.•*¨*•.¸¸♪ Capítulo 37 ♪¸¸.•*¨*•.

1369 Words
.•*¨*•.¸¸♪ Aquele onde Renriel espera por Beerin ♪¸¸.•*¨*•. Eles haviam voltado de Agreste em segurança, com Andrea carregando Beerin em seus braços e Renriel com o rosto atônito caminhando como uma pessoa que apenas permite que seu corpo haja em seu nome. Completamente desligada – mas desde então, Beerin não despertava. Ele continuava ali, parado. Imóvel. Sua respiração era tão fraca que ela se via debruçada sobre ele tentando checar se realmente ainda respirava todas as vezes em que acordava durante as noites. Sua tez era pálida, pálida demais para ser algo vivo e tão gelada que as vezes ao toca-lo para checar sua temperatura corporal, ela se via pensando se o príncipe não estava na verdade morto. “Ele ainda respira” Mark tentava dizer para consola-la sempre que a via ali, parada em frente a cama cuidando de um quase moribundo. “Sim...” ela murmurava de forma quase inaudível. Ela tentava todas as noites conversar com ele enquanto bebia para que o sono enfim a tomasse, mas a verdade que não queria admitir nem mesmo a Mark era que todas as noites quando seus olhos se fechavam, ela o via cair outra vez e dessa vez, ela não conseguia pega-lo. Dessa vez ele caia do alto, muito alto e sua cabeça sangrava enquanto seu corpo se tornava mais e mais azulado. Então, ela despertava outra vez e se debruçava sobre Beerin buscando checar se a respiração fraca ainda continuava, aquela respiração que mantinha um fio fino e decripto de sanidade. “Ele ainda está respirando” ela repetia sentando-se na cama e então bebendo outra vez, mesmo que soubesse que nem a bebida poderia dar a ela o descanso que desejava. O descanso que só conseguiria ter quando os olhos de Beerin se abrissem. “A magia funciona assim” Andrea dizia recostado a parede “ele foi imprudente para alguém que não explorava seu próprio contrato ou até mesmo conjurava anteriormente. Utilizar um encantamento como aquele deveria tomar bem mais do que tomou e se não fosse a fênix...” “Melhor se calar” Riel murmurou “não quero pensar nisso” Andrea suspirou “tem que pensar, Riel” “Por que? Ele está quase morto na minha frente e quer que eu agradeça a maldita fênix de sua família?” “Sim” Andrea afirmou “agradeça, pois o seu príncipe estaria morto se não fosse por ela. Ele é impudente, t**o e completamente ganancioso. Ele se colocou em perigo de forma estúpida e agora está pagando o preço que a magia exigiu. Todos nós passamos por isso e todos nós aceitamos suas consequências. Então sim, eu quero que agradeça a droga do ser celestial que o manteve vivo mesmo depois de ser tão burro a ponto de usar algo como aquilo” A capitã mordeu o lábio a contra gosto. “Se não fosse essa fênix...” “Ele estaria morto” foi Cameron quem disse entrando no quarto sem ser notado. Renriel não queria pensar nele agora, nem mesmo discutir com ele naquele momento. Fazia uma semana que Beerin havia caído em Agreste e desde então ela m*l dormia, comer era algo que ela não se recordava de fazer a dias e sua cabeça girava apenas de conversar com Andrea por muito tempo. “Saia, Cam” ela pediu. “Não” o assassino caminhou em sua direção e parado em frente a cama olhou diretamente para a capitã “ele morreria se a fênix não existisse. Ele não teria sobrevivido a tudo que sobreviveu em Asaph” Como ele poderia saber? – Foi o que ela quis perguntar, mas a verdade era que não desejava realmente saber como Cameron descobria todas aquelas coisas. Não quando se recordava da dor em seus olhos de esmeralda ao dizer para Lucien “eu te entendo”. Andrea cruzou os braços sobre o peito olhando para o assassino e então voltando a fitar a capitã. “Você precisa ser mais cuidadosa. Ele não