.•*¨*•.¸¸♪ Capítulo 22 ♪¸¸.•*¨*•.

1722 Words
.•¨ •.¸¸♪ Aquele onde Renriel cuida do príncipe ♪¸¸.•¨ •. “Francamente, princesa” ela murmurou enquanto seus dedos passavam por cima de vários frascos dispostos na pequena caixa esverdeada que havia aos seus pés. Beerin que estava sentado na cama pressionando o machucado com um lenço, se sentiu levemente culpado. “Me desculpe...” Renriel suspirou, como poderia ficar brava quando ele fazia tal expressão? Os olhos bicolores brilhavam com tanta melancolia que tudo que ela sentia vontade de fazer, ela puxa-lo para si e o abraçar enquanto dizia que tudo estava bem. “Está tudo bem” se ouviu dizendo enquanto pegava o frasco redondo, seu conteúdo assemelhava-se a ouro líquido e ela pode ver nos olhos de Beerin a surpresa. “O que é?” Ele questionou enquanto ela retirava o lenço de sua mão e derramava o líquido sobre o machucado. “Uma poção” a capitã respondeu vendo o sangramento cessar e o corte calmamente se fechar. “Aquela sala contem tesouros perigosos, princesa, não pode tocar no que está lá dentro a não ser que entenda do que se trata”. Beerin assentiu. “Eu... não pretendia” “Então porque foi até lá?” Ela o questionou sem entender bem o que havia acontecido. “Estava... sem sono” ele admitiu sentindo seu rosto queimar ao lembrar-se do motivo pelo qual seu sono parecia ter sido tomado. Renriel riu, um riso bufado. “Anda pensando besteira, princesa?” Não ouve uma resposta, apenas o rosto do príncipe se tornando ainda mais corado, confirmando suas suspeitas. O príncipe inocente e bobo não parecia mais tão inocente e bobo. Uma das mãos da capitã acariciou o rosto de Beerin enquanto o fazia fita-la, ele mordia o lábio inferior com tanta força que logo ele sangraria. “O que tem tirado seu sono, princesa?” Ela questionou o provocando enquanto se posicionava entre suas pernas e apoiava um dos braços na cama. Beerin grunhiu tentando desviar o olhar, era difícil ver a capitã tão perto mantendo aquele sorriso m*****o em seus lábios desejar mais do que poderia ter. “Você está sendo cruel... capitã” ele respondeu com uma voz falha. Era divertido para Renriel provoca-lo, era quase como assistir um coelhinho tentando resistir a algo que obviamente deseja. Ela sentia que se pressionasse um pouco mais poderia vê-lo chorar e imaginar as lágrimas acumulando-se naqueles lindos olhinhos enquanto ele a fitava, fazia seu coração errar uma batida. “Você parece gostar quando sou c***l, princesa” ela ronronou aproximando o rosto do dele e beijando seu queixo demoradamente. Beerin estremeceu sentindo os lábios dela tocarem sua pele, foi como se formigasse e uma corrente elétrica passasse por todo o seu corpo. Por um momento ele se sentiu entorpecido e quando se deu conta havia puxado a capitã pela nuca e seus lábios agora estavam colados aos dela. Agora, ela iria odiá-lo. Ela o jogaria de volta a prisão e ele entenderia caso ela resolvesse espanca-lo. Ele não tinha esse direito, não deveria fazer algo como aquilo – não quando havia uma noiva o esperando em Asaph, não quando seu papel ali não passava de uma moeda de troca. Ele havia passado dos limites e agora perderia não somente Renriel – a capitã que parecia aninhar-se pouco a pouco em seu coração –, como o mais perto que havia sentido de afeto vindo de outras pessoas. Ele não devia – e sabia disso. Era errado, mas por alguma razão, quando Renriel retribuiu e ergueu-se do chão sentando-se no colo dele, Beerin sentiu que seu coração poderia explodir de felicidade. Os dedos da capitã deslizaram por seu pescoço e subiram por sua nuca até envolverem-se nos fios negros, os puxando gentilmente. Seu corpo agora estava tão colado ao de Beerin quanto se era possível e suas pernas encontravam-se uma de cada lado do corpo do príncipe. Quando os braços de Beerin envolveram o corpo de Renriel, ele sentiu que nada mais importava; fosse Asaph, Fiesty, o casamento arranjado ou a rainha com quem havia simpatizado. A sensação de ter Renriel em seus braços, de sentir o corpo dela tão próximo ao seu e beija-la até que seu pulmão implorasse por oxigênio – nada se compararia a isso. Ela não me odeia, foi tudo que ele conseguia pensar. Beerin não queria parar, ele preferia morrer sem ar a permitir que aquele momento fosse interrompido, a esperar que todos os contras voltassem a sua mente; mas logo Renriel afastou os lábios dos dele e o fitou com os olhos de céu estrelado. “Foi isso que tirou seu sono, princesa?” ela o provocou, o sorriso malicioso de sempre brincando por seus lábios rosados. “Sim” Beerin respondeu, a voz levemente rouca enquanto a fitava dessa vez sem desviar o olhar “por que? O que irá fazer a respeito?” A capitã mordiscou o lábio inferior de Beerin em resposta “irei te ajudar a adormecer com mais facilidade”. O príncipe sorriu, um sorriso que havia surgido poucas vezes em sua vida e antes que a