lugar mais e mais bonito. Entre toda aquela música e felicidade se encontrava inúmeras barrancas coloridas, muitas feitas de lona e outras de diversos tecidos.

Lá havia tudo, comidas, bebidas, armamentos e jóias. Ele viu vestidos sendo expostos em uma linda tendinha dourada e muitas jóias brilhantes e delicadas em uma tenda esverdeada que parecia ser feita com vários tecidos diferentes.

Havia jóias feéricas, jóias carregadas de magia n***a e jóias que pareciam bonitas demais para serem reais.

"Venham, venham! Aproximem-se!" Uma voz masculina dizia "Não se acanhem! Experimentem o nosso tempero! São pratos preparados com a mesma maestria que aqueles que são servidos ao imperador de Imeril Carmesim"

Beerin sentiu seu peito formigar de empolgação, ele queria provar e Cam que estava ainda com o braço em seu ombro, bufou.

"Quer tentar? Não me culpe se a comida for picante demais"

Os olhos bicolores de Beerin brilharam.

"Não vou culpar" era praticamente uma promessa e o assassino que notou isso, soltou uma risada baixa.

"Está bem... vamos"

Tendo o aval de Cameron, Beerin se aproximou a barraca que entre todas as outras, parecia pequena e comum. Ela era feita de tecidos claros e suaves, praticamente transparentes, e exposto sobre as mesinhas havia alguns pratos.

cubos rosados que pareciam cobertos de açúcar, uma massa cheia de bolhinhas que parecia ter sido frita em um formato triangular, um pão branco acompanhado de diversas pastas coloridas e folhas que pareciam formar uma salada colorida e apetitosa.

Os clientes que se sentavam de forma confortável ao chão - em almofadas de brocado prateado -, pareciam satisfeitos com a comida que lhes era servida e ao ver aquela massa triangular ser mordida por um dos clientes, Beerin sentiu sua boca salivar. Havia carne ali dentro.

"O que vão querer, senhores?" O homem que gritava na ponta da tenda para chamar a atenção de todos, perguntou.

"Algo não muito forte" Cameron disse e Beerin o contradisse ao mesmo tempo.

"Tudo"

O homem sem saber a quem ouvir ficou esperando com um meio sorriso confuso e o assassino suspirou.

"Tudo, mas em porções menores"

O príncipe que estava empolgado demais com a idéia de provar aquela comida, se sentou em uma das almofadas com a postura perfeita e Cam apenas se jogou em uma das almofadas, meio largado e deitado de lado. Sua cabeça apoiava-se em uma das mãos e ele sorriu vendo o brilho no olhar de Beerin.

Minutos depois as comidas começaram a chegar e Cam apenas assistia enquanto Beerin devorava cada pedaço. O brilho não sumia de seu rosto e diferente do que o assassino esperava, não havia um simples esboço de descontentamento ou desconforto sobre a picância dos pratos.

Eles mudaram a receita? O assassino se questionou, se recordando que naquela mesma tenda tinha sentido sua língua arder como se houvessem tacado fogo nela após duas mordidas em um pão com molho.

"Coma mais devagar" disse servido para si mesmo um pouco de chá.

Beerin por sua vez, sorriu e comeu de uma única mordida a massa que parecia folhada com recheio de carne.

Ver ele comer fez aquela comida parecer 30% mais apetitosa e o assassino suspirou.

"Nunca te vi comer tanto" disse enquanto olhava para o príncipe "está tão gostoso assim?"

Beerin engoliu o que comia e estendeu para ele depois de mergulhar o pão em um molho ao lado.

"Experimenta"

Não deve estar tão picante se ele come com tanta naturalidade, Cameron pensou, mas m*l sabia ele que esse havia sido o seu maior erro.

O pão m*l havia tocado sua língua e o assassino sentiu sua boca queimar. O rosto se tornou vermelho como um dos olhos de Beerin e ele acenou com uma das mãos por algo que o ajudasse a respirar.

"O que houve?" Beerin questionou em busca de respostas e Cameron enfim entendeu.

O príncipe além de lerdo, era extremamente resistente a pimenta.

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.•*¨*•.¸¸♪ Sumário♪¸¸.•*¨*•.

Águas Serenas: Uma ilha localizada na parte superior Leste do mundo. Ela é protegida por inúmeras magias e artefatos, tendo sua entrada permitida apenas por aqueles que carregam os nove mares em

seus corações.

Imeril Carmesim: localizado ao oeste, Imeril Carmesim a muito