Diana narrando Eu queria fugir. De verdade. Meu corpo tava cansado, minha cabeça pulsando, minha alma confusa com tudo que tinha acontecido naquele dia. Eu só queria voltar pra casa, deitar na minha cama e esquecer por algumas horas que eu fazia parte dessa história. Mas quando ele parou na minha frente, em cima daquela moto, com os olhos carregados de dor, de fúria, de tudo o que ele não sabia como dizer — eu soube que não tinha mais volta. Não adiantava resistir. Não tinha pra onde correr. — Sobe na moto, Diana. — ele disse com a voz baixa, firme, do jeito que só ele sabe fazer. Aquilo não era um convite. Era uma ordem disfarçada de necessidade. E eu fui. Sem pensar. Sem argumentar. Sem fingir que podia dizer não. No segundo que encostei no corpo dele, que meus braços rodearam sua