deveria ter ido” Cameron concordou “eu disse que ele atrapalharia, no fim ele estaria acordado se não houvesse aceitado seus caprichos”. “E você é a capitã de Sírius” Andrea acrescentou e o tom que era leve como de costume se tornou mais rígido “não pode mais continuar se dando ao luxo de ser tão incisiva e volátil. Você é a chave, Riel. A chave para os 12 navios lendários, para a frota que pode destruir os 9 mares ou reconstruir uma nova linhagem. Não pode deixar tudo ir por água abaixo por dar seu coração de forma descuidada a um príncipe que pode escolher casar-se com Eilidh”. Eilidh. Ela odiava esse nome, não somente por ser a responsável por estragar grande partes dos seus planos de exportação mágica vinda de Fiesty com suas frotas de primeira linha, quanto por ela ter de Beerin uma grande admiração. “E se eu já o houver dado?” Ela murmurou olhando de relance para Andrea que trocou o peso de um pé para o outro como se procurasse em sua própria mente uma resposta adequada, mas no fim, parecendo falhar em encontra-la, ele sorriu. “Nesse caso... teremos trabalho” “Teremos que manter a princesa viva” Cameron disse com um sorriso quase sincero brincando por seus lábios e por algum motivo, Ren sentiu seu coração aquecer-se levemente naquele momento. Então, dias e mais dias se passaram. Ficava difícil para ela manter-se firme quando nem mesmo sentia vontade de sair de sua cabine. “Você precisa de luz solar” Mark insistiu até que por fim conseguiu arranca-la para fora. Ela havia perdido peso – já que não comia direito –, e seu sono era tão irregular que as olheiras afundavam em seu rosto como os olhos de um urso panda. Seu semblante sempre vivo agora não passava de uma lembrança e Mark que a olhava de relance – fingindo que não a via como a criança frágil e traumatizada que precisava de cuidados –, parecia cada vez mais preocupado. Sua mente se desfez por um momento e o que Riel via já não era o convés ou o céu azulado. Era a cabine escura de onde havia saído. Aquela seria outra visão de Sírius? Outra dor da qual ela tinha que passar? Ela não sabia se conseguia, não naquele momento, mas então... Beerin surgiu em sua cama e ela soube que Sírius mostrava a ela o que estava acontecendo. Os olhos dele piscavam de forma demorada, como se estivessem se acostumando com a luz – quase inexistente –, no lugar e acompanhado da imagem, a voz rouca de Sírius murmurou. “ele acordou”. Sem explicações ela correu sentindo que seu corpo poderia tropeçar no ar enquanto tentava alcançar a cabine o mais rápido possível. Suas pernas tremiam pelo esforço repentino e quando se jogou em direção a porta de seu quarto, parou, se tornando estática. Ele estava lá, os olhos bicolores finalmente abertos, as bochechas coradas e os lábios rosados. Ele parecia vivo outra vez e quando se deu conta disso, Riel sentiu seus olhos queimarem com lágrimas que insistiam em cair mesmo a contra gosto. Seu príncipe realmente estava vivo. ✶✶✶ .•*¨*•.¸¸♪ Sumário♪¸¸.•*¨*•. Agreste: Um reino localizado no continente mais ao oeste. Anteriormente uma extensão de Imeril Carmesim, Agreste se tornou um reino independente quando a primeira guerra santa teve início e o rei carmesim trouxe um fim a bobagem que parecia desolar seu povo, banindo os adoradores de falsos deuses para longe de seu reinado e de seu povo. Sírius: Um navio pirata lendário – criado pela bruxa, que possuí o céu estrelado em suas velas. Atualmente seu capitão é: Renriel Callan e seus desejos e sentimentos alteram a forma como Sírius age. Ele reage como uma extensão de seu coração, sendo capaz de proteger e atacar aqueles que ela considera como aliados e inimigos.
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