capitã falasse algo outra vez, ele a beijou deslizando os dedos por entre os fios ruivos de seu cabelo, os acariciando e desenrolando. A língua da capitã invadiu sua boca e pela primeira vez Beerin sentiu seu corpo esquentar enquanto Renriel o beijava intensamente. Ele deslizou uma das mãos por seu quadril, tocando sua pele por baixo da camisa e acariciando suas costas, mas Renriel apenas sorriu afastando seus lábios e colocando um dedo sobre a boca de Beerin. “Está indo rápido demais, princesa” Ele grunhiu a contra gosto. “Se comporte e te deixo dormir comigo essa noite” ela murmurou com os lábios colados aos dele “não é o suficiente?” Beerin estremeceu e como um cachorrinho adestrado assentiu. ✶✶✶ Quando os olhos de Beerin enfim se abriram ele se questionou se tudo não havia passado de um sonho, mas logo sentiu o peso sobre seu peito e a pele exposta por onde seus dedos deslizavam. Renriel dormia agora junto a ele, a cabeça deitada em seu peito com um dos braços de Beerin envolvendo seu corpo e a puxando para si. O rosto do príncipe se tornou tão vermelho quanto se era possível ao se recordar de tudo que havia acontecido e ainda mais ao se dar conta de que havia sido real. Não um dos seus sonhos, ou pensamentos intrusivos. Ele havia beijado a capitã e dormido em sua cama enquanto ela usava nada mais que uma camisa larga e solta com vários botões abertos. “hummm...” Renriel grunhiu esfregando o rosto em Beerin enquanto deslizava uma das mãos por sua barriga e apertava seu quadril “Bom dia...” ela resmungou, abrindo levemente os olhos e fitando um príncipe completamente corado. O sorriso de Renriel expandiu-se enquanto seus lábios se curvavam ao vê-lo daquela forma e logo ela enfiou o rosto no pescoço de Beerin beijando delicadamente e se permitindo ficar ali com o corpo jogado sobre o dele. “Você tem um cheiro bom, princesa...” Não era como normalmente, um sorriso m*****o ou maliciosos, era um sorriso manhoso, carregado com uma atitude quase inocente que fez o coração do príncipe aquecer. “Bom dia” ele respondeu puxando uma das mãos dela e beijando com cuidado a ponta dos seus dedos. Duas batidas na porta acompanhadas da voz de Mark fizeram Beerin estremecer. “Ren-ren, está na hora do café”. “Entre” Renriel resmungou sem mover-se um único centímetro. A porta se abriu e Mark entrou com uma grande bandeja, mas para surpresa de Beerin, não houve uma reação surpreendente vinda de Mark. “Trouxe seu café e Cameron realizou uma varredura ontem, estamos a 7 horas de encontrar as frotas de Fiesty” suas palavras fizeram Renriel resmungar enquanto levantava-se da cama. “Maldita rainha de Fiesty” resmungava enquanto cambaleava ainda com sono em direção ao sofá. Beerin que estava na cama seguiu seu exemplo tentando deixar sua expressão o mais comum possível. “Se o plano não der certo, precisamos de uma saída diferente, já pensou a respeito?” “Que plano?” “O de tornar Sírius invisível” Mark a lembrou e então ergueu uma das sobrancelhas em descrença, como se observasse os dois em busca de algo. "Você anda muito avoada, capitã" Mark brincou, fazendo uma pequena adaga dançar entre seus dedos. Beerin que agora estava sentado em uma das poltronas, observava ambos com certo cuidado. "Ela continua bebendo antes de dormir" entregou. "Você anda se tornando um tagarela de mão cheia, princesa" Ren murmurou, jogando pergaminhos e pergaminho para o lado. "Ao menos alguém me conta algo nessa casa" Mark disse dramaticamente como uma mãe preocupada. "Isso não funciona comigo, Mark" Ren respondeu com um sorriso. "Ela é tão c***l, Beerin" Mark choramingou, envolvendo os braços em volta do príncipe que apenas riu da situação. "Acho que vocês dois estão amiguinhos demais para o meu gosto" Renriel resmungou. "Ciúmes?" Mark brincou e Beerin, que agora estava entre os dois, tinha seu rosto tingido de vermelho. "Pa-pare, Mark" ele pediu - sabendo que provocar a capitã, era pedir para ser provocado a ponto de seu rosto queimar, mas para a sorte ou o azar do príncipe, era tarde demais. Renriel sorriu olhando para o imediato e em seguida, sentou-se ao lado de Beerin na poltrona. Era apertada o suficiente para que ambos ficassem praticamente colocados, então, ela envolveu o braço em volta de seu quadril e com o rosto no ombro de Beerin sussurrou. "A princesa nunca escolheria outra pessoa se não a mim, não é princesa? Você não me abandonaria né?" "Você joga baixo..." Mark murmurou com biquinho, fazendo a capitã rir, enquanto o príncipe, ficava vermelho até a ponta das orelhas. ✶✶✶ .•*¨*•.¸¸♪ Sumário♪¸¸.•*¨*•. Fiesty: reino localizado no continente gélido ao norte. Governado por Eilidh. Em Fiesty é de conhecimento geral que apenas mulheres podem reinar. Sírius: Um navio pirata lendário – criado pela bruxa, que possuí o céu estrelado em suas velas.
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