.•*¨*•.¸¸♪ Capítulo 30 ♪¸¸.•*¨*•.

1278 Words
.•*¨*•.¸¸♪ Aquele onde Beerin sente ciúmes ♪¸¸.•*¨*•. "Está enganado" Renriel dizia sem rodeios enquanto Andrea ria como se visse uma criança emburrada a sua frente e não uma capitã destemida de um navio poderoso como Sírius. Como podia aquela garota continuar a mesma? "Estou? Então me prove" ele provocou inclinando-se em direção a ela bem a tempo do príncipe que saia da cabine notar ambos tão próximos um do outro em frente a proa do navio. "Por que eu deveria provar? Sempre estive certa e você sempre errado, deixou de ser algo a se provar a muito tempo atrás" ela debochou com os braços cruzados sobre o peito. Andrea riu de forma brincalhona a instigando a continuar. "E por acaso não foi você quem disse que isso havia se encerrado? Que tudo que restava eram nossas lembranças antigas?" "Talvez não tão antigas" Renriel zombou e Andrea a puxou para si e beijou de forma demorada. "Deve estar certa... ainda me beija como uma adolescente apaixonada" retrucou. A capitã que o fitava incrédula bateu em seu braço com força "até parece que eu me apaixonaria por alguém como você" Andrea riu baixo e levou uma das mãos ao queixo como se pensasse seriamente sobre o caso. "Alguém bonito, simpático, educado e sedutor? Eu certamente me apaixonaria" "Precisa de um coração pra que isso aconteça" ela retrucou e então seus olhos ergueram-se para frente e Andrea pode ver o momento exato em que ela avistou o príncipe, parado no convés observando os dois como um namorado enciumado. “E você por acaso tem um, docinho?” Ele continuou a provocar a Renriel que parecia levemente distraída bufou. “Não te interessa já que ele nunca seria dado a você” Os marujos que os ouviam gargalharam e Andrea fez uma reverencia como um jovem ator que finalmente sai de cena. Aquela era uma situação comum, um momento que havia se repetido diversas e diversas vezes durante sua infância ao lado de Renriel e Cameron, cenas como aquelas eram tão frequentes como tomar café em família – mas então um choque repentino se lança sobre Sírius e Cameron dispara ao ouvir Renriel gritar. Um grito fino, desesperado e doloroso. Andrea saca suas pistolas e a capitã caí ao chão com uma adaga mágica enfiada em seu estômago enquanto Cameron gira no ar com as asas abertas arrastando para longe dela um ser que em muito se assemelhava a ele. “Maldito” Andrea esbravejou e Mark que corria em direção a Renriel foi surpreendido ao ser passado por Beerin. O príncipe segurou a capitã em seus braços antes mesmo que conseguissem respirar uma outra vez e correu em direção a cabine. Faça algo, ele pediu a fênix se recordando de seu sonho, mas a voz serena em sua mente apenas suspirou. “Não é nada grave”, foi tudo que respondeu. Beerin invadiu a cabine com um pé na porta e com cuidado colocou Renriel sobre o sofá, a capitã o fitava quase incrédula. “Beerin... está tudo bem” ela murmurou puxando sua mão para perto dela “Beerin, olhe pra mim” chamou e os olhos bicolores que pareciam em pânico finalmente se fixaram nela. “Vo-você... está machucada” ele disse com a voz falha. “Eu estou bem” ela respondeu levando a mão dele ao seu rosto “vê? Meu rosto está quente, estou viva, estou aqui. Está tudo bem” repetia, mas a respiração de Beerin não parecia se acalmar. "Isso parece bem pior do que realmente é" ela resmungou e olhando para ele tentou sorrir “traga a caixinha esverdeada”. Com receio, o príncipe se afastou e trouxe rapidamente a caixa que ela havia pedido. "Parece bem r**m pra mim" Beerin sussurrou ainda com as ataduras e álcool em mãos. Ren não conseguiu evitar o sorriso, ele claramente achava. Era sempre tão fofo... "Claro que você acha, docinho" ela brincou enquanto abria a camisa para que ele a ajudasse com o ferimento, mas o rosto de Beerin foi tomado por um tom avermelhado quando a camisa foi jogada para o lado e toda a pele da capitã estava exposta. - Não é hora para pensar nisso. Ele tentou se lembrar. – Primeiro se limpa, então se desinfeta e depois se costura. Ele precisava se lembrar da ordem corretamente. "Achei que só me chamava de princesa, temos um novo apelido?" arriscou tentando manter sua mente longe dos pensamentos impróprios que o pareciam rondar - o que particularmente a surpreendeu, mas não de uma forma negativa. “Talvez... por que? Você gosta quanto te chamo de docinho?” Provocou. “Não é assim que aquele cara te chama?” Beerin questionou, se referindo a Andrea. Tentando focar nele todos os seus pensamentos. No rosto que parecia desenhado, nos olhos que eram de um azul profundo e cinzento que chegava a beirar a crueldade de tão perfeitos que pareciam. A capitã não conseguiu esconder o sorriso, o que era aquilo? Ciúmes? Tão meigo. “Talvez...” ela murmurou “acho que nunca reparei” “Ele também te chama de Riel” Beerin resmungou e a capitã sentiu que não podia perder aquela chance, então continuou. “Mas é como Cameron me chama e as vezes até Mark, é um apelido de criança no fim das contas” “Cam... e Mark” Beerin sussurrou “mas e ele?” “Também o conheço desde criança” ela sorriu, não que não pudesse esclarecer que não havia nada entre ela e Andrea, ou que em algum momento houvesse sentido algo por Andrea como todos acreditavam que tinha acontecido, mas era tão divertido ver Beerin de bico a questionando de forma tão meiga sobre seus pensamentos, sentimentos e até mesmo a forma boba como Andrea a chamava, que a capitã se viu forçada a continuar. “Hunf” Beerin bufou ela se pôs a rir. “O que foi, princesa, está com ciúmes?” Beerin ergueu o olhar para ela enquanto terminava de limpar seu machucado e arrancar fora a adaga. “Não era docinho?” Ele a questiona com o olhar de criança abandonada, mas um sorriso que beirava a malicia que apenas Cam possuía enquanto treinava. A capitã suspirou. “Jogando baixo a essa altura do jogo? E eu que pensava que ao menos um homem escaparia dessa maldição” “Não respondeu, capitã” Beerin continuou enquanto dava os pontos e ouvia Renriel grunhir a cada movimento da agulha em sua pele. Com a ponta dos dedos ele tocou gentilmente o lugar e com os olhos bicolores brilhando, a capitã sentiu a dor enfim se esvair. “Okay... docinho...” sussurrou puxando o rosto de Beerin em sua direção, o movimento foi brusco e surpreendeu o príncipe ao ponto de seu rosto se tornar carmim ao reparar que estava com os olhos bem em frente aos s***s dela “mais alguma coisa, meu príncipe exigente?” Beerin estremeceu, ela realmente era c***l. ✶✶✶  .•*¨*•.¸¸♪ Sumário♪¸¸.•*¨*•. Sírius: Um navio pirata lendário – criado pela bruxa, que possuí o céu estrelado em suas velas. Atualmente seu capitão é: Renriel Callan Fênix: uma criatura fabulosa, única de sua espécie. Suas chamas douradas eram capazes de curar toda e qualquer enfermidade. A lágrima da fênix era capaz de tornar imortal aquele que a bebe e suas penas são consideradas como itens maravilhosos, capazes de potencializar feitiços e poções.
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