Residentes Novos

969 Words
(Hérnia é o escape parcial ou total de um ou mais órgãos por um orifício, que se abriu por má formação ou enfraquecimento nas camadas de tecido protetoras dos órgãos internos) ------------------------------------------------------------------ - bom dia lisa o que temos hoje? - disse assim que cheguei para mais um dia de trabalho, estava vestido com a minha camisa preta social e uma gravata grafite, muito elegante como sempre.  - doutor Namjoon suspendeu suas cirurgias hoje, colocou você pra cuidar dos residentes do terceiro ano, parece que vai chegar novos transferidos. - disse e eu agradeci mas sai puto bufando indo ao encontro da sala de namjoon.  [...] - sério ? eu to cheio de cirurgias marcadas e você cancela pra mim ter que cuidar das suas crianças? - falei indignado.  - tem dois residentes novos chegando do hospital de Busan, você é o chefe de cirurgia mais novo e veio de Busan, vai conseguir lidar com eles. - dizia namjoon calmo.  - ta, eu não to nem ai, tem outras pessoas pra isso -dizia.  - olha você é o nosso melhor cirurgião, algum deles vai te suceder se um dia subir de cargo, quer mesmo que eles sejam treinados por qualquer um? - dizia namjoon chegando perto de mim e passando as mãos em minha cintura.  - affs, ta certo, que seja então , mas vai ser do meu jeito. - disse cedendo, e ele iniciou um beijo que eu logo tive que parar. - não  quero que isso aconteça novamente, foi apenas uma noite, não vai rolar mais nada. - disse antes de sair e ir em direção aos novos residentes.  [...] - pra começar, eu vou ditar algumas regras, nada de se intrometer em meus assuntos, quando eu falar, só eu falo, não  quero ninguém puxando meu saco pra conseguir cirurgia e coloquem na cabeça de vocês  estão no segundo ano de residência, não quero erros bobos. Se terei que ser o professor de creche vai ser do meu jeito. - dizia olhando os 4 residentes.  - o que iremos auxiliar hoje? - perguntou um de cabelos loiros.  - vou ver o desempenho de vocês  apenas. - disse impaciente.  - você não é muito novo pra ser chefe da cirurgia? - questionou um homem de cabelos pretos, olhei em seu crachá.  - Jeon Jungkook, primeiro é senhor, e segundo sou sim, li sua ficha, 26 anos, terceiro ano de residência, veio da sede de Busan, deixa eu falar pra você  uma coisa, eu sou o melhor cirurgião  geral daqui, vocês deviam estar agradecendo por está  dedicando meu tempo a vocês, eu não quero questionamentos sobre minha chefia. - disse, fui arrogante? talvez mas esse sou eu, goste ou não. - ta bom, decidi, novatos ajude na enfermaria, kim e Jung vocês me auxiliaram em uma hernia, se preparem. - disse e me retirei indo para a minha sala.  [...] Uma hora depois eu fui até a enfermaria ver como estavam os jeon's, jihoo estava bem animada cuidando dos pacientes e o outro jeon lá estava suturando uma adolescente que estava acabando com o silêncio do hospital.  - que m***a de sutura é essa jeon ? - falo vendo e pegando o prontuário da menina. - oi Anne, cortou essa mão no treino certo?- ela concordou. - sai da minha cadeira jeon. - disse autoritário, pegando uma luva e sentando na cadeira. - você tá suturando uma mão não fazendo tricô, ela ta sem anestesia.   - ela é alérgica a todos os tipos  de anestésicos  - disse ele.  - eu sei, li a ficha dela. - olho pra ela e pego a agulha. - olha sei que doí, mas pensa que legal, uma cicatriz de guerreira. - disse e ela começou a rir.  - por ter sobrevivido a um corte em um arame fardado. - quando ela falou me veio algo a cabeça.  - o arame era muito velho ? - perguntei e ela concordou com a cabeça, enquanto eu dava os pontos. - jeon , deu a vacina nela? - perguntei e ele concordou.  - tudo bem, já terminei aqui. Pode abrir e fechar a mão pra mim por favor? - perguntei e nada. - eu não consigo. - foi ai que eu percebi, ela não estava gritando pela dor e sim por nervosismo mas ela não tinha os movimentos da mão  - por que eu não consigo  mexer a minha mão ? - respiro fundo.  - Jeon chame um ortopedista, parece que rompeu algum nervo, fique calma, logo o doutor Smith  vai consertar pra você. [...] - eu não  posso fazer nada, ela é alérgica a anestesia, ela perdeu o movimento da mão. - dizia ele.  - faz um enxerto - dou a ideia.  - seria muito arriscado ele pode não fixar. - disse.  - fala com ela e se ela concordar você faz o enxerto, tem minha autorização - falo pedindo a deus para que tudo dê certo  [...] No final do meu expediente eu apenas precisava de uma bebida, parabenizei a equipe por ter conseguido salvar o movimento das mãos  de Anne e fui andando até a minha moto.  - doutor park. - ouço alguém me chamar e me viro com o capacete em minhas mãos  - nossa uma Ducati 1098 - dizia um dos meus residentes eu acho.  - gosta de motos? - olhei pra ele me encostando na minha.  - eu adoro, mas ainda não  posso comprar uma com um salário de residente. - disse e eu concordei ainda tentando lembrar quem era a pessoa que estava falando comigo. - eeh voltando ao assunto, quero que comecemos de novo, foi incrível o que fez pela Anne, se algo desse errado... - e foi ai que eu lembrei, esse era o residente que me questionou. - tudo bem, eu só fiz o que deveria fazer, ela ia ficar bem de qualquer jeito, confio no Smith - disse subindo na moto. - bom tenho que ir pra casa agora, boa noite. -  disse seguindo para casa e o deixando lá. 
